Prólogo

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Moon Yoonhee ~

       Uma vez ouvir dizer que quando estamos prestes a morrer, um filme sobre nossa vida passa diante de nossos olhos. Por mais óbvio que seja, eu não conseguia entender como isso funcionava, até esse momento. Mas como minha avó sempre disse: nunca estamos preparados para nada até que aconteça com a gente. De fato, eu nunca estive preparada para morte.

Os momentos mais felizes da minha vida passam com flashs em minha mente, como se cada cena tivesse sido editada com muito cuidado. E ali vejo todos eles. Minha mãe, Lea, Soobin, Sunwoo, Taehyun, Yoná, Yeonjun, Kai, Ayumi e Yoomin, e especialmente Ele. As pessoas mais amo e os momentos mais importantes que eu passei com cada uma delas.

Não estou com medo, por mais que doa, não sinto medo. Estou tranquila até demais, como se uma força invisível e aconchegante estivesse me abraçando e dizendo que vai ficar tudo bem.

- Yoonhee!

A voz chorosa dele chama por mim correndo em minha direção. Seu rosto esta triste, seus lindos olhos estão ofuscados pelas lágrimas que não param de cair sobre a face.

- Aguente firme, Hee. Fica comigo! - Ele pede com desespero, levando as mãos até meu ferimento.

Eu não quero vê-lo chorar, me destrói por dentro ver toda essa agonia em seu olhar enquanto tenta conter meu sangramento.

Eu só consigo sorrir para ele. Um sorriso cheio de ternura e gratidão por saber que ele está aqui comigo nesse momento de aflição. Meu coração dispara assim que sinto seu toque, meu corpo esquenta pela proximidade e eu sinto como se estivesse flutuando. Engraçado como meu corpo reage ao tê-lo por perto, como se cada centímetro meu estivesse sobre seu domínio. Esse é o efeito que ele causa em mim, e eu sei que não importa onde eu estiver, ele ainda fará com que eu tenha essas sensações.

- Ao me... ao me-menos nos encontramos na prox... próxima vida.

Minha frase sai com dificuldade, meu peito dói a cada palavra proferida. Nada disso parece ser justo para nós dois.

- É a gente, não é? - Questiona-me segurando meu rosto com uma das mãos - É a gente que escreve nosso próprio destino, não é? Não foi o que você me disse?

Assinto positivamente. Eu sabia que usaria minhas palavras contra mim algum dia. Muito bem, meu amor.

- Pois então, eu não vou deixar você morrer... Eu não vou deixar você ir. Eu vou te salvar assim como você me salvou. Você não desistiu de mim, e eu não vou desistir de você, meu anjo. Não vou desistir de nós!

As lágrimas que tardaram a sair, escorrem por meus olhos rapidamente, e pela primeira vez eu sinto medo. Muito medo. A mão que antes segurava meu rosto agora aperta a minha com força, e apensar da dor e da agonia sufocando meu peito, eu me sinto segura ao seu lado, me sinto quente, completa de verdade.

- E-eu te a-amo... Não se preocupe, porque eu vou te procurar a onde você estiver - Digo num sussurro suave, quase inaudível. Minha voz está fraca, sinto que estou perdendo minhas forças.

Ele apenas começa a chorar ainda mais. Tudo o que eu quero é secar suas lágrimas e dizer que tudo vai ficar bem.

- Não me abandona agora, por favor...

Eu não consigo ouvir mais nada que ele diz, somente escuto as batidas fracas do meu coração diminuindo cada vez mais. Meus olhos procuram pelos dele, o par de olhos castanhos por qual eu me apaixonei. Os olhos no qual eu encontrei meu destino. Se essa for a última coisa que eu verei na minha vida, eu poderei ir em paz.

Os pares de iris que eu tanto amo foi substituído por uma forte luz brilhante, e assim eu me entrego a ela num suspiro profundo e tranquilo.

Esse parece ser o fim...

O destino em meus olhos - Choi Beomgyu (TXT)Onde histórias criam vida. Descubra agora