Amigos, detetives e vice-versa

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Capítulo Cinco

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       Hoje é sábado e um belo dia pra receber alta do hospital.

Meus amigos me trouxeram para casa nessa manhã já que minha mãe  retornou para rotina de trabalho. Graças aos céus, meu padrasto está fora de casa, o que significava que eu ficarei livre de suas provocações. O lado bom de trabalhar como caminhoneiro faz com que o mais velho viaje o tempo inteiro, mal ficando em casa, e eu sou muito grata por esse fato.

Lea, Soobin e eu ficamos a tarde inteira no meu quarto jogando conversa fora e comendo besteiras. Como Kaito não estava presente, aproveitei a oportunidade para compartilhar com meus amigos os verdadeiros motivos de eu ter salvado Beomgyu no viaduto.

Eles ainda não sabiam nada sobre os somhos, por isso esperei ficarmos a sós para poder finalmente desabafar sobre o assunto, o qual ainda me deixa intrigada e um pouco assutada.

Contei tudo. Des da primeira vez que sonhei com ele até o dia em que pulei do viatudo. O semblante dos meus amigos é cômico. Lea soltou um: "não é possível", enquanto Soobin permaneceu boquiaberto. A cena é tão boa, que até valeria a pena criar um slowmotion com suas expressões faciais.

- Ok, vamos recapitular... - Choi desfaz a cara de paisagem iniciando seu ponto de vista sobre a situação. - Você sonhou nas últimas semanas com uma pessoa tentando tirar a própria vida, e agora, dias depois de tanta angústia você o encontra. Me diga, quais as chances disso acontecer normalmente? - Indaga retóricamente, arregalado os olhos e se impulsionando na cama - Yoon, é como se você tivesse algum super poder!

- Não diga bobagens, Soobin! - Lea exclama jogando uma almofada no garoto. A sensatez da minha amiga não se permite ouvir tanta bobagem.

- Então como você explica isso, Huening? - o asiático demanda emburrado com um bico sutil nos lábios, desafiando a mais alta que imediatamente se prontifica a responder.

- Não sei. - diz ela vendo o amigo revirar os olhos. - Mas creio que deve ter alguma explicação plausível, onde faça sentido na realidade.  - se vira para mim com um olhar que diz "não de ouvidos ao que esse maluco fala" - Amiga, tem certeza de que não está se confundindo? E se talvez você estiver criando essa imagem dele em sua cabeça e na verdade ele não se parece em nada com o rapaz do sonho?

O questionamento de Lea até que faz sentido para mim, visto que foi a mesma coisa que minha mãe me disse. Porém eu já havia descartado essa hipótese. Desde que eu conversei com Beomgyu no hospital eu tive certeza que ele é o garoto dos sonhos. Ou talvez eu só queira muito que ele seja.

- Cheguei a pensar isso no início, mas mudei de ideia. - Confesso a eles. Lá no fundo, desejo que Beomgyu seja realmente o garoto dos sonhos.

- O que te fez mudar de ideia?

- Desde o dia em que o salvei, eu não tenho mais sonhado com ele. - Conto ajeitando minha postura na cama. Isso pode não significar muita coisa, mas já é algo a se considerar.

É muito estranho, até mesmo assustador o modo que os sonhos simplesmente desapareceram desde que eu pulei daquele viaduto. De alguma maneira, Soobin pode estar certo, todos esses dias sonhando com o rapaz parecia ser avisos, como se a vida estivesse me preparando para aquele momento.

- Talvez seja porque sua missão já tenha sido cumprida. Vamos supor que você tem visões sobre o futuro de algumas pessoas que correm risco de vida. - Supõe Soobin todo amistoso e curioso alterando o olhar entre mim e minha amiga.

O destino em meus olhos - Choi Beomgyu (TXT)Onde histórias criam vida. Descubra agora