Me ajuda!

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Capítulo Quatorze


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       Salto da cama, quase tropeçando na bagunça jogada pelo chão. Meu quarto parece uma zona de guerra, outra vez. Abro meu armário - que não esta tão diferente do resto do quarto - e pego as primeiras peças de roupa que apareceram na minha frente: um jeans claro e um moletom escuro com bolsos largos e confortáveis. Me troxo às pressas, lutando contra minha vontade sufocante de chorar.

As imagens do sonho que acabara de ter não param de rodar em minha mente, é como se algum controle dentro de mim ficasse voltando essas cenas sem parar, me deixando muito preocupada e assutada. Não quero que meu sonho esteja certo dessa vez. É agoniante pensar que Beomgyu esta em algum bar dessa cidade, sozinho, sendo espancado sem ter a chance de se defender.

Mas a pergunta que me atormenta é: como eu vou encontrá-lo?
Existem centenas de bares em Mogjeogji Seom, como eu vou achá-lo? Como eu saberei onde ir exatamente, antes que o pior aconteça?

Enquanto coloco meus tênis, tento pensar em alguma alternativa para que eu possa encontrar Beomgyu facilmente. Estou tão concentrada em meus pensamentos, que me assusto quando a porta do meu quarto é aberta com tudo, fazendo a fechadura bater na parede com força. A figura raivosa de Vicent entra soltando fumaça pelas ventas, sua cara de sono, junto com a raiva que esta sentindo o deixa mais deplorável do que já é normalmente.

- Pensei que já tivesse parado com essa gritaria de noite! - grita com rispidez desprezo.

Não estou com cabeça para discutir com ele, como já é hábito eu o ignorar quando começa a dar chilique, eu decido fazer a mesma coisa dessq vez. Tenho coisas mais importantes para me preocupar do que perder meu tempo batendo boca com meu infeliz padrasto.

- Devia ter morrido quando se jogou daquele viaduto. Pelo menos eu não acordaria a noite com essas suas gritarias! - O mais velho continua à despejar suas queixas para cima de mim, enquanto eu me atento à buscar alguma solução para o meu problema.

Mesmo com a voz aspera do mais velho em meus ouvidos, sou agraciada pela me lembrança de algo que pode me ajudar nessa situação. Vou até o guarda-roupa revirando tudo, apensar de estar sendo difícil tentar achar algo no meio de toda essa bagunça e para completar, Vicent continua a gritar atrás de mim, me deixando mais estressada ainda.

- Eu trabalho a semana toda sem dormir. E quando chego em casa tenho que ficar escutando os berros de uma adolescente problemática! - berra ainda insistindo em me tirar do sério.

Saio do quarto indo correndo para a lavanderia, o que eu procuro deve estar lá. O mais velho me segue, proferindo ofensas e soltando seu veneno pela boca maldita. Minha paciência com ele esta por um fio.

- Eu estou falando com você, sua malcriada! - grita batendo a mão na máquina de lavar com força.

Eu me assusto com sua atitude violenta, e nesse instante eu me questiono os motivos da minha mãe ter se casado com um cara tão grosseiro.

Eu reviro o sexto de roupas sujas, jogando todas as roupas no chão da lavanderia.

- Olha a bagunça que está fazendo! Está ficando maluca? - Vicent indaga berrando mais uma vez.

De joelhos no chão, eu permaneço ouvindo os berros de Vicent enquanto vasculho a montanha de roupas que acabei de jogar no chão. Depois de alguns minutos de muita ansiedade e busca, consigo suspirar um pouco aliviada quando encontro o que tanto queria: O avental do meu uniforme da cafeteria. Enfio a mão no bolso, pegando o cartão que foi me dado dias atrás.

O destino em meus olhos - Choi Beomgyu (TXT)Onde histórias criam vida. Descubra agora