O destino em meus olhos - Choi Beomgyu (TXT)

Irresistíveis

Capítulo Dezessete

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      Faz um tempo que não vejo Yoná. A última vez que encontrei com ela foi no seu próprio casamento super inusitado e inesperado que aconteceu a quase um ano, antes dela ir correndo para o aeroporto dizendo que viveria sua lua de mel na França, e desde então ela nunca mais voltou de lá.

Kim Yoná é minha prima materna, primogênita da irmã mais nova da minha mãe. Apesar de ser cinco anos mais velha, nós duas sempre fomos muito próximas, desabrochando uma amizade desde que éramos crianças. Admito que em questão de personalidade eu e a garota somos muito diferentes, enquanto ela é um espírito livre que gosta de viver a vida sem pensar no amanhã, eu sou mais do tipo prefere viver com os dois pés no chão, para evitar complicações. Mas buscar problemas não é algo que Yoná considera negativo, visto as inúmeras encrencas que já se meteu em sua juventude. Desde de cedo, Yoná alega ter uma sensitividade mística, como nossa avó, mas diferente da idosa, todos sempre suspeitamos que a garota fingia. Na adolescência ela passou a usar seus "poderes" de "médium" e "clarividente" para conseguir descolar uma grana fácil, e foi assim que construiu seu império social, o Dreamcather, uma página nas redes sociais onde ajuda pessoas com seus dons psíquicos com o codinome Madame Mystic. Diversas vezes já tentaram derrubada alegando que ela não passa de uma charlatã, mas a página já teve tanto alcance que nada que se faça hoje em dia consegue destruí-la, e isso Yoná explica como uma prova de que nada desse plano consegue atingila. Maluquice eu sei, mas essa é minha prima, sendo mentirosa ou não, uma coisa eu sei, Kim Yoná é muito esperta e sabe administrar uma rede social como ninguém. Até hoje sua página não foi o suficiente para deixa-la milionária, contudo ela consegue se sustentar apenas com a grana que tira de lá, e isso querendo ou não, para uma rede de uma "paranormal" é uma grande coisa.

Um ano atrás minha prima diz ter visto em uma carta de tarô um sinal para que ela largasse tudo e se casasse com seu predendente da época, Jaeyeong, e foi exatamente que ela fez. De uma hora para outra organizou uma festa de casamento pequena e se unil em matrimônio com o namorado, mudando-se para Europa no mesmo dia. Yoná é impulsiva e toma as atitudes mais inesperadas, então ninguém ficou chocado quando deu a notícia. Uma coisa é certa se ela vê algo que considera um sinal em suas cartas, ela vai agir, nem que seja a coisa mais maluca do mundo. O que me leva a perguntar o que será que ela viu para ter voltado tão de repente, será que tem alguma coisa a ver com suas cartas ou essa vinda só trata-se de sua impulsividade funcionando? Seja lá os motivos, vou saber da resposta agora.

- Não vai vir dá um abraço na sua prima favorita! - Yoná graceja de braços abertos aguardando minha aproximação que logo acontece. Corro até seus braços dando-lhe um abraço apertado e cheio de saudades. - Eu senti sua falta, pirralha.

- Também senti sua falta. - sorrio por conta do apelido. "Pirralha" sempre foi a maneira caminhosa que ela me chamou, apesar de ser um pouco pejorativo mais algumas pessoas, vindo de Yoná é legal, não sei explicar. Talvez pelo fato dela sempre ter cuidado de mim e eu ser realmente a pirralha dela que a seguia para todo canto. - Quando voltou para Mogjeogji e por que voltou? E o seu marido, veio também?

- Cheguei hoje mesmo, vim para cá para tentar ser modelo! - ela diz sorrindo ladino e passando as mãos por seus cabelos curtos e avermelhados.

- Modelo? - Me espanto, porque Yoná, que eu saiba, nunca foi de se interessar por moda, pelo menos nunca tinha demonstrado interesse. - Isso tem haver com alguma carta de tarô?

- Não exatamente - ela fala - vem comigo que te explico tim tim por tim tim.

A garota para por alguns segundos e segura meus ombros, me analisando misteriosamente como se tivesse enxergado alguma coisa em mim.