O destino em meus olhos - Choi Beomgyu (TXT)

Entre ressacas e o desencadeio do caos

Capítulo Vinte e cinco

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       Abro os olhos lentamente, e o mundo gira ao meu redor como se estivesse em uma montanha-russa. A luz do sol invade meu quarto, intensificando a dor latejante em minha cabeça. Minha boca está seca, e cada movimento é uma batalha contra as ondas de náusea que ameaçam me dominar a qualquer momento. Levanto-me com esforço, sentindo meu corpo protestar a cada movimento. A lembrança da noite anterior vem em flashes desconexos, enquanto luto para reunir os fragmentos dispersos de memória. A ressaca me envolve como um cobertor pesado, e só consigo lamentar minha decisão de ter bebido demais.

Meu coração dispara quando meus olhos se ajustam lentamente à semi-escuridão do quarto desconhecido. Um arrepio percorre minha espinha ao perceber que não estou onde deveria estar. Meus pensamentos entram em frenesi enquanto tento juntar os fragmentos da noite anterior. Ao meu lado, vejo Yeonjun, dormindo serenamente. Uma mistura de alívio por vê-lo e pânico por não entender como cheguei aqui me consome. Cautelosamente, tento me mover, rezando para não acordá-lo enquanto tento desvendar esse mistério.

- Já falei para parar de se mexer, Yoonhee.

Meu coração salta para a garganta quando ouço a voz sonolenta de Yeonjun, ecoando no quarto. Congelo, percebendo que estou entre duas pessoas. Uma onda de confusão e ansiedade me domina enquanto tento processar a situação. Minha mente corre em círculos, tentando entender como acabei aqui e o que aconteceu enquanto eu estava inconsciente. Lembro-me de alguns fleshs de Beomgyu me colocando para dormir. Será que foi um sonho?

- Além de invadir nosso quarto no meio da madrugada, você ainda fica se mexendo que nem um chocalho. Qual é, gatinha? - Choi volta a prionunciar finalmente abrindo os olhos e me encarando.

- E-eu, invadi? - indago completamente confusa e constrangida com a afirmação que acabei de ouvir.

- Você insistiu dizendo que queria dormir sentindo o aroma de morango dele. - Yeonjun conta com os olhos inchados, mostrando que não foi apenas eu que exagerei na bebida noite passada.

- Dele? - questiono receosa com a resposta que poderá vir - Dele quem?

Sinto a presença atrás de mim e meu corpo se enrijece instantaneamente, meu coração martelando no peito. Com um medo crescente, viro-me devagar e me deparo com Beomgyu, cujos olhos parecem prestes a se abrir. Seguro minha respiração, temendo que qualquer movimento brusco possa despertá-lo. Quando finalmente seus olhos se abrem, uma onda de desespero e confusão me atinge em cheio. O que diabos aconteceu na noite passada? Minha mente se torna uma tempestade de perguntas enquanto tento desesperadamente juntar os fragmentos da noite anterior.

- Você se agarrou nele e não quis soltar. O jeito foi te deixar ficar aqui com a gente. - Yeonjun explica a situação notando minha cara apavorada e vermelha.

- Eu fiz, o que? - exclamo ainda boquiaberta com minha falta de postura. Droga, eu nunca mais vou beber na vida. Me afasto do meio dos garotos, sentando-me ajoelhada no grande colchão, ficando de frente para os dois que sentam ainda não muito despertos.

- Relaxa, foi tranquilo - Beomgyu se pronuncia pela primeira vez com o rosto amassado e seus cabelos longos um pouco desgrenhados. E vendo o quão hipnotizada fico um simples gesto do rapaz, eu sinto minhas bochechas esquentarem como brasas de fogo.

Um calafrio percorre minha espinha enquanto as lembranças se juntam lentamente em minha mente confusa. Olho para baixo e vejo o pijama de dinossauros que Beomgyu me ajudou a vestir, e as peças começam a se encaixar. Tudo aquilo que eu pensei ser apenas um sonho, na verdade aconteceu. As imagens da noite anterior inundam minha mente, cada momento mais vívido do que nunca. Lembro-me da tentativa desajeitada de pular na piscina, das declarações ditas para Beomgyu em um momento de ousadia, das confissões honestas sobre o nome ridículo do carro de Yeonjun e do insulto imprudente a Soobin. Meu rosto queima com embaraço enquanto percebo que tudo aquilo foi real.