Em busca do perdão

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Capítulo Doze

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       O vento gélido sopra no exato momento em que saio de casa pela manhã. Caminhando pelas ruas de Mogjeogji Seom, enrolo o cachecol no pescoço para me proteger do frio desse inverno rigoroso. Deixo o som suave e majestoso das cordas do violino preencherem meus ouvidos enquanto faço meu percurso habitual rumo ao trabalho. Enquanto caminho, permito que fhashs do filme que assisti na noite interior retornem a minha mente. Filme no qual eu acabei dormindo na metade, mas que mesmo assim me fez ter uma singela admiração. Lea tinha insistido para que eu lesse o livro que conta a mesma história do longametragem , contudo eu nunca tive o bom hábito da leitura, confesso que sempre fui preguiçosa demais para isso. Mas como uma boa amante dos livros que devora a literatura como ninguém, Lea tentou me convencer que eu gostaria da história e principalmente da protagonista. Foi quando eu decidir que assistir o filme seria mais viável para mim, assim entenderia a narrativa e não perderia meu tempo fazendo algo que eu detesto. De fato, minha amiga estava certa, Mia era uma personagem à qual eu me indentifiquei logo de cara, nas primeiras cenas descobri que nosso gosto músical é o que mais temos em comun. Não sei ao certo quando comecei a gostar de múisca clássica, só sei que à muito tempo, as únicas canções que conseguem me deixar relaxada são as clássica, principalmente os pianos, violoncelos e os magníficos violinos. Sempre fui apaixonada por violino, porém nunca tive a oportunidade de aprender tocar, digamos que eu sou  um desastre em tudo que envolve música e arte. Ainda bem que minha falta de aptidão artistica não me impede de apreciar os músicos clássicos da modernidade. Como por exemplo, Ravenna, uma das maiores e mais prestigiada violinista da década e minha maior ídolo. Escutar as músicas dela é algo que eu amo fazer sozinha no meu quarto e as vezes caminhando pelas ruas, ouvindo as notas mais emocionantes que toca a alma e me acompanha nesse trajeto o deixando menos solitário na maioria das vezes.

Assim que adentro no salão principal da cafeteria, depois de já ter vestido meu uniforme e me preparado para começar o expediente, sou recebida por um Yeonjun ansioso e sorridente que vem até mim sem pestelejar com um bloquainho de notas em uma mão e uma caneta na outra.

- Ainda bem que chegou! - declara aliviado me entregando os dois objetos. - Temos um cliente que deseja ser atendido somente por você. - diz baixo indicando com a cabeça na direção do rapaz alto sentado em uma das mesas na lateral do salão.

Vejo um Soobin nervoso e preocupado enquanto brinca com os próximos dedos em cima da mesa. Um de seus pés batem sem parar no chão fazendo toda sua perna tremer demonstrando toda sua ansiedade. Respiro fundo tentando não me deixar levar pela maneira que ele se encontra e apenas forço-me a recordar do bolo que ele me deu na noite do baile para ficar se pagando com o seu ex atual namorado. Faz exatamente dois dias des aquela noite que teria sido um fiasco para mim se eu dependesse do meu melhor amigo. Ainda bem que Beomgyu apareceu e impediu que eu passasse o resto da madrugada chorando e me perguntando que diabos teria de errado comigo. Não que eu não tivesse me questionado quando cheguei em casa, mas com o tempo que eu passei com Choi me ajudou a menizar a paranóia causada pelo o outro Choi, com certeza amenizou. Claro que Soobin me ligou e deixou centenas de mensagens nas minhas redes sociais pedindo perdão e implorando para que eu o respondesse, contudo, eu decidi segui seus próprios passos e ignora-lo sem direito a nenhuma satisfação assim como havia feito comigo para ele ver como é bom ser ignorado pelo melhor amigo. Mas é claro que eu sabia que uma hora ou outra ele tentaria falar comigo pessoalmente, mas eu não quero que seja agora, não tô com cabeça para isso. Preciso que ele saia daqui.

- Por favor Yeonjun, atende ele pra mim - peço quase implorando para o moreno que instantaneamente nega com a cabeça.

- Não, não, não, não. Você sabe quantas mesas eu já atendi hoje? Não vou fazer isso para você, é sua vez. Aliás, ele já deixou claro que só quer ser atendido por você. 

O destino em meus olhos - Choi Beomgyu (TXT)Onde histórias criam vida. Descubra agora