Anjo da guarda

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Está tudo bem
Mesmo que eu perca tudo
Está tudo bem
Porque alguém está ao meu lado
Mesmo quando estou chorando
Quando estou sozinha e solitário
Você ficou do meu lado
Você é o meu anjo
Você está sempre aqui
Oh, você é o meu anjo
Você está do meu lado
Para sempre, fique aqui para sempre

Oh my angel - Chai

Capítulo Quatro

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       Tem dias que dá vontade de sumir do mundo, evaporar, virar uma partícula de poeira e me esconder quieta em algum cantinho escuro para evitar qualquer constrangimento. Nesse momento eu estou assim, exatamente assim.

- Você? - exclama o rapaz num tom surpreso me analisando.

Estou paralisada, de um modo preocupante, eu diria. O timbre alto da voz do moreno me fez estremecer e esse foi o único movimento que eu fui capaz de fazer. Eu não estava nenhum pouco preparada para ficar cara a cara com ele, mas por outro lado, estou muito aliviada em vê-lo bem com meus próprios olhos.

- O que está fazendo aqui? Por acaso errou de quarto? - Sua expressão que antes era surpresa tornou-se confusa. Ele me encara minuciosamente com a testa franzida.

Meu nervosismo é tanto que é bem capaz de estar transbordando por todos os meus orifícios, sem exagero, principalmente pelo fato do garoto está nu na parte de cima. Ele deve ter tirado a camisa, acredito que para tomar banho como disse que ia fazer, já que a camiseta do pijama do hospital esta sobre seu ombro. Como uma excelente observadora que sou, não posso deixar de notar algumas cicatrizes espalhadas pelo seu abdômen, braços e ombros, o que desperta minha curiosidade em sábado motivo de cada uma delas atiçado minha curiosidade. Aliás, ficar encarando o corpo dele como uma maluca não me ajudará em nada nessa situação, não é mesmo? Cicatrizes não é o importante agora. E devo admitir que vê-lo dessa forma tão exposta me deixou completamente envergonhada. Pasmem, sim, eu tenho vergonha na cara as vezes.

- Então, vejamos... eu não, é... - embaralho nas minhas próprias palavras.

A ficha do garoto parece cair por um segundo. Seu rosto atinge uma coloração avermelhada e imediatamente trata de vestir seu pijama, com um sorriso tímido nos lábios. Eu poderia descrever essa cena como cômica, mas acho que constrangedora se encaixa melhor. Se vamos manter uma conversa, é melhor que ele esteja adequadamente vestido.

Já coberto, ele me encara esperando uma resposta para sua pergunta.

- Eu não estava te espionando nem nada do tipo. - Tento justificar sem nenhum pingo de convicção nas palavras. Por mais que eu esteja sendo sincera (em partes), já que meu objetivo aqui não é espialo e sim vê-lo, meu timbre faz questão de me sabotar e deixar minha frase completamente duvidosa.

- Então o que esta fazendo aqui? - tombou a cabaça para o lado me analisando desconfiado, enquanto cruza os braços na altura do peito.

Tento novamente buscar a melhor desculpa no meio de minha cabeça confusa, porém nada de inovador surge, então eu terei que agir rápido e dizer a primeira coisa que vier em minha mente.

- Entrei no quarto errado, assim como você disse, que locura menino. Deve ser minha labirintite, vou nessa. - jogo as palavras todas de uma vez e sigo em direção a porta.

O destino em meus olhos - Choi Beomgyu (TXT)Onde histórias criam vida. Descubra agora