Sentimentos confusos

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Capítulo Dezenove

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Um ano. Apenas um ano foi o período de tempo que eu decidi tirar de ano sabático depois que me formei na escola. Quando se é adolescente as opções sobre o futuro em relação a carreira e faculdade são diversas, você tem um leque de possibilidades que pode explorar em pequenos estágios e cursos enquanto estuda para o processo seletivo das universidades, o famoso vestibular. Qualquer jovem no ensino médio se preocupa com isso. Qualquer jovem menos eu. Anos atrás eu estive focada demais na natação e as competições que estava participando e não tive tempo para me preocupar com qual carreia que gostaria de seguir no futuro, por conta disso eu e minha mãe combinamos que eu teria um ano inteiro para me concentrar no esporte e no próximo sem falta, começaria a estudar para entrar no vestibular através de uma bolsa. O que facilita para mim é treinar no ginásio da universidade e já ser conhecida no ambiente, o que aumenta as chances de ser aceita para estudar por lá. A questão pra mim é que se passou muito tempo e eu ainda não decidi o que eu quero para o meu futuro, o que cursar ainda é incerto. A única coisa que eu sou boa é em nadar, já pensei em me tornar salva-vidas, mas minha mãe pensar em algo maior para mim, ela diz que eu tenho a oportunidade que muitos não tem e cursos disputadíssimos quanto medicina e direito são possíveis para mim. Eu nunca me vi sendo médica ou advogada e Elodie entende isso, mas meu tempo de decidi está acabando e eu preciso escolher logo um curso, não posso trabalhar no café para sempre, apesar de ser um lugar ótimo para se trabalhar, não é o futuro para mim.

A minha relação com Elodie também não são das melhores. Desde que discutimos nós não nos falamos direito devido aos seus plantões excessivos que toma todo seu tempo. Isso é desgastante pois sempre que brigamos nós nos desculpamos e seguimos em frente, mas dessa vez não foi assim. A algo a incomodando e eu sequer consigo achar tempo para perguntar o que é. Não odeio minha mãe, muito pelo contrário, eu amo e me arrependo muito do que disse a ela na última vez. Mas também quero que ela entenda que agora sou adulta e consigo cuidar de mim mesma. Mas como provar para ela que cresci sendo que sequer consigo decidir o que fazer do meu futuro? É realmente tudo muito complicado, e pensar nisso nesses dias está consumindo todas minhas energias.

- Por que essa cara de enterro? - pergunta Yoná entrando no meu quarto e jogando sua bolsa em qualquer canto. Ela tá hospedada na minha casa e usa o quarto de hóspedes, mas o lugar que mais fica é no meu quarto conversando comigo.

- Porque minha alma acabou de morrer junto com a minha paciência. Eu estou irritada, preciso me resolver com minha mãe e ainda decidir uma universidade. Isso está me consumindo! Essa situação é deprimente, horrível, devastadora... - tagarelo quase sem respirar, embolando as palavras uma em cima da outra.

- Lindo! - exclama minha prima interrompendo minhas reclamações.

- Como me ver nesse estado pode ser lindo? - questiono indignada percebendo que ela ignorou tudo o que eu disse.

- Não estou falando de você, miúda. Sua situação é realmente péssima, meus pêsames para sua alma e sua paciência, que elas descansem em paz. - Ela diz dando a volta na minha cama e esticando o braço atrás de mim. - Estou falando que isso é lindo, me empresta? - pega um cropped que esta na minha cama.

Ela me chamou de miúda?

- Empresto, mas o que você vai querer com essa tralha? - falo entediada, ainda sem entender porque ela ignorou minha reclamação. Eu tô afim de reclamar, poxa.

- Que tralha? Isso é divino, Yoonhee. Onde comprou? - a garota pergunta estendendo a peça na frente de seu busto se olhando no espelho e me encarando através do reflexo.

O destino em meus olhos - Choi Beomgyu (TXT)Onde histórias criam vida. Descubra agora