Banho de sal grosso seria uma boa opção

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Capítulo Trinta e três

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       Acordo sentindo o calor suave dos lençóis ao meu redor. A cama de Beomgyu não é tão confortável quanto a minha, mas é macia até, e por um momento não consigo lembrar como vim parar aqui. Meus olhos se abrem lentamente, a luz fraca atravessa as cortinas, e eu me mexo preguiçosamente. O quarto está vazio.

Demoro alguns segundos até as lembranças da noite anterior me atingirem. Depois de tudo que aconteceu com Soobin, eu vim direto para cá. Beomgyu me consolou, jogamos vídeo game e, de alguma forma, terminei dormindo na cama dele.

Com um suspiro, me levanto e saio do quarto. Meus pés tocam o chão frio, e dou alguns passos pelo corredor, ainda meio zonza de sono, quando quase piso em algo. Paro de repente e olho para baixo. Charlie, o jabuti de estimação do Beomgyu, está ali, me encarando com seus olhinhos calmos.

— Ai, meu Deus, quase pisei em você! — falo, abaixando-me um pouco para olhar melhor. — Bom dia, Charlie.

Ele não responde, claro. Apenas continua ali, imóvel, como se estivesse pensando na vida dele, completamente alheio à minha presença. Rio de leve e sigo para a cozinha.

Quando entro, a porta da frente se abre, e Beomgyu aparece com um sorriso lindo e radiante, como se a manhã fosse a melhor de todas. Ele está com algumas sacolas nas mãos.

— Bom dia, dorminhoca — ele diz, me lançando aquele olhar que sempre faz meu coração disparar.

— Bom dia — respondo, sentindo minhas bochechas esquentarem.

— Dormiu bem? — ele pergunta enquanto caminha até a bancada e começa a colocar as coisas que trouxe ali.

— Uhum — confirmo, passando a mão pelo cabelo bagunçado.

— Ótimo, porque eu trouxe café da manhã. — Ele se inclina na minha direção, claramente tentando me beijar.

Eu rapidamente coloco a mão no peito dele, impedindo-o, e dou um sorriso envergonhado. — Espera, eu ainda não escovei os dentes.

Beomgyu ri, já esperando minha reação, e puxa algo da sacola. — Eu sabia que você diria isso. — Ele me estende uma escova de dentes nova, ainda no plástico. — Peguei na loja do Sr. Yang, pra você deixar aqui nas próximas vezes que dormir comigo.

Minhas bochechas queimam ainda mais, mas por dentro, uma pequena onda de euforia me preenche. Ele está deduzindo que eu vou dormir aqui de novo, e a ideia me deixa nervosa, mas ao mesmo tempo... é reconfortante. Natural. Como se estivéssemos juntos há muito mais tempo.

— Ah... obrigada — digo, tentando não sorrir como uma boba, mas falhando miseravelmente.

Pego a escova de dentes nova e vou para o banheiro, ainda me sentindo um pouco eufórica com a sugestão dele de eu dormir aqui mais vezes. Ao entrar, percebo que o lugar é simples, mas organizado, do jeito que Beomgyu é. Quando coloco minha escova ao lado da dele na pia, um sorriso bobo escapa. É estranho como algo tão pequeno pode parecer tão íntimo. A sensação é boa, como se estivéssemos construindo pequenos pedaços de uma vida juntos, mesmo que seja cedo.

Depois de lavar o rosto e fazer minhas higienes, volto para a cozinha. Beomgyu já arrumou a mesa, com tudo perfeitamente disposto, como se estivesse esperando apenas por mim. Ele se vira e, com um sorriso, estende algo na minha direção.

— Olha o que eu achei perto da padaria — diz ele, me entregando um trevo de quatro folhas. — Dizem que dá sorte.

Eu rio, pegando o trevo delicadamente entre os dedos. — Que bonitinho, obrigada!

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⏰ Última atualização: Oct 04 ⏰

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O destino em meus olhos - Choi Beomgyu (TXT)Onde histórias criam vida. Descubra agora