O destino em meus olhos - Choi Beomgyu (TXT)

Corações abertos (Choi Beomgyu)

Capítulo Vinte e Seis

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Choi Beomgyu ~

       A noite parecia destinada a terminar quando delicadamente acomodei Yoonhee em sua cama e, com um afetuoso adeus, encaminhei-me para o quarto que compartilhava com Yeonjun e Kai. No entanto, para minha surpresa, o desfecho foi inesperado. Enquanto nos preparávamos para o merecido descanso, exaustos e um tanto quanto embriagados, exceto por Kai, que já mergulhara profundamente no sono, Yoonhee irrompeu em nosso aposento, ainda meio sonolenta, envolvendo-me com seus braços ao redor do pescoço. Com voz embargada, expressando o desejo de adormecer embalada pelo aroma de morango que emanava de mim.

Fui obrigado a suportar as provocações de Yeonjun enquanto conduzia a garota de volta ao seu quarto, consciente de que ela se sentiria desconfortável ao despertar em nosso quarto no dia seguinte. Se dependesse apenas de mim, permitiria que ela permanecesse agarrada a mim pelo tempo que desejasse, mas compreendia a importância de preservar sua dignidade. Assim, empreendi esforços para convencê-la a partir. No entanto, minhas tentativas foram infrutíferas, levando Yeonjun a sugerir que a deixássemos conosco, enquanto Kai, já desperto e irritado com a algazarra, insistiu que a mantivéssemos ali apenas para garantir o silêncio.

Derrotado pelos argumentos dos rapazes e pela insistência da jovem, cedi e providenciei um lugar para ela no colchão ao meu lado, entre mim e Choi, enquanto Kai já havia retornado ao sono do outro lado, próximo à parede. Tentei adormecer, porém, a agitação de Moon e os resmungos de Yeonjun perturbaram meu descanso. Por vezes, ele acordava para repreender a garota, mesmo ele próprio não permanecendo em silêncio. E foi em meio ao caos que se instaurou no quarto que consegui conciliar o sono, pouco antes do nascer do sol.

Como suspeitara, Yoonhee ficou profundamente confusa ao despertar em nossos aposentos, distante de onde eu originalmente a teria deixado. Constrangida pelas revelações de Yeonjun, a jovem também parecia debater-se com a confusão mental decorrente do que me havia expressado na noite anterior. Em meio a essa intrincada situação, questionei-me se ela recordava suas declarações e a tentativa de beijo que ocorreu em seu quarto.

Durante o café da manhã, percebi que Yoonhee evitava meu olhar a todo momento, o que confirmou minhas suspeitas de que ela se recordava dos eventos da noite anterior e estava incerta sobre como agir ao meu redor. Decidi dar-lhe espaço ao longo do dia, pois não desejo assustá-la nem pressioná-la a confessar seus sentimentos novamente, especialmente agora que está sóbria. Reconheço que a coragem que demonstrou na noite passada foi influenciada pelo álcool, mas também compreendo que ela talvez não consiga reunir a mesma coragem agora. Portanto, caberá a mim dar esse passo, embora prefira conceder-lhe o tempo e o espaço que merece após uma noite tão tumultuada.

Passo a tarde ao lado de Taehyun, mergulhando nas recordações do passado. Somente agora, enquanto converso com ele, percebo a profunda falta que ele me fez. As sombras do ressentimento e da amargura que o envolviam se dissipam diante da lembrança do quanto ele me proporcionava alegria quando éramos companheiros de casa e melhores amigos.

- Lembra daquele dia na escola, Taehyun? Quando o Sr. Kim, o zelador, descobriu a gente escondido na sala de artes? - questiono o rapaz lembrando do dia em que matamos aula pela primeira vez.

- Claro que lembro! Aquele foi o dia que pegamos nossa primeira detenção. Como esquecer da expressão dele quando nos viu lá, tentando nos esconder atrás das telas de pintura? - o garoto diz nostálgico, rindo do momento me fazendo gargalhar junto.

- Eu ainda me lembro da forma como ele nos olhou, com aquela mistura de surpresa e indignação. E depois, quando ele nos contou aquela história engraçada sobre quando ele próprio era aluno naquela escola. Foi hilário! Ele não sabia se nós dava bronca ou se falava dele! - completo e Kang ri ainda mais.