Capítulo 1 - Ashley Parker

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Estou exausta!

Ser mãe solo, trabalhar de segunda a sábado feito uma condenada e ainda ganhar pouco... é uma porcaria.

O hospital não paga direito, porém, não é como se tivesse outra opção. Aquele lugar é um dos melhores da cidade e o único que abriu vaga de emprego nesses últimos tempos. Me deixando sem escolhas.

Assim que recebo dinheiro, ele já tem um propósito, o Ethan. Não que eu esteja reclamando o fato de ter um filho, e sim, o fato de que o mundo é uma merda.

O Ethan tem oito meses, e ele é a única coisa que me mantém viva. Se não fosse por ele, não sei onde eu estaria...

Afasto os pensamentos assim que abro a porta do meu apartamento. Colado na porta tem um aviso do dono "Ashley, o aluguel." Reviro os olhos e arranco o papel dali.

Assim que entro, fecho a porta acendendo as luzes. Me viro para sala e vejo dois homens.

Abro a boca para gritar, porém, outro homem alto surge do meu lado direito colocando um pano na minha boca enquanto me segura com muita força.

Olho para frente observando o outro homem igual ao que se mantém atrás de mim. Ele mantém os braços cruzados em pé perto do sofá, veste um terno todo preto.

Olho para o outro homem sentado no sofá, de braços cruzados me observando com um olhar de... não sei explicar. Só consigo enxergar maldade ali.

Vejo tatuagens em uma parte do seu pescoço e em outra parte nos braços que não estão cobertos pela blusa. Ele tem cabelo curto, penteado para trás, e barba feita. Veste uma camisa social e uma calça social justa nas cores cinza.

Não consigo me mexer com o homem atrás de mim, me segurando. Olho em volta, vendo se pegaram alguma coisa, mas, tudo continua no mesmo lugar.

Se não estão aqui para roubar... Será que meu ex mandou esses caras? Não acredito que o filha da puta me achou.

Não posso chorar agora...

O cara que estava no sofá levanta e se aproxima, ele é alto assim como os outros homens, não desvia o olhar do meu. De repente ele saca uma arma e aponta para minha cabeça.

— Ele vai tirar o pano, e se você gritar, eu atiro na sua cabeça, me entendeu? — sua voz é grave e firme.

Concordo balançando a cabeça. Ele não vai atirar, então, talvez dê para fugir.

O cara atrás de mim tira o pano aos poucos e me solta. Preciso manter a calma e raciocinar se quiser sair daqui viva.

— Boa menina. — ele sorri.

Ele é estranhamente sombrio.

— Então, Ashley. — como ele sabe meu nome? — Preciso de um favor seu, sem opção de escolha, ou você aceita, ou você aceita. Fui claro? — um favor? Como assim... — RESPONDE. — grita na minha cara.

Qual problema desse cara? Guardo para mim todos os xingamentos possíveis. Preciso manter a boca fechada e ser obediente se não quiser levar um tiro no meio do rosto.

— Sim. — minha voz sai trêmula.

— Perfeito. — ele sorri. — Vamos sentar? — faz um sinal para um dos homens.

Ele vem até mim e me puxa, me fazendo sentar no sofá. O lugar em que me sustentou doe. Caramba porque tanta força?

O homem que deduzi ser o chefe dos outros, se senta na mesinha de centro, em frente a mim. Fico parada sem mover um músculo.

— Me chame de Alaric. — diz se inclinando para frente, apoiando os cotovelos no joelho. — Preciso dos seus serviços como médica, Ashley. E se não fizer... — mexe na arma me olhando nos olhos. — ... Eu mato o seu querido filho. — fico surpresa.

Como ele sabe sobre o Ethan?

— Isso mesmo, querida. Eu sei tudo sobre você. — da um sorrisinho. — Onde nasceu, nome dos seus pais do qual você não tem contato, onde trabalha, nome do seu filho e... claro o mais importante. Sei que fugiu do seu ex... como se chama mesmo? Ah, Owen. — desvio o olhar do dele.

Por que? Depois desse tempo todo o canalha ainda me assombra. Se ele mandou esse cara aqui...

Preciso sair daqui. Olho para os dois homens, um em cada lado meu.

— Posso beber água? — pergunto quase como um sussuro.

O homem que agora sei que se chama Alaric, se levanta e me puxa pela mão. Me acompanha até a cozinha com a arma nas minhas costas. Pega um copo para mim e enche, me entregando em seguida.

Preciso reagir. Agora ou nunca.

Em questão de segundos dou uma cotovelada nas suas costelas e quebro o copo na sua cabeça. Me afasto o mais rápido possível.

— DANTE! — ele grita assim que saio da cozinha.

Corro em direção a porta, porém, um dos homens me segura pela cintura, me sustenta e me leva de volta para o sofá. Tento me soltar, mas não tenho sucesso.

Tento gritar, ele enfia o pano na minha boca e me prendendo com uma algema, deixando minhas mãos para trás.

Olho para Alaric e ele me olha com ódio. Talvez eu esteja ferrada.

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