Capítulo 14 - Ashley Parker

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— Vai ficar parada aí? Não vai me beijar? — diz se levantando.

Ele mudou, está mais magro e o cabelo está raspado, mas sua cara assustadora continua a mesma.

— Co-como entrou aqui? — acho a voz e pergunto.

— Ah, bonequinha... Eu tenho meus meios. — sorri. — Então o filho é meu? — pergunta mexendo no meu cabelo.

Não tenho forças nem para lhe afastar. Sinto as lágrimas descerem pelo meu rosto.

Não respondo, então ele agarra meu pescoço me empurrando contra a parede.

— Eu fiz a droga de uma pergunta e quero que me responda, Ashley! — seu rosto está próximo do meu rosto.

— S-sim. — gaguejo.

Ele analisa minha resposta e sorri.

— Não importa, não vamos ficar com ele. Eu só quero você. — me beija.

Tento desviar o rosto, mas ele me prende. Sua língua tenta invadir minha boca, porém mantenho a minha boca fechada.

Preciso sair daqui!

Não penso. Dou uma joelhada no meio das suas pernas e saio correndo do quarto. Escuto ele me seguir com dificuldade. Abro a porta do apartamento com o celular e a chave do carro em mãos, saio correndo dali.

Desço o mais rápido que posso as escadas e entro no meu carro. Ligo e disparo para longe dali.

Não tenho tempo para chorar, telefono para a Iris e ela me atende no primeiro toque.

Oi, amiga. — escuto o Ethan sorrindo.

— Em hipótese alguma abra essa porta, Iris. Para ninguém, quando eu estiver indo aí, aviso. — digo apressadamente.

O que houve? Você está bem? — sua voz soa preocupada.

— É o Owen, ele voltou. Eu estou bem, fugi de perto dele. Mas, ele pode ir atrás do Ethan, não abra a porta, por favor.— suplico.

Certo, entendi. Por favor se cuida. — desligo.

Contei para ela sobre meu passado, ela ficou pasma e chorou durante toda a história.

(...)

Já dirigi tanto que saí da cidade. Estou em um lugar com pouco movimento de carros, paro no acostamento ligando o alerta.

Expiro o ar com força e desabo. Choro tanto que não consigo controlar.

Ele me achou, como ele me achou? Não dá para acreditar que o pesadelo voltou.

Meu corpo está de novo do mesmo jeito que ele ficava no passado, tenso, o coração batendo forte e tremendo...

Lembro do beijo que ele deu e rapidamente limpo minha boca, me olho no espelho do carro e noto seus dedos em volta do meu pescoço.

Começo a soluçar e encosto a cabeça no volante. Escuto meu telefone tocar, mas não consigo me mexer.

(...)

Não sei por quanto tempo fiquei nessa posição chorando, até que ouço uma batida na janela do carro.

Levanto o rosto com o susto e vejo o Alaric parado ali.

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