Capítulo 21 - Alaric Barnes

237 30 16
                                    

Estou saindo da minha sala quando ouço Dante me chamar.

— Fala. — me viro para lhe olhar.

— Ouve um problema. — soa nervoso.

— Que problema, Dante? Não estou com paciência para mais trabalho. — passo a mão no cabelo.

— A... Ashley, fugiu dos seguranças. — paro de me mexer.

Olho nos seus olhos procurando algo que indique que ele esteja mentindo.

— Como assim fugiu dos seguranças? — tento manter a calma.

— Ela mentiu sobre o evento do hospital,  não tinha nenhum. Os seguranças olharam as câmeras do hospital e viram ela saindo com... com um homem de mãos dadas. — sinto meu corpo ferver.

Só pode ser brincadeira, eu aqui me preocupando com a porcaria da vida dela e e ela foge? COM UM HOMEM? Eu vou matar quem quer que seja esse filho da puta.

Respiro fundo de olhos fechados para não matar ninguém aqui sem querer.

— Para onde ela foi? — encaro Dante que me olha preocupado.

— Não sabemos ainda. Estamos tentando resolver isso, chefe. — volto para minha sala, fechando a porta.

Não dá para acreditar, ela está testando minha paciência. PORRA!

Jogo as coisas da minha mesa no chão. O barulho é alto, e eu esqueci a porcaria do vidro visível, todo mundo está olhando para mim. Clico no botão deixando tudo preto no mesmo instante.

Vou cortar a mão de quem quer que seja o homem que está tocando nela. Vou embrulhar e entregar para Ashley como presente. Ela não sabe do que eu sou capaz de fazer, se eu souber qualquer toque que esse homem der nela.

Quis bancar a adolescente e fugir? Ótimo, a morte desse homem vai estar nas mãos dela também.

Dante entra na sala nervoso novamente.

— Achamos ela. — olha a bagunça que deixei no chão.

Me levanto rapidamente.

— Fala logo, Dante. — grito.

— Ela está na... na sua boate. — saio da sala o mais rápido que posso.

Eu não acredito.

— Dante. — falo por que sei que me segue. — Traga aquele homem para cá. Coloque ele na gaiola. — entro no carro.

A gaiola é literalmente uma gaiola, igual aquelas em que deixam cachorros para adotar. Sempre mando as pessoas para lá quando quero torturar.

(...)

Não espero Dante estacionar, desço com o carro ainda em movimento. Ouço ele me chamar, mas ignoro.

— ALARIC! — me chama novamente.

Ele me segura antes que eu consiga entrar pela porta dos fundos.

— Está cheio de gente aí dentro. Não haja com a emoção. Se recomponha. — aperta meu braço.

— Dante, me solta. — murmuro.

— Não, até que pense no que vai fazer. Vai chegar lá e bater nela? Vai fazer igual ao ex? — desvio o olhar. — Vai bater nele também? Na frente de todo mundo? Pensa, Alaric! — respiro fundo.

Ele está certo, eu sei. Porém quanto mais tempo fico aqui, ela está lá com ele. Me solto do seu aperto.

Passo pela porta dos fundo entrando num corredor, sigo até a porta que dá para parte de dentro da boate.

A música invade meus ouvidos assim que abro a porta, está escuro, mas dá para enxergar os rostos.

Um dos homens que trabalha para mim, se aproxima e aponta para o bar. E lá está ela com o homem.

Ele toca na sua cintura, fala algo no seu ouvido e se afasta indo nos banheiros.

— Expulse aquele cara daqui. — digo ao meu segurança.

Ele concorda e anda na direção dos banheiros.

Respiro fundo e me aproximo da Ashley, ela está de costas para mim e de frente para o bar.

Com a porra de um vestido justo marcando todas as suas curvas, até esqueci o que vim fazer aqui.

Coloco a mão na sua cintura e a puxo, fazendo com que encoste as costas no meu peito.

Seu cabelo está preso, o que me dá acesso livre ao seu pescoço.

— Oi, querida. — falo no seu ouvido. — Achou que eu não te acharia? Eu botaria fogo no mundo todo até te achar, Ashley. — beijo seu pescoço.

.
.
.
.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Quantos Segredos Você Pode Guardar? - Livro ÚnicoOnde histórias criam vida. Descubra agora