Capítulo 8 - Alaric Barnes

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Ashley me tira a paciência, e mesmo fazendo isso eu não consigo odiá-la. Tentei procurar argumentos mentalmente para lhe xingar no momento que mandei ela manter a boca fechada, porém, não encontrei.

Não sei que porra está acontecendo comigo pra deixar uma mulher gritar comigo e não reagir do jeito que ela merece.

Eu disse que ela trabalharia toda noite, mas, nem sei se vou fazer isso. Ela tem um filho e sei o quanto isso é complicado.

Preciso pensar, um tempo sem vê-la, colocar os pensamentos em ordem. Talvez eu precise transar com alguma vagabundos.

— Chefe? — ouço a voz do Tony.

Lhe olho esperando que continue a falar.

— O senhor me pediu para avisar os movimentos dela. O Cilian disse que ela saiu de casa andando, com o filho. O senhor acha que ela vai nos entregar à polícia? — me olha em pé na entrada da sala.

Saiu a pé? E o carro que lhe dei? Penso.

— Não vai, Tony. — levanto e ando na sua direção. — Continuem vigiando ela. — saio da sala.

Preciso ir para casa, ficar aqui na sala não vai ajudar no que estou sentindo no momento.

Levanto e disco no telefone o número da Bárbara. Ela é fácil e assim que ver que sou eu, irá vim até mim.

Oi, gato. — atende no primeiro toque.

— Estou precisando de você. — subo as escadas.

Onde? — sua voz soa sexy.

— Vem na boate. — desligo.

Me sento em frente ao bar e espero.

(...)

Assim que deito na cama sinto uma pontada de dor na barriga. Merda, esqueci do corte. Não deveria ter exagerado no sexo.

Aconteceu um deslize enquanto eu torturava um dos informantes do Mitchel, ele pegou uma faca e me cortou. Fiz o mesmo com ele, porém, na garganta. É o melhor lugar para cortar alguém, ver todo aquele sangue escorrer e a pessoa morrendo diante dos seus olhos...

Afasto os pensamentos quando ouço meu celular tocar. É o Tony.

— Fala comigo. — atendo no primeiro toque.

Ela só foi ao parque, e já está em casa. — Tony diz do outro lado da linha.

— Ótimo. — desligo.

Respiro fundo e sem pensar mando uma mensagem para ela.

Você: O corte está doendo, posso tomar algum remédio, doutora?

Espero pela resposta. Ela visualiza e não responde. Quando estou prestes a desistir o celular apita indicando nova mensagem.

Ashley P. : Pode sim, amanhã vejo como está. Precisa observar para não inflamar.

Você: Está preocupada comigo?

Ashley P. : Não, na verdade não me importo se morrer por infecção. Eu venderia seus órgãos e ganharia milhões com ele, mas preciso do dinheiro...

Sorrio. Ela não tem medo do perigo.

Você: Faça isso. Aliás não precisa ir amanhã, mando mensagem quando precisar de você.

Ela demora um pouco a responder.

Ashley P. : Ok, chefão.

E fica off.

Acabei de transar com uma mulher gostosa, e mesmo assim a droga da médica, não sai da minha cabeça.

Sinto como se fosse outra pessoa quando falo com ela. O Alaric da máfia some e fica apenas o ser humano Alaric.

Talvez por ela ser médica desperta isso em mim, assim como nos seus pacientes. Ela tem um dom. E porra... sinto que estou fudido se continuar assim.

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