Capítulo 2 - Ashley Parker

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Alaric se senta do meu lado no sofá. Ele está com um pano na testa, e sorri feito um maluco.

O que deu em mim em achar que sairia daqui? Eu não pensei direito só agi.

— Espero que saiba... — me olha. — ... que você está ferrada. Você não tem ideia de como pensei em várias maneiras de te matar só nesses últimos segundos. — suspira. — Então, querida. Seja boazinha, ou irei realizar meus desejos.

Sinto meus olhos arderem, mas não deixo as lágrimas caírem.

— Agora, concerte o estrago que você fez aqui. — diz tirando o pano do seu rosto. — E sem mais gracinhas. — faz um gesto para o homem me soltar.

O cara obedece. Ele me puxa e me leva para o corredor. Não posso falar com esse pano na boca, e eu que não vou tirar se eles não pediram.

— Onde fica suas coisas de medicina? — o homem pergunta.

Aponto para o banheiro. Ele me leva até lá, sempre de olho em mim. Pego o kit de primeiros socorros no banheiro, então ele me leva de volta para sala.

— Senta. — o homem ordena.

Me sento em uma cadeira em frente à mesinha de centro que provavelmente o outro homem colocou. O tal do Alaric se senta na mesinha de frente para mim, ficando um pouco mais baixo.

Ele se aproxima e tira o pano da minha boca. Me olhando nos olhos diz:

— Concerte. — abro o kit com as mãos trêmulas.

Não sei se vou conseguir fazer isso tremendo assim. Ele precisa de pontos e eu estou nervosa pra caramba... De repente sinto sua mão na minha. Olho para ele sem entender o gesto.

— Relaxa, finge que eu sou um paciente no hospital. Não vou te machucar a não ser que você faça besteira de novo, entendeu? — concordo com a cabeça. — Ótimo, faça logo isso querida, e vamos conversar. — ele me solta.

Falando comigo assim parece até outra pessoa.

Olho para os outros homens atrás dele, e eles tem a mesma expressão que a minha, confusão.

Em silêncio faço meu trabalho com o... qual o nome mesmo?... Alaric, de olho em mim o tempo todo.

(...)

— Pronto. — digo assim que termino de lhe dar os pontos necessários.

Os outros dois homens me levantam e me fazem sentar no sofá novamente. Me sinto a porra de uma marionete.

Alaric se senta na cadeira em que eu estava, porém, mais perto. Me olhando ele começa a falar:

— Vamos direto ao ponto. Você trabalhará para mim e em troca te pago trinta mil dólares por mês. — fico boquiaberta.

TRINTA MIL DÓLARES? Isso é dinheiro demais... E é claro que não vem algo bom por aí.

— Você continuará sua vida normal como se isso aqui nunca tivesse acontecido. Por que, o trabalho é clandestino. Você vai trabalhar retirando órgãos dos corpos que eu quiser, durante a noite, lá no meu galpão... — lhe interrompo.

— Você só pode estar brincando. — sorrio. — Isso só pode ser uma pegadinha. — ponho a mão na cabeça.

— Isso é a realidade, e você vai fazer o que eu mandar, ou já sabe as consequências. — diz chegando perto.

— Eu não vou ajudar a matar pessoas inocentes. — falo ríspida bem perto do seu rosto.

— Você não vai tirar os órgãos de pessoas inocentes, eu não sou a porra de um serial killer. — grita na minha cara. — Será de pessoas da facção inimiga, eles são tão ruins quanto eu. — acalma a voz. — Eu te ligo, você vai faz o serviço e vai embora, no final de todo mês terá trinta mil dólares. Não era isso que você queria? Dinheiro? Estou lhe dando. — levanta. — E como eu disse, não aceito não como resposta. Você está contratada, parabéns.

Quero mesmo entender porque esse tipo de coisa acontece comigo. Qual a porra do meu problema?

Acho que vou desmaiar... Isso não pode está acontecendo. É demais...

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