Capítulo 22 - Ashley Parker

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Antes mesmo que me tocasse eu senti seu perfume.

Como ele me achou? Cheguei aqui com o Jack tem vinte minutos. Tem alguém me seguindo?

Ele me vira de frente, ainda tocando minha cintura. Olho primeiro para seu corpo, ele veste uma camisa polo branca e uma calça social preta. Subo o olhar e encontro o seu. Não sei explicar o que vejo neles nesse momento, está um misto de sentimentos.

Se aproxima e sussura no meu ouvido:

— Se eu ver outro homem encostar em você, eu mato ele e mando triturar o corpo. — suspira. — Ninguém toca no que é meu, querida. — alisa minhas costas.

Como pode ele me destruturar com uma frase dessas? Caramba ele acabou de dizer que mataria alguém. E tudo que eu consigo pensar é no que disse "ninguém toca no que é meu..."

Se afasta e me puxa pela mão. Entramos em uma porta com um corredor cheio de seguranças, viramos a esquerda e descemos uma escada.

Um corredor cheio de portas, ele entra em uma delas revelando um escritório maior que o do galpão, mas a mesma decoração.

Solta minha mão e anda até o mini bar, abre a garrafa e enche um copo com whisky.

Por isso ele me achou, isso aqui é dele. Eu saí com o Jack e vim parar exatamente na boate dele, quais as chances?

Me sento no sofá sem condições de continuar em pé.

Ele se vira e me olha, então espero a bronca.

— Você fugiu sabendo muito bem que o seu ex ainda está por aí. Sozinha, sem segurança! — aumenta o tom de voz.

— Eu não estava tecnicamente sozinha... — ele bufa.

— Aquele merda não ia te proteger. Aliás quem é aquele cara? — apoia o copo na mesa.

— Não importa. — reviro os olhos.

— Ah, importa sim, querida. Você vai responder todas as minhas perguntas por causa dessa sua rebeldia. — sorrio.

— Você acha que é meu pai? Eu não tenho obrigação nenhuma com você, seu idiota. — me levanto e me aproximo um pouco.

Ele se aproxima também, acabando com o espaço entre nós.

— Ashley, não me tire a paciência. Por que se você não responder eu juro que eu mato aquele cara. — grita a última frase.

— É só isso que você sabe fazer, ameaçar, gritar, ser um imbecil. Eu não sou seus funcionários, Alaric! — grito também.

Ele apoia uma mão na minha cintura e a outra segura minha nuca. E  então me beija.

Me beija desesperadamente, pede passagem com a sua língua igual a última vez e eu deixo. Eu deixo por que caramba, eu senti falta. Mesmo que só tenha experimentado uma vez.

Sinto a sensação do beijo indo direto para o meio das minhas pernas. É tão forte que um gemido escapa dos meus lábios.

Ele se afasta para respirar, faço o mesmo. Olho para sua boca melada com o meu batom vermelho. Sorrio.

— Você me tira do eixo, Ash. — alisa meu rosto.

— Você que me bagunça. Olha no que me transformei, estou beijando um homem que me mataria se pudesse. — apoio as mãos no seu peitoral.

— Eu jamais mataria você. Você é importante para mim. — beija minha testa.

— O que vamos fazer? Sobre isso. — aponto para nós dois.

— Só depende de você. Eu sei o que eu quero. — volta a me beijar.

Se eu pudesse não desgrudava mais minha boca da dele. Mas, preciso tomar uma decisão com a razão, analisar nossas vidas. E tem o Ethan...

Ele para de me beijar e se afasta. Segura minha mão e me leva até o sofá. Se senta e me coloca no seu colo, me deixando de lado. Deito a cabeça no seu peito enquanto ele alisa minhas pernas.

— Isso é complicado, eu sou médica e você tem essa sua vida... — respiro fundo. — Não somos compatíveis. E tem o Ethan, pensando no futuro... ele cresceria nesse mundo. Não sei se quero isso para ele. — levanto a cabeça para lhe olhar.

Ele fica em silêncio enquanto observa meu rosto. Olha em volta e depois volta a me olhar.

— Eu... — pensa. — Se você me quiser, eu posso desistir disso tudo, porquê não sei se vou conseguir viver uma vida sem você, Ash. — meu coração para.

Me levanto do seu colo em um pulo. Ele está falando sério? Não... Caramba, ele faria mesmo isso?

— Eu não sei se aguentaria não te ver mais, e se essa minha vida te causa alguma dúvida... posso deixar tudo com o Dante e o Tony! — se levanta.

Ele segura meu rosto com carinho e me olha.

— Alaric... você não precisa... — me interrompe.

— Seja minha, Ash. Só minha. — implora.

Penso em como dizer as palavras certas.

— Ric... — lhe ponho um apelido, ele sorri. — Não quero que deixe de fazer algo que faz parte de você, ainda mais por mim. Eu te conheci assim. — respiro fundo. — Quero ser sua, mas precisamos conversar sobre o resto depois. — lhe abraço.

Abraçar o Alaric é como se eu finalmente estivesse em casa após uma viagem longa e cansativa.

Me afasto e lhe olho.

— Então... a boate é sua é? — aponto lá para cima.

— Sim, tenho que fingir ser apenas um dono de boate, querida. — pisca para mim.

Sorrio.

— Vamos voltar para lá? Eu não conheci o lugar suficiente. — faço uma expressão de "por favor".

— Tá legal. — ele me puxa para fora da sala.

Subimos a escadas e em menos de um minutos estamos de volta a balada. Pessoas dançam e bebem em todos os lugares.

Alaric me leva até a área vip, nos sentamos em pequeno sofá. Rapidamente uma mulher trás uma garrafa de vodka e dois copos.

— Faz muito isso? — lhe olho provocativa.

— Eu sou o dono, se eu coloco os pés aqui, eles tem que me trazer qualquer coisa. — explica sorrindo.

Ele enche os copos, pego um e bebo.

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