Capítulo 41 - Alaric Barnes

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Fui atraído pelo ódio e aqui estou eu.

Estou dirigindo até o local que o Michael marcou. Pode ser uma emboscada, mas, foda-se! Eu sei que os caras que trabalham para mim vão me achar.

Mandei uma mensagem pro Dante avisando aonde eu estava indo e que não contasse a Ashley.

Sei que não deveria estar fazendo isso, não avisá-la, mas se tudo sair como planejado, volto a tempo de irmos na ultrassom.

Michael me ligou mais cedo pedindo para conversar sobre uma possível trégua. E é óbvio que eu aceitei... não pela trégua, mas por querer estar cara a cara com o infeliz e meter um tiro no meio da sua cabeça.

Estaciono no local e o vejo de longe, parado sozinho me encarando.

Ando até ele sem desviar o olhar, até que quando estou perto o suficiente, seus homens saem de lugares escondidos.

Não me surpreende, até esperava por isso. O que vai ser melhor ainda quando meus caras invadirem o local e matar a todos.

— Achou que íamos conversar igual mulherzinhas? — Michael diz.

Antes que eu possa responder sinto algo sendo injetado no meu pescoço e apago.

(...)

Acordo em um sobressalto ouvindo um estrondo.

Não sei quanto tempo fiquei desacordado, pelo visto foram horas.

Não tem ninguém na sala comigo, e deve ser pelo tiroteio lá fora. Dante deve ter me achado antes que eles fizessem algo.

Estou amarrado com os braços para trás, forço um pouco e consigo aliviar o aperto, fazendo com que a corda solte.

Tento agir o mais rápido possível.

Sinto uma dor no rosto logo acima da sobrancelha, toco o local e ao olhar para minha mão noto sangue. O filha da puta deve ter me cortado.

A porta é aberta quando estava soltando meus pés, Dante passa por ela com a cara não muito boa.

— Ficou maluco? Podia ter morrido. — joga uma arma em minhas mãos.

— Parecia uma boa ideia. — sorrio. — Onde está o Michael? — pergunto.

Ele sabe que eu tenho que matar ele, mais ninguém.

— Levamos ele para a van. Quer ele na gaiola? — seu celular toca.

— Não, tenho algo em mente. — ele dá um sorriso de lado e atende o telefone.

Enquanto isso pressiono o ferimento no meu rosto para que não saia mais sangue.

— Alaric. — chama minha atenção. — Ashley está no hospital, parece que desmaiou quando soube do seu sumiço. — saio da sala seguido por ele.

— DROGA! Falei que não era para comunicar a ela. — digo indo até o carro.

O local está cheio de corpos pelo chão e sangue para todo lado.

Quando estão todos os carros longe o suficiente, ouço um estrondo. Olho para trás e vejo o local de tocaia do Michel explodindo. Sorrio. Esse era o plano desde o início.

Nós não sabíamos exatamente onde ele trabalhava, assim como ele não sabe onde eu trabalho. Então, me trazendo para cá com um GPS, parecia uma boa ideia. Só levou mais tempo que o necessário e a Ashley descobriu.

(...)

Assim que chegamos ao hospital vejo Briana na sala de espera.

— Onde ela está? — pergunto impaciente.

— No quarto, mas ela está desacordada, o médico lhe deu um calmante, ela tava estressada, por assim dizer. — explica.

— Qual quarto? — pergunto.

— 79. — assim que ela terminar de falar, saio atrás só quarto.

Ando pelos corredores, até que enfim, acho.

Ela está dormindo, ando até a cama e beijo sua testa.

Passo o olhar pelo seu corpo, para ter a certeza que está bem.

Ando até o sofá ao lado da cama e me sento lá.

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