0.18 | Leoa

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Já demorei mais dessa vez, me desculpem, sério. Agradeço aos que lembram e sempre me mandam mensagem me cobrando ou preocupados, adoro vocês.
Bom, como uns me falaram, a alegria depende dessa fic, e a fic depende da minha saúde. Adivinhem quem tá doente de novo? Acontece, né.
Eu não gostei muito desse capítulo, temo estar entrando num bloqueio criativo de novo. Mas, o próximo que tô planejando ai promete.
Até! ❤️

***

Música: Sweater Weather — The Neighboorhoud.

Nem sempre as coisas são fáceis quanto parecem ser, mesmo que seja algo que já temos especialidade a anos.

Principalmente quando essas coisas implicam em testar nossa resistência.

Vera estava nesse dilema.

— Corta! — o diretor grita — O que é isso, gente? Eu pedi pra o que seja que estiver acontecendo no pessoal, fique no pessoal. Eu sei que não tá fácil, mas eu quero a química de vocês aqui. São anos de casamento dos Warren, quero cumplicidade, paixão. Por favor!

Vera fica sem graça, abaixando a cabeça desconfortável. Patrick fica inquieto, murmurando reclamações baixinho.

— É sério. Esqueçam qualquer problema, limpem as mentes e coloquem o talento de vocês pra fora, essa conexão que tanto elogiam e que vemos nos outros filmes, tudo bem? — pausa e encara Vera, que tinha virado as costas observando algo aleatório no cenário — Vera!

A mulher vira, sentindo uma nova tontura, procurando algo pra se segurar. Não achando, as pernas fraquejam um pouco, mas antes que perdesse os sentidos ao cair no chão, sente mãos na cintura e no queixo, levantando o olhar.

— Ei? — diz Wilson, vendo a mulher confusa. A visão estava turva, com os olhos quase apagando.

— Peguem um copo de água! — grita o diretor, indo em direção da mulher, segurando o outro braço e a sentando — Não feche os olhos, Vera. Se mantenha acordada. O que você sente?

— Só uma tontura, eu tô bem.

— Você disse isso antes de ontem — repreende — Vou pedir algo reforçado para você comer, e vai ser todo dia. Se continuar sentindo mesmo com uma alimentação regrada, vou te levar para o hospital.

— Não precisa de tanto, Wan — diz a mulher. acariciando a têmpora de leve.

— Aqui a água — uma mulher da produção se expõe, e Patrick levanta, pegando o copo e agradecendo. Só então Vera sentiu falta de um toque; antes ele estava segurando a mão dela.

— Beba — entrega o copo a ela, que o encarava de forma surpresa, mas balançou a cabeça de leve agradecendo — James, é melhor dar uma pausa por agora pra ela comer.

— E vamos dar. Vou fazer o pedido do seu almoço, e vou te vigiar até você acabar.

— Pelo amor de Deus, eu já tenho cinquenta anos, não preciso de babá! — resmunga se levantando.

— Mas dá trabalho pra comer igual uma criança de oito — refuta a vendo revirar os olhos.

Com ambos sozinhos, Vera volta a recorrer pra água, o silêncio era um tanto constrangedor.

— Você está sentindo isso devido a alimentação mesmo? Será que não é algo mais sério?

— Não, não. Eu.. — sentiu a bochecha esquentar, envergonhada — Fiquei assim após o término. Piorou nas últimas semanas — disse mais baixo.

— Vera, você não está?..

— O que? — pausa e arregala os olhos — Grávida? Não! Não, é.. Desceu mês passado, e por agora ainda não está na época, se fosse eu já saberia, faz mais de dois meses.

UnforgettableOnde histórias criam vida. Descubra agora