Eu, a conclusão e a determinação

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Mexi pela milésima a posição da fruteira sobre a bancada, tentando achar uma posição que não fizesse meu celular escorregar sobre o mármore branco.

— Eu pretendo visitar no próximo fim de semana — falei alto ainda tentando posicionar meu celular. Shizune estava estampada na tela na vídeo chamada. — Estou bastante ocupada por causa do trabalho, por isso não consegui fazer uma visita.

— Não se preocupe com isso, querida. Eu entendo. Além do mais, seu pai está bem. Embora estejamos atentos sobre a mudança de clima e a probabilidade de uma pneumonia de novo.

Finalmente consegui equilibrar o celular com ajuda de uma maçã.

— Se ele ficar doente de novo, me avise que eu mandarei os remédios.

Shizune deu um sorriso, fazendo um leve balançar de mão em frente ao rosto.

— Não se preocupe com isso também. Todas as necessidades de seu pai estão sendo atendidas graças a pessoa responsável pela I.K incorporações.

O nome de Sasuke brilhou em mente. Eu sorri.

— Fico feliz — disse ao pegar a caneta e ajeitar sobre meu pequeno caderno de anotações.

— Bom, eu tenho muitas coisas pra fazer agora, mas quero que saiba que estarei esperando por uma visita — Shizune falou, o tom pareceu sério embora ela estivesse sorrindo. Uma intimação indireta.

— Sim senhora — disse, fazendo um leve aceno de cabeça.

Shizune sorriu, mandando um beijo antes de finalmente desligar a ligação. Meu celular escorregou, indo de encontro à bancada. Apenas o afastei ao voltar para a minha lista de compras.

O menu degustação seria naquele fim de semana. Um intervalo perfeito entre o aniversário de Mahina e o tempo para Ino se recuperar o melhor possível para poder participar da degustação.

Um mês havia passado desde que Inojin havia nascido e eu e as crianças visitávamos o neném ansioso e a mãe superprotetora nos sábados, um pouco depois do passei de Mister Sabino no parque.

No decorrer daquelas semanas, por incrível que pareça, eu me percebi com saudades das tagarelices de Ino com Karin no café da manhã ou das suas aparições repentinas as seis da manhã no meu quarto. Contudo, fiquei mais que satisfeita em poder ficar com Sasuke durante a noite sem me preocupar com alguém invadindo meu quarto nas primeiras horas do dia.

Encarei a fruteira diante de mim, mordendo os lábios conforme as lembranças daqueles últimos dias invadiam minha mente.

Três semanas.

Apenas três semanas haviam passado depois que eu e Sasuke havíamos nos tornado um naquele sofá ao som das zebras na televisão. E mesmo assim, nós já havíamos feito tantas... tantas vezes que eu preferi começar a tomar anticoncepcional do que fazer Sasuke gastar tanto dinheiro com preservativo.

— O que você está pensando? — sobressaltei sobre a banqueta, me virando em direção a voz.

Sasuke estava de braços cruzados com o ombro recostado ao portal de entrada da cozinha. Dei um sorriso ao contemplar a expressão divertida em seu rosto. Ele com certeza sabia no que eu estava pensando.

Estava pensando no que havíamos feito naquela manhã bem cedo, antes mesmo do sol se entremear pelas janelas da cozinha, sobre meus joelhos sobre o porcelanato gelado e as mãos de Sasuke em meu cabelo.

Ele já era lindo visto normalmente. Mas visto de baixo, com um lábio entre os dentes numa tentativa de conter os gemidos, ele ficava pelo menos cem vezes mais lindo.

Me, him and the Kids - SASUSAKUOnde histórias criam vida. Descubra agora