Eu, a covardia e a visita

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Não foi uma surpresa encontrar Naruto quando finalmente descemos para a cozinha. Nem Naruto, nem Karin, nem Ryo e muito menos Ino. Mas foi uma supresa encontrar os quatro ao fogão e à bancada, preparando o almoço — se arriscar com receitas era melhor do que se arriscar com a comida de Chiyo, pelo jeito.

Não havia olhares de pena quando Karin e Naruto me encararam, mesmo quando eu sabia que Ino, com seu macacão de listras vermelhas e Inojin nos braços, houvesse contado sobre o ocorrido a eles. Tive a certeza disso quando Naruto me abraçou e disse:

— Eu sinto muito — a voz reverberou no meu peito e mãos quentes tocaram minhas costas, me passando conforto. Correspondi o abraço ao dizer:

— Obrigada.

Naruto se afastou e Karin foi a próxima a me envolver com os braços, junto com Ryo. Quando eles se afastaram, Naruto disse:

— Se você quiser, Sakura, eu posso está indicando um psicólogo muito bom pra você. Considerando tudo que você... passou, seria ótimo um acompanhamento psicológico.

Fiz uma careta, sabendo que Ino já havia falado sobre aquilo comigo várias e várias vezes. A ideia era tão boa quanto cara. Como se tivesse lido minha mente, Naruto continuou:

— Sasuke vai pagar. Ele já concordou.

Desviei o olhar para Sasuke que estava sentado à mesa com as crianças e Ino. Ele assentiu. Dei uma risada fraca. Aquilo também não era uma surpresa.

— Por que você não vira meu psicólogo? Não seria mais fácil? — encarei Naruto de novo. Ele sorriu, caminhando até a mesa ao responder:

— Não posso atender família.

A palavra foi como um sussurro na minha mente, aquecendo meu peito e minhas bochechas. Pigarrei, desconcertada, desviando o olhar brevemente para Karin que mexia a macarronada no fogão.

— Acho que podemos ver isso depois. Sasuke já está com muitas despesas ultimamente...

— Você sabe quanto Sasuke ganha? — Karin me interrompeu com uma risada descrente. Fiz que não com a cabeça — Não se preocupe com dinheiro e apenas aceite a proposta do bocó do meu irmão.

Naruto fez uma careta quando o encarei.

— É, testuda, aceite logo a proposta. — Ino disse ao ajeitar Inojin em meio as suas listras. — A maioria dos namorados destrói o psicológico ao invés de tentar conserta-lo. Então aceite logo.

Completamente vencida, eu apenas assenti, tomando meu lugar ao lado de Sasuke. Karin trouxe a panela fumegante e colocou ao centro da mesa, os pratos e talheres já haviam sido colocados por Naruto.

— Bom apetite — ela disse ao se sentar ao lado do irmão. Com orgulho os dois mostraram o macarrão com salsicha. — Vai superar a comida da Sakura, com certeza.

— Vai sonhando... — Mahina murmurou ao lado de Ryo, que balançava a cabeça numa negativa, como se também discordasse da irmã. Eu sorri.

Ajudei a servir as crianças, segurando o prato enquanto Sasuke colocava o macarrão. E sinceramente a comida estava tão cheirosa quanto gostosa.

Aquela não era a primeira vez que Karin e Naruto faziam macarronada para as crianças, não quando Naoki havia afirmado que pelo menos não tinha ervilhas naquela vez.

Eu estava faminta, porque finalmente as maçãs haviam saído do meu estômago, então enchi o prato duas vezes enquanto ouvia as conversas ao meu redor. No início fiquei aliviada por eu não ser o ponto principal de discussão, sendo substituída por trabalho, organização de festa e comida, até o momento que Karin perguntou:

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⏰ Última atualização: Sep 02 ⏰

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Me, him and the Kids - SASUSAKUOnde histórias criam vida. Descubra agora