trick19

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A noite de serviço aos sábados estava pra acontecer, me arrumando no quarto enquanto escutava tocar Bryson tiller na minha caixinha de música, pegando meu moletom preto, o colocando juntamente com a minha calça cargo esportiva. Escutando do outro cômodo da casa, o tom de voz forte da minha mãe, gritando por meu nome como a ordem de um império.

Indo até a minha escrivaninha madeirada, abrindo minha gaveta devagar, retirando um revólver 38, a colocando por dentro da minha calça, em minha cintura, enquanto escutava minha mãe me chamar novamente pela segunda vez furiosa.

(...)

Ao sair do meu quarto, caminhando em passos leves até a sala de jantar, observando minha mãe no balcão perto da pia da cozinha, preparando um macarrão ao molho agridoce, enquanto minha irmã mais nova assistia um reality show de fastfood medíocre na TV.

—"Aonde a senhorita pensa que vai, é sábado?!"

Escuto minha mãe me perguntar em um tom repreensivo.

"Mãe, eu tenho uma hora extra na papelaria, alguns designers para entregar. Eu preciso de grana, nós precisamos!"

Falei enquanto abria um sorriso meio vargo, notando um pote de pipoca livre em cima da mesa, pegando algumas meus dedos, jogando diretamente na minha irmã e falando no tom de voz alto e rude:  —"Você me deve cem dólares, vadia!"

Escuto minha mãe repreender irritada: —"Nora!! Sem palavrões em casa! Por Deus, garota! Tenha modos!"

Concordando com a cabeça, sentindo meu celular vibrar no bolso do meu moletom, colocando meu capuz sobre meus cabelos, me aproximando de minha mãe, dando-lhe um abraço rápido e afirmando: —" Eu preciso ir mama, estou atrasada. Não me espere acordada, ok!"

(...)

Ao sair pela porta, caminho devagar até a calçada do vizinho, vendo minha amiga de gangue, Samantha parada na esquina, soltando um névoa de fumaça do seu cigarro de maconha:

"E aí Sammy, qual vai ser boa da noite? Algumas notas sobe encomenda!"

Cumprimentando com um sinal da gangue, abrindo um sorriso ao confirmar o trabalho da noite específico.

"É amiga, temos trabalho pesado! Cuetes não deixa passar nada e sabe o quanto ele é exigente com essa merda!"

Samantha fala com a voz no tom apreensiva, observando ela jogar seu cigarro de maconha ao chão, notando a movimentação na rua, pegando meu cigarro no bolso do meu casaco junto com isqueiro, o colocando entre meus dentes e o acendendo. Ao tragar suavemente, sinto o efeito surtir em meu cérebro. Era outra noite daquelas, eu precisava sujar as mãos novamente...




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