voices hell

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Meus punhos continuavam fechados de nervosismo, Sapo notava meu desespero e aflição ao dirigir o volante, chegando perto das rotas descritas no papel amassado, observando ele estacionar em frente ao uns blocos de apartamentos, parecia de alto escalão, riquinhos pelo lado fora, a tal festa continuava. Uma multidão de gente, como caberia tantas pessoas naquele lugar miserável.

Escutando o motor do carro se desligar por completo, recolocando minha arma aka 47 na cintura, colocando o capuz do meu moletom sobre meus cabelos, encaro Sapo e falando apreensiva: —" Eu vou na frente, me segue logo atrás!"

Sapo concorda com a cabeça, abrindo a porta do Impala, fechando a porta ao sair. Cravando minhas mãos por dentro dos bolsos do meu casaco, caminhando em direção a casa que estava acontecendo a festa. Ao passar pela sala estar, observando várias pessoas dançando, a música alta, competição de bebidas, rodízio de êxtases e drogas por todas partes. Todos estavam chapados.

Trombando com algumas pessoas ao tentar ir procurar Jess pelos cômodos do ambiente, meus olhos a procuravam por todo lados, nada a vista. Sapo me seguia a distância, tentando manter o contato visual comigo mas eu realmente estava fora de órbita.

Escutando alguns garotos falarem perto da fila do banheiro: —"Você viu o swing que está acontecendo no último quarto. Eu escutei os gritos!"

Cravando meus pés firmemente no chão, caminho em passos rápidos até o quarto no final do corredor com a porta madeira branca, cravando meus dedos no maçarico da porta, tentando abrir mas estava trancada por dentro. Colocando meu ouvido na porta, escutando murmúrios e a voz de uma das amigas da minha irmã: —"Sai de cima dela, por favor!"

Pegando minha arma na cintura, colocando o silenciador para não chamar atenção, dando um tiro o maçarico da porta, mas meus olhos permaneciam perspicaz, percebendo a música alta e as pessoas continuarem a dançar como loucas. Logo em seguida, dando um empurrão forte na porta com o meu corpo, ao vê-la se abrir por completo, percebendo um garoto branco por cima da minha irmã, sua calça estava aberta, Jess estava pálida e desacordada. Reparando a Brenda no outro lado do quarto, com a boca sangrando e a sua maquiagem borrada, se explicando com a voz de choro ao me ver ali: —"Ele colocou várias drogas na bebida da Jessica!"

Indo pra cima do garoto branco que estava em cima da minha irmã, dando um nocaute com força com o final da minha arma em seu maxilar, o impacto foi tão forte, o fazendo cair no chão do outro lado da cama, ele estava chapado era notável. Logo em seguida, envolvendo uma das minhas mãos no rosto da minha irmã, ela estava fria como o gelo. Dando leves tapas em seu rosto, mas ela não despertava.

Ao perceber Sapo perto da porta, gritando em sua direção: —"Ela está tendo uma overdose, Sapo! Pega ela, temos que levá-la ao hospital!"

Sapo corre até a cama, colocando Jess desacordada em seus braços, correndo com ela pressa em seu corpo para fora da casa. Direciono meus olhos a Brenda, falando com raiva: —"Segue o meu namorado, entra no carro e faz tudo que ele mandar!"

Observando Brenda correr para fora do quarto. Reparando o garoto ainda imóvel no chão, me colocando por cima de seu corpo, iniciando vários socos em seu rosto, manchando minha mão de sangue enquanto estourava seus lábios. Me vendo em visão turva, falando com a voz falha: —"Ela não era tão boa assim de cama! Essa cadela de merda, mas eu fodi com ela!"

Escutando aquilo, rangendo meus dentes de raiva, o escutando confessar um abuso sexual em minha irmã, colocando minha arma no meio de sua testa, olhando em seus olhos e afirmando com ódio em minha voz: —"É, seu cuzão de merda, sabe de que zona eu sou? Eu sou da rua 19, filiada aos Riverside. Você pode ser de menor idade, eu não ligo! Mas vai pagar por essa merda, ninguém toca na minha irmãzinha!"

Me retirando de cima de seu corpo, ficando em pé perto da cama, afastando minha arma de sua testa enquanto ele continuava a falar asneiras com a voz falha e totalmente chapado: —"Você sabe de quem eu sou filho, sua vadia negra?! Você está fodida, criola!"

Abrindo um sorriso ao escutar aquelas merdas, apontando minha arma novamente em direção a sua cabeça, apertando o gatilho por três vezes, aniquilando aquele rosto sem remorso.

(...)

Fechando a porta do quarto ao sair, fingindo que nada tinha acontecido. Outro corpo pra minha lista, mas aquele não me fez sentir remorso como os outros, eu precisava lavar a honra da minha irmãzinha, foda-se de quem  aquele garoto branco era filho, pra mim era apenas um abusador e racista de merda. Minha alma estava limpa naquela noite, vozes do inferno pareava na minha cabeça. Guardando minha arma em minha cintura, por dentro da minha calça. Saindo do ambiente sem pestanejar, segui meu caminho até o carro. Minha irmã precisava de ajuda médicas.

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