Prólogo

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Era noite, chovia muito, não havia movimento nas ruas e ventava bastante. O único som que se ouvia eram os grossos pingos de chuva caindo sobre os telhados das casas até um carro preto aparecer no fim de uma rua em velocidade alta. A mulher ao volante dirigia nervosa enquanto o parceiro ao seu lado limpava suas mãos ensanguentadas com um pano branco.

- Dirija mais rápido, temos que nos livrar logo dos corpos - O homem falou.

- Essa lata velha não vai mais rápido! - A mulher respondeu enquanto ficava cada vez mais nervosa.

- Acalme se, Débora !

Os dois se calaram por algum tempo enquanto a mulher saía da cidade e entrava numa trilha de uma floresta ali perto.

- Nós não devíamos ter feito isso, Antony. Fomos longe demais - Ela sussurrou.

O homem olhava para trás nesse momento verificando o bebê que dormia no banco de trás.

- É tarde demais para se lamentar por isso, mulher, o que está feito, está feito.

  Pouco tempo mais tarde, o carro parou um pouco mais adentro de uma floresta e o casal saiu do veículo.

  A chuva ali estava um pouco mais leve e dava indícios de que logo cessaria.
Os dois se dirigiram a parte de trás do carro e Antony abriu o portamalas.

- É o seguinte, - Ele disse olhando para as partes dos dois corpos dentro do local - vamos cavar vários buracos na terra e ir enterrando parte por parte de cada um.

- Melhor começarmos a cavar logo, então..

Cada um pegou uma pá e começou a cavar no lugar deixando alguns bons metros de distância de um buraco para o outro.

- Acha que já está bom ou precisamos cavar meus - Débora perguntou ao marido.

Ele parou o que fazia e varreu com os olhos o espaço a sua volta.

- Acredito que sim, vamos começar isso logo.

Enquanto enterravam parte por parte dos corpos, Débora encontrou em um braço que segurava uma pulseira de esmeraldas que fez seus olhos se iluminarem.

- Acho que você já não precisa mais disso, minha irmã querida.. - Sussurrou ao tirar a pulseira daquela parte. - Agora isso me pertence, como sempre devia ter pertencido.

Depois de enterrarem praticamente tudo, os dois se reuniram para o último enterro. O das cabeças do casal que haviam assassinado.

- Algo que queira dizer antes disso acabar ? - Antony perguntou a esposa.

Os olhos azuis da mulher fitavam as cabeças ali como se fitasse o vazio.

- Acabe com isso logo. - E se virou para encarar o céu sem estrelas.

Antony passava a pá por cima do monte de terra para uniformiza lo quando os dois escutaram o som de choro.

- Vá calar essa criança ! - Antony gritou para mulher com raiva por causa do choro.

Débora tirou a pequena criança do carro que chorava desesperadamente e a balançou no colo na tentativa de acalmá la.

- O que faremos com Samantha? - A mulher perguntou ao homem.

Antony se aproximou das duas e olhando o bebê diretamente nos olhos, disse:

- Eu não sei, mas eu a quero fora de nossas vidas.

Débora olhou para os pequenos olhos azuis da criança cheios de lágrimas e logo algo veio a sua mente.

- Okay. Eu acho que já sei o que fazer com ela.

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Calma que pra quem não sabe pq não é acostumado a livros, o prólogo é só uma "explicação" de algus fatos que virão a seguir, mas a história é sim um romance !

Um Coreano Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora