Aurora Van Doren, é a filha de um abastado Conde e a mais velha entre suas três irmãs
Ao completar 18 anos, Aurora se vê obrigada à casar com um homem da escolha de seu pai para que possa manter a paz entre duas raças, lobos e vampiros, seguindo as...
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A noite parecia ter caído rápido enquanto eu havia sido atacada por criadas alvoroçadas.
Estavam me preparando desde que meu pai gritou para os sete ventos sobre esse jantar ridículo, eu sinceramente não sabia se estava sendo forçada ou fazendo aquilo no piloto automático, por que sinceramente, eu ainda não havia reclamado e nem dado nenhum surto.
Nenhum dos vestidos que me apresentavam estavam me agradando, eu já estava dispensando todos sem ao menos passar os olhos sobre os mesmos. Eu não estava com um pingo de paciência para aquilo, e não iria me arrumar para ver Nicholas nem que me amarrassem no Sol!
Não iria surtir efeito mesmo.
As criadas já estavam em um misto de cansaço e raiva pelo meu desinteresse, por mais vestidos elegantes que eu tivesse nenhum me agradava, ainda mais pelas circunstâncias, o tédio era evidente tanto em mim quanto nas criadas que pareciam estar a ponto de jogar tudo para o alto e sair de tanta frustração.
— Ainda não se arrumou Aurora? – A voz doce e delicada da minha mãe rompeu o silencio do quarto.
— Para que me arrumar? Não vou descer – Dava de ombros enquanto me apoiava mais sob a poltrona próxima da minha cama.
— Aurora Van Doren, levante-se dessa maldita poltrona e se arrume! – Ordenou minha mãe, sua voz doce havia engrossado um pouco o que quase me fez rir.
A minha mãe de longe parecia ser a pessoa mais compreensiva do mundo, se ela não fosse tão submissa ao meu pai; talvez eu conseguisse fazer com que ela convencesse meu pai a mudar de ideia.
— Dê uma olha neste vestido, garanto que irá gostar. – Dizia ela empurrando a enorme caixa para o meu colo.
Com um revirar dos meus olhos me pus a abrir aquela caixa, a mesma estava envolvida por uma fita grossa de cetim em um azul majestoso e cintilante em um formato elegante de laço. Ao puxar o mesmo, a fita deslizou tão suavemente que talvez fosse possível ouvir o atrito da mesma.
Na caixa continha um vestido em um azul marinho maravilhoso, suas mangas eram de uma renda delicada, assim que tirei o vestido da caixa foi possível notar os desenhos que se formavam acima do busto até a parte de trás do vestido, os mesmos pareciam corais grudados na parte de um tule transparente.
Os olhos da minha mãe brilhavam com tanta expectativa de que eu houvesse gostado do vestido que eu mal havia percebido uma risada sair pelos meus lábios.
— Pelo menos ele tem bom gosto – Disse com uma risada enquanto encarava os olhos azuis da minha mãe.
— Tem certeza que não vai descer para o jantar? – Perguntara minha mãe com uma centelha de alegria em sua voz.
— Se eu for, promete conversar com o papai sobre o casamento? – Havia perguntado de forma baixa, na minha voz era perceptível o cansaço.
A mesma havia afirmado com um leve balançar de sua cabeça o que fez alguns fios dourados se desprenderem de seu penteado. Minha mãe tinha uma beleza jovial, mas era escondida pela grosseria do meu pai.
