Prometida ao Alfa

Capítulo 7

Havia se passado alguns dias desde a ameaça que Nicholas havia feito, e para ser sincera? Eu estava realmente com medo.

Era fácil afrontá-lo quando ele era um Beta, mas sendo um Alfa? Era realmente assustador.

A última vez que enfrentei um alfa, ganhei um arranhão no braço; e o mais engraçado é que esse alfa se trata do meu pai.

Pelo fato de não sermos realmente uma linhagem pura, somos chamados de híbridos, mais uma vez ou outra acaba ocorrendo de um bebê ser completamente um vampiro ou um lobo.

Infelizmente eu não tive essa sorte; sou uma híbrida, porém minhas habilidades vampirescas eram bem aprimoradas considerando que eu era jovem.

Mas ainda não queria dizer que eu estava pronta para enfrentar o Nicholas daquele jeito, ele ser um alfa agora era o pior dos meus problemas, nem mesmo o casamento era tão horrível quanto a aquele fato.

Os alfas eram considerados por todos como ciumentos e possessivos com suas " fêmeas " até mesmo se ainda forem noivas.

E só para refrescar a memória, eu estou noiva de quem? Exatamente, o mais novo Alfa!

Eu estou perdida, literalmente.

Thomas ainda estava muito machucado, e nas espreitas do castelo eu o encontrava uma vez e outra para que eu tivesse certeza de que ele estava bem, e obviamente, passeávamos escandidos de todos.

Eu estava fazendo de tudo para que Nicholas não descobrisse e resolvesse adiantar esse casamento.

Enquanto meus amigos estavam aqui, não havia tido nenhum jantar de noivado e aquilo era maravilhoso.

Estava livre por um tempo de tudo o que era relacionado ao casamento.

Meu pai estava gentil e muito compreensível naqueles dias o que estava sendo perfeito, ali eu podia ver o pai que eu sempre admirava e amava com todo o meu coração.

Porém eu sabia que seu bom humor se tratava pelo fato de que eu estava sendo gentil com os Rotchild. Odiava isso, mas se eu queria um pouco de liberdade, aquele sacrifico valia à pena.

Quando contei as minhas irmãs e amigas o que havia ocorrido, ambas ficaram sem palavras, Ana e Catherine estavam com expressões de quem queria me bater até que eu aprendesse a ser mais gentil sem ser forçada.

O que convenhamos seria difícil.

As outras mal conseguiam formular perguntas enquanto seus rostos mostrava o misto de animação e confusão sobre aquilo. E sinceramente? Eu estava me sentindo péssima; por minha culpa Thomas havia apanhado e agora estava todo machucado.

— Deixa eu ver se entendi direito... – Começou Crystal enquanto se levantava da poltrona próxima à minha cama. — Você e Thomas se beijaram? Tipo... Apaixonadamente?

Eu havia olhado de um lado ao outro enquanto um sorriso aparecia em meu rosto.

Lembrar daquele beijo me deixava completamente vermelha, os lábios de Thomas eram macios e quentes, enquanto a sensação de sua mão sob o meu rosto deixava um certo formigamento.

— Terra para Aurora! – Chamava Diane enquanto jogava um travesseiro em mim.

Naquele momento eu havia dado um pulo do pequeno assento à frente da minha cama, mal havia me dado conta de que não estava prestando atenção no que as meninas diziam.

— O que foi? – Perguntei enquanto me virava para Diane que estava acomodada em minha cama.

— Você e Thomas? Aurie, se o papai descobrir é capaz do seu casamento sair na mesma semana! – Avisava Anastásia enquanto cruzava seus braços.