— Lady Aurora? – Chamou-me alguém me tirando da minha agradável leitura
— Sim? – Respondi enquanto abaixava o livro para encarar a pessoa a minha frente.
A pessoa em minha frente, se tratava de Alfred, nosso criado mais fiel e também um dos mais velhos, ele tinha em seu rosto um sorriso meigo e suas expressões eram felizes enquanto o seu ar era muito acolhedor, como um avô.
Sua pele clara ficava ainda mais branca sob a forte luz do sol, e mesmo ele tentando se esconder por uma pequena sombra criada acima da mesa do Jardim sua pele ainda sim, continuava a refletir o esplendor vampiresco em suas veias.
— O guarda Vesper quer uma audiência com a senhorita – Dizia Alfred me dando uma piscadela enquanto via um sorriso se abrir em meu rosto.
— Pois então mande-o vim! – Respondi com entusiasmo.
Alfred soltou uma pequena risada ao me ver daquele jeito e então estirou um pequeno lenço para mim, e ao encarar sem entender foi possível nota-lo segurar a risada.
— Seu batom está borrado, senhora – Sussurrou o mesmo, o que me fez rir e aceitar o lenço de bom grado.
Alfred se retirou enquanto eu limpava meus lábios retirando toda aquela cor pálida dos mesmo. Odiava aquela cor, mas minha mãe havia insistido em me fazer usar.
Quando coloquei o lenço de forma cuidadosa atrás de minha xícara de chá, pude ouvir passos pesados e apressados o que me fez virar e encarar da onde vinha o barulho.
E lá estava ele, em todo o seu esplendor vestindo o uniforme real vermelho. O vermelho lhe caía tão bem que quase sempre ele o usava para me ver, pois sabia que eu não resistiria à ele.
— Alteza – Disse ele com uma reverência enquanto lhe ofereci um pequeno aceno de cabeça.
Ao perceber que ninguém estava por perto, Dorian me puxou para seus braços depositando um longo e casto beijo em meus lábios.
A sensação dos seus lábios sob os meus era como estar no céu, enquanto seus braços me apertavam mais contra ele.
— Alguém pode nos ver, Dorian – Havia parado o beijo com medo enquanto olhava em volta assustada.
— Não me importo, não aguento mais te ver as escondidas – Disse ele tomando meus lábios mais uma vez, me fazendo derreter sob seus braços.
Por mais que eu quisesse dizer a todos que Dorian e eu estávamos juntos, meu pai não aceitaria tão bem quanto as outras pessoas. E ele era capaz de mata-lo.
— Sabe que não... – Comecei, mas fui interrompida quando seus dedos tocaram meus lábios me fazendo ficar calada.
— Fuja comigo – Propôs ele, encarando meus olhos.
Por toda a minha vida, nunca me senti tão derretida quanto estava ali, seus belos e brilhantes olhos verdes me encantavam, e estavam brilhando tanto em esperança que não sabia o que responder à ele.
Quando soltei o ar de minhas bochechas e pisquei algumas vezes analisando a ideia, o tempo havia ficado chuvoso e muito frio. Eu já não estava mais nos braços de Dorian, agora eu me encontrava sob meu cavalo correndo para algum lugar em meio tempestade.
Eu não sabia exatamente para onde ir, mas meu coração sentia que algo estava errado e à todo instante a voz de Dorian ecoava em minha cabeça.
— Aurora vamos voltar! – Gritou Diane correndo atrás de mim com seu cavalo.
— Não! Papai irá mata-lo se eu não chegar à tempo! – Gritei para a mesma, tentando fazer minha voz soar mais alta do que a chuva.
Ao escutar um barulho semelhante à um tiro meu coração havia gelado, e foi no exato momento em que havia encontrado meu pai e Dorian. O mesmo estava com as mãos em seu peito, enquanto meu pai segurava à arma.
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Prometida ao Alfa
VampirosAurora Van Doren, é a filha de um abastado Conde e a mais velha entre suas três irmãs Ao completar 18 anos, Aurora se vê obrigada à casar com um homem da escolha de seu pai para que possa manter a paz entre duas raças, lobos e vampiros, seguindo as...