Prometida ao Alfa

Capítulo 26

Todo aquele estresse havia feito meu humor ir embora de uma vez, eu encarava Diane com tanta raiva que eu poderia senti-la por inteira através do meu corpo, pulsando para que eu á descontasse em algo, ou melhor alguém.

Nicholas havia envolvido seus braços envolta de mim, com esperança de que assim, conseguisse me manter no lugar, minha mãe tentava segurar minha irmã enquanto ela á todo custo tentava se soltar para devolver os tapas do qual havia levado.

— Vocês vão continuar a proteger as besteiras que a Aurora faz? – Gritou Diane se debatendo para se soltar.

— Se protegêssemos tanto as besteiras da sua irmã, acha mesmo que ela estaria aqui e ainda mais casada com Nicholas? – Rosnou meu pai se pondo entre mim e Diane. — Meu erro com sua criação foi ter pegado mais leve.

Meu pai parecia estar tão furioso que sua voz saiu grossa como á de um lobo raivoso e aquilo me fez ficar encolhida de medo. Já havia visto ele daquele jeito, e sabia muito bem a consequência por ele ficar assim.

Tinha um arranhão em meu braço direito, próximo ao ombro para me lembrar disso, meu pai, mesmo não tendo o sangue puro de um lobo, era um alfa.

Havia matado um alfa no ataque que ocorreu meses depois que se casou com minha mãe. Desde que se tornou alfa nessa época, as histórias de como meu pai mudou eram frequentes; tinha ficado impiedoso, frio e as histórias não mentem.

Minha criação foi das mais rígidas, deveria seguir todas as regras, todas normas, me portar como uma verdadeira futura rainha sem brigar ou pestanejar. — Tudo para ser melhor do que qualquer uma.

Entretanto com minhas irmãs, meu pai não havia pegado tão pesado, Diane e Anastásia haviam nascido três anos depois de mim, Diane nasceu meses antes de minha mãe engravidar de Ana, o que a levou a quase morte por uma gravidez ter sido encima da outra.

A gravidez de Eliza foi a que mais teve um espaço de tempo, ela havia nascido nove anos depois das meninas; porém, mesmo sendo mais nova do que nós três, ela parecia mais madura do que Diane, que estava se comportando de forma infantil.

Diane parecia assustada com a forma com que meu pai estava, mas eu estava tão habituada com aquilo que não me fez medo algum, somente uma risada abaixa escapou dos meus lábios.

— Diane, você está sendo tão infantil que está perdendo para mim – Murmurou Eliza o que me fez erguer as sobrancelhas por ela ter tido o mesmo pensamento que eu.

— Fica na sua pirralha! – Gritou Diane se virando para a pequena.

— Não grita com ela! – Esbravejou Ana, dessa vez pegando todo mundo de surpresa.

De todo mundo naquela sala, Anastásia era a única que sempre se mantinha calma até mesmo em situações estressantes ela sempre se manteve em um estado de plenitude. Mas ao julgar pela cara de raiva em que ela estava, sua cota de calmaria havia esgotado.

— Você pode bater ou gritar em qualquer um aqui, mas se chegar perto da Eliza eu acabo com você – O rosnado de Ana havia saído de certo modo fofo, nunca havia ouvido aquele som, era a primeira vez para todos ouvi-lo.

— Você não teria coragem, é medrosa demais – Desdenhou Diane com uma risada.

Diane estava tão irritante que tive vontade de arrancar seu coração e dar um jeito para que ela mesma o comesse.

Minha mãe parecia em um estado de choque e ao encara-la vi que a mesma estava afastada de Diane e em seu canto chorando. Aquilo havia me deixado triste.

Imagino que para ela deve estar sendo horrível ver suas filhas brigando como cães raivosos; me soltei de Nicholas e fui até a mesma à abraçando com força.