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E vamos de mais capítulossss

Espero que gostem, boa leitura!!

Ps.: agora o tempo vai começar a passar mais depressa

👩🏻‍❤️‍👨🏾

[2020]

Agora vai começar o combatchy. Quica, quica, bate, bate. Hoje vai rolar um fight de bumbum. Aqui não vai ter empate. O bagulho é de verdade. Meu popô vai dar nocaute em qualquer um. – Hashirama cantava enquanto dançava moderadamente ao dirigir naquela noite super chuvosa.

Tinha saído bem mais tarde do escritório naquele dia, já que o senhor Shimura deixou um milhão de afazeres para todos do setor, os obrigando a terminarem naquele dia ou era rua.

Esse homem era um demônio.

Oi, bota a cara pra tu veeeeeeeeeer. O que vai aconteceeeeeeer. Eu vou te dar um prejúúúúúúúúúú. Vai tomar surra de bumbum! – Ele parou no sinaleiro vermelho, soltando o volante para dançar mais. — Turudum, turudum, turudum, turudum- meu Deus, olha o que a Madara fez comigo. – Riu baixinho, se ajeitando no banco e bocejando cansado.

Aumentou a velocidade dos limpadores de para-brisa, passando a mão no vidro para desembaçar um pouco. Seus olhos puxaram automaticamente para o ponto de ônibus logo na quadra seguinte. Seus lábios se apertaram, sempre tinha alguém mais fodido que você.

Ele não enxergava muito dali, mas conseguia ver que era um adulto, que estava bem encolhido, provavelmente molhado e com frio. Uma quantidade razoável de caixas de papelão estava empilhada ao seu lado e ele se perguntou se aquela pessoa tinha onde dormir naquela noite.

Parecia que não.

O sinaleiro abriu e ele arrancou com o carro. Foi automático passar mais devagar e encarar o sujeito infeliz. Era sempre assim, não é? Passamos encarando, mas nunca ajudamos.

Ele freou o carro. Podia ao menos dar uma carona para ele até um hotel. Ou então o levar para algum abrigo público. A chuva estava muito forte e não ia conseguir dormir sabendo que ele podia ajudar e não fez aquilo.

Quando voltou a olhar para a pessoa, agora percebendo que era um homem, viu que ele já o encarava e parecia temer bastante o que iria acontecer em breve. Hashirama entendia, ele estava em um carro, parado no ponto de ônibus e São Paulo era muito conhecida por seus assaltados.

Ele pensou em ir embora, também não sabia se aquele homem iria lhe fazer algum mal. Hashirama podia ter intenções boas, mas e aquele desconhecido? Ele podia lhe roubar ou então-

Parou de pensar, semicerrando os olhos e tentando enxergar mais pelo vidro bombardeado pelas gotas de chuva. Aqueles olhos escuros... Aqueles cabelos enormes... O formato do rosto tão fininho... Seria...?

Abaixou o vidro, tendo certeza.

— Izu!? – Gritou e o outro homem semicerrou os olhos de volta.

Ele quase achou que tinha se enganado, porque demorou para a expressão do outro se abrir surpresa e aliviada.

— Hashi! – Ele se levantou depressa, dando alguns passos até onde o coberto do ponto o permitia ir.

Quanto tempo não se viam? Quanto tempo não se falavam? Caramba, que inusitado!

— O que está fazendo em São Paulo? – Quis saber, confuso por conta da situação precária das roupas e das coisas do amigo de colégio. — Está se mudando pra cá?

— Mais ou menos. – Resmungou, daquele jeitinho que ele sempre fazia quando alguém lhe passava a perna e ele precisava da sua ajuda para resolver o problema que criava por ser ingênuo demais.

A Nossa Vez - Versão Hashimada [Livro 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora