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hey vocês! e vamos de atualização pois Brasil ganhou no vôlei e meu coringão também ganhou, então como eu to feliz também quis deixar vocês felizes! desde já aviso que o capítulo não é muito grande, porém é bem importante, espero que gostem, boa leitura!

Ariana

A viagem de carro para Londres leva três horas. Dinah lança um O tempo voa! – mas nenhuma de nós está se divertindo, então não funciona.

Estou quase convencida a dirigir direto até Watford para contar tudo ao Mago, mas meus pais já estavam me esperando há séculos – e, honestamente, não gosto muito da ideia de conversar sozinha com o Mago. Ele não é exatamente acessível. Está sempre vestido como Peter Pan e carrega uma espada. Tipo, o tempo todo. Certa vez, ele apareceu na nossa porta no meio da noite com sua orelha na mão. Papai teve que costurá-la de volta.

Conheço o Mago desde antes de ingressar em Watford; ele e papai estiveram na Irmandade juntos um tempão. Contudo, não sei se o Mago sequer sabe o meu nome. Eu nunca o ouvi dizê-lo. Ele nunca fala comigo.

O fato é que o Mago raramente conversa com alguém em Watford. Nem mesmo com Camila. Eu não entendo por que ele quer ser o diretor – será que ele ao menos gosta de crianças?

Talvez seja por isso que Aleida tenha terminado tudo com ele.

Ou talvez ele seja tão pateta porque ela terminou com ele, e jamais superou esse fato.

Ainda levo aquela foto em minha bolsa. Espero que a mãe de Dinah não perceba que a roubei. Eu realmente espero que ela não conte aos meus pais.

Passei por uma fase de furtos em lojas aos 14 anos. Fiquei de castigo por todo um verão quando meus pais descobriram meu estoque de delineadores e esmaltes ainda fechados.

"Nós compramos cosméticos para você", dissera meu pai.

"Por que você não usou magia?", perguntara minha mãe. "Você simplesmente pegou as coisas?" E então ela acrescentou: "Ah, Ariana, esmalte roxo... Que coisa mais comum".

Dinah só me permite ignorá-la por mais ou menos uns vinte minutos antes de explodir.

– Eu pensei que você quisesse ser incluída, Ariana!

– Não, não pensou. – digo.

– Pensei, sim! Podia ver que você sentia falta de Camila. Podia ver que estava triste. Está mesmo me dizendo que preferiria que a deixássemos de fora e a ignorássemos pelo resto do ano?

– Não!

– E então, Ariana? O que você quer?

– Quero ser amiga de vocês, mas não quero ser, tipo, irmãos em armas. Não quero ter reuniões secretas! Só quero que passemos um tempo juntas! Fazer biscoitos e assistir TV. Coisas normais de amigas!

– E nós deveríamos assistir TV enquanto Camila luta contra o Insípidum? E Lauren é sequestrada por lorpas?

– Não! – eu me inclino adiante, apertando o volante. – No cenário que estou descrevendo, nada disso estaria acontecendo!

– Mas está acontecendo.

– Bem, então sim, acho que eu preferiria simplesmente ficar em casa. Porque não posso fazer nada de fato para ajudar. Quando é que fomos de alguma ajuda, Dinah? Tipo, ajuda real. Nós somos só... testemunhas. E reféns. E, tipo, futuro dano colateral. Se estivéssemos num filme, uma de nós teria que morrer enquanto Camila assistisse. Isso é tudo para o que servimos.

Ascensão e queda de Camila CabelloOnde histórias criam vida. Descubra agora