Uma nova manhã

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                                 PEDRIA luz da manhã infiltrava-se pelas cortinas, tingindo o ambiente com tons suaves de laranja e amarelo, iluminando o rosto tranquilo de Pablo que dormia no sofá

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                                PEDRI
A luz da manhã infiltrava-se pelas cortinas, tingindo o ambiente com tons suaves de laranja e amarelo, iluminando o rosto tranquilo de Pablo que dormia no sofá. Sua respiração era calma e medida, e a visão dele assim, tão sereno, me trouxe um sentimento inexplicável de paz. Eu me permiti um momento para apreciar essa cena, sentindo a responsabilidade que havia caído em meus ombros.

"Bom dia campeão " disse eu, tentando manter minha voz o mais suave e acolhedora possível. Os olhos dele, grandes e castanho-esverdeados, abriram-se lentamente, tentando se ajustar à luz do dia enquanto ele processava onde estava. Um sorriso tímido e sonolento surgiu em seu rosto ao me reconhecer.

ele respondeu com a voz rouca do sono e abafada por sua chupeta, um leve "bom dia" em sua vozinha infantil, esticando os bracinhos em um bocejo prolongado, parecido com um pequeno gato despertando de um longo cochilo. Eu havia passado a noite no sofá ao seu lado, acordando frequentemente só para conferir se ele estava confortável e seguro. Agora, com a claridade do novo dia, o peso da realidade parecia um pouco menos opressivo.

Preparei um café da manhã simples: cereal com pedaços de morangos, que descobri ser o favorito dele por entre murmúrios de aprovação. Enquanto comia, sua alegria infantil em coisas tão pequenas me fez sorrir, e por um breve instante, pude esquecer as complexidades da situação em que nos encontrávamos.

Depois do café, eu me sentei com meu notebook para começar a busca por qualquer pista que pudesse nos ajudar. Pablo ficou ao meu lado, entretido com alguns brinquedos de minha época de criança que eu tinha encontrado em uma velha caixa no armário. Era vital mantê-lo ocupado e feliz, tentando preservar alguma normalidade em meio ao caos.

Revirei redes sociais, sites de notícias, e qualquer portal de informações sobre crianças desaparecidas que pudesse ter algo sobre Pablo. Não encontrei nada — nenhum alerta ou chamado que pudesse estar ligado a ele. A falta de informações era tanto um alívio quanto uma fonte de ansiedade; alívio por não haver relatos de seus possíveis pais em desespero, mas ansiedade pelo mistério persistente de sua origem. Como uma criança podia aparecer assim sem ninguém procurando por ela?

Minha mãe havia me enviado uma mensagem no meio da manhã, dizendo que estava a caminho do aeroporto. Sua mensagem trazendo uma onda de conforto. Sua chegada era iminente, e eu sabia que ela traria uma onda de apoio e ação.

Decidi levar Pablo para fora um pouco, precisávamos de ar fresco. Caminhamos até um parque próximo, onde ele pôde correr livremente. Observar sua alegria despreocupada enquanto ele corria atrás de borboletas amarelas e ria de pequenas descobertas era um lembrete poderoso de sua pura inocência. Ele estava tão à vontade, parecendo pertencer a aquele momento e lugar, como se o mundo ao seu redor fosse feito apenas de brincadeiras e descobertas.

Ao retornarmos, Pablo adormeceu rapidamente no sofá, exausto pelo exercício matinal. Enquanto ele dormia, preparei-me mentalmente para os próximos passos. Sabia que, com a chegada da minha mãe, precisaríamos formalizar a situação com as autoridades, talvez até mesmo envolver assistentes sociais. A ideia de deixar Pablo passar por um sistema que eu não controlava era aterradora. Eu não sabia como em tão pouquíssimo tempo aquele pequeno garotinho havia se tornado meu mundo.

Quando a campainha soou, meu coração disparou. Era minha mãe, finalmente. Ao abrir a porta, seu rosto mostrava uma mistura de preocupação e determinação. Ela me envolveu em um abraço forte, suas palavras de encorajamento me fortalecendo.

"Pedri," ela disse com firmeza, "vamos cuidar de tudo."

E eu acreditei. Com ela ao meu lado, senti que poderíamos enfrentar qualquer desafio. Pablo, agora parte do nosso pequeno núcleo, estava seguro conosco. E com essa nova aliança, eu estava pronto para fazer o que fosse necessário para protegê-lo, custe o que custasse.

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