Uma família inesperada
Sinopse:
Narrada por Pedri, meio-campista do Barcelona, esta história desdobra-se em um dia inesquecível que muda sua vida para sempre. Durante uma vibrante partida no Camp Nou, Pedri, um jovem talentoso com um coração enorme...
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PEDRI
A nova rotina de ser chamado de "papai" por Pablo tornou meus dias mais brilhantes. Cada vez que ele usava a palavra, eu sentia uma onda de alegria e responsabilidade. Nossa conexão se fortalecia a cada momento, e eu me sentia cada vez mais confiante em meu papel como pai.
No entanto, poucos dias depois daquele doce avanço, enfrentei um novo desafio. Pablo começou a mostrar sinais de estar doente. Primeiro, foram apenas alguns espirros e tosse leve. Tentei não me preocupar demais, mas quando a febre começou a subir, eu sabia que algo estava errado.
Era uma noite de sexta-feira quando percebi que ele estava mais quieto do que o normal. Ele não quis brincar com seus brinquedos favoritos e recusou a janta, preferindo deitar-se no sofá com um cobertor. Quando coloquei a mão na sua testa, senti o calor da febre.
"Vamos ver como você está, campeão," disse, tentando manter a calma enquanto pegava o termômetro. A febre estava alta, e Pablo estava visivelmente desconfortável.
"Papai, estou com frio," ele murmurou, a voz fraca e trêmula.
"Vamos te deixar quentinho e confortável, meu pequeno," respondi, pegando-o no colo e levando-o para o quarto. Vesti-o com seu pijama mais quente e coloquei uma manta extra sobre ele.
Preparei um banho morno, sem saber muito bem oque fazer, afinal, eu mal cuidava de mim mesmo, então cuidar de uma criança doente era algo muito novo. Enquanto ele estava na banheira, tentei distraí-lo com histórias e conversas suaves. Ele olhava para mim com olhos cansados, mas ainda assim confiava plenamente em meus cuidados.
Depois do banho, levei-o de volta para a cama e consegui que ele tomasse um pouco de chá de camomila e sopa. A cada gole, ele fazia uma careta, mas se esforçava para colaborar. Sua confiança em mim era comovente.
Passei a noite inteira ao lado de sua cama, monitorando sua febre e tentando fazê-lo se sentir o mais confortável possível. Até que caí no sono de madrugada, no entanto não por muito tempo, já que fui acordado por sua voz.
"Papai, você está acordado...?" Ouvi sua voz baixinha perguntar, seguida de uma tosse. "Estou sim campeão" disse para que ele não pensasse que havia me acordado "Eu posso segurar a sua mao...? Estou com medo.." ele perguntou, é só ai percebi que estava chovendo forte do lado de fora. Meu pequeno tinha medo dos altos barulhos de trovões. Segurei sua mãozinha e o aconcheguei em mim, e então permaneci acordado o resto da noite, cuidando e vigando ele. Não era fácil, mas eu o amava.
Na manhã seguinte, liguei para o pediatra e consegui uma consulta de emergência. Levei Pablo até o consultório, segurando-o firmemente, sentindo a fragilidade de seu corpo febril contra o meu.
O pediatra confirmou que era uma virose que estava se espalhando pela cidade ultimamente, e recomendou repouso, hidratação e alguns medicamentos para aliviar os sintomas. Voltei para casa com Pablo nos braços, determinado a cuidar dele da melhor maneira possível.
Os dias que se seguiram foram difíceis. Ver Pablo doente e desconfortável era uma prova de fogo para mim. A cada tosse, a cada espirro, eu sentia uma dor profunda, desejando poder tomar seu lugar e aliviar seu sofrimento.
No entanto, esses dias também foram marcados por momentos de ternura e conexão. Pablo, mesmo doente, continuava a me chamar de "papai", buscando conforto e segurança em meus braços. Cuidar dele nessas horas difíceis fortaleceu ainda mais nosso vínculo.
Nas noites, eu mal dormia, sempre alerta para qualquer sinal de que ele pudesse precisar de algo. Durante o dia, tentava distraí-lo com histórias, desenhos e suas músicas favoritas. Cada sorriso que conseguia arrancar dele era uma pequena vitória.
Finalmente, após uma semana de cuidados intensivos, a febre começou a baixar, e Pablo começou a recuperar sua energia. A primeira vez que ele pediu para brincar de novo, senti uma enorme onda de alívio e alegria.
"Vamos brincar, papai?" ele perguntou, ainda um pouco fraco, mas com um brilho de esperança nos olhos.
"Claro, campeão. Vamos brincar," respondi, sorrindo e sentindo meu coração se encher de gratidão.
Ver Pablo recuperar-se foi uma das maiores recompensas da minha vida. Saber que eu fui capaz de cuidar dele, de protegê-lo e confortá-lo, me deu uma sensação de realização indescritível.
Enquanto ele se recuperava completamente, fiquei ao seu lado, pronto para qualquer necessidade. Nosso amor e confiança mútua tinham se aprofundado ainda mais, e eu sabia que, independentemente dos desafios futuros, estávamos prontos para enfrentá-los juntos.