Chapter⁴

487 38 2
                                    

𝗟𝗢𝗚𝗔𝗡· · ─────── ·🌳· ─────── · ·

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

𝗟𝗢𝗚𝗔𝗡
· · ─────── ·🌳· ─────── · ·

Dirijo com uma mão só, pois a outra permanece junto a de Miles. O caminho é regrado a um silêncio confortável e sorrisos bobos sempre que nos pegamos reciprocamente encarando. Conduzo o carro cerca de vinte minutos fazenda adentro e depois mais vinte quando passamos a cerca que Alexander e eu fizemos hoje mais cedo.
Paro a caminhonete. Dá para ouvir o barulho da cachoeira ao fundo e não se vê nada mais que árvores por todo lado. De fato, estamos sozinhos e não há ninguém próximo no raio de 50 km.
— Eu acho que nunca vim nesse lugar, nem quando morava aqui — Miles diz.
— É bem longe da sede e quase ninguém se aventura tão fundo nessa fazenda. Eu só descobri porque queria ficar sozinho e dirigi até aqui certo dia.
— Vamos descer?
— Sim. Vamos lá para trás, vem. — Desço primeiro e faço a volta para ajudá-lo a descer.
Miles segura minha mão e sorri quando a aperto com a minha. Andamos juntos até a traseira da Laranja Jeon e então eu abro a porta-traseira para subirmos. Quando vê os colchões e cobertores, Miles fica sem jeito e encara os pés no chão.
— Ei... — Ergo seu rosto até que ele me olhe nos olhos. — Não é nada disso que você está pensando. Eu não te trouxe aqui com a intenção de transar com você, Mimi, eu só queria ficar com você... Juntos, sozinhos.
Ele sorri e assente antes de segurar minhas bochechas com as palmas gordinhas e me roubar um selinho.
— Logan, você é fofo.
— De nós dois o mais fofo é você, amor.
Ele sorri e eu seguro sua cintura.
— Vou te dar impulso para subir, tá?
— Tá. — Ele assente e segura em meus ombros quando o ergo o suficiente para lhe sentar sobre a porta abaixada da traseira.
— Agora você sobe até o colchão.
Ele tira os sapatos e se ajeita para trás, em cima do colchão. Vou até a cabine, deixo meu celular e as chaves lá e abro a janela para quando Miles quiser pegar a bolsa com o bolo e o chá aqui sem precisar descer. Volto e subo na traseira, me ajeitando ao lado dele, que está sentado e abraçado aos joelhos.
— Vem aqui. — Chamo-o apontando para o vão entre minhas pernas.
Ele, meio sem jeito, vem e se acomoda, deitando em meu peito. Aproveito para dar um cheiro nele, que o faz arrepiar todo. Abraço seu corpo e digo baixinho próximo ao ouvido dele:
— Olha para cima.
Ele olha para o céu e contempla uma das visões mais bonitas do mundo, perdendo apenas para a imagem dele mesmo sorrindo.
— É realmente tão lindo, Logan, olha como brilha! Eu nunca tinha visto um céu noturno tão brilhante assim. — Ele se vira para mim e sorri antes de completar: — Mas tudo bem, porque posso ver um céu noturno brilhante toda vez que olhar nos seus olhos.
— Gosta dos meus olhos? — pergunto acariciando seu maxilar.
— Gosto. Está tudo nos seus olhos. Cada sentimento seu fica explícito no olhar.
Será que me olhando agora ele vê que estou me apaixonando por ele cada vez mais e muito rápido?
— Seus olhos são lindos, seu narizinho é lindo, a sua boca é linda e suas bochechinhas redondas são maravilhosas.
Ele sorri tanto a ponto de fechar os olhos.
Sem termos mais o que dizer, sem nos comprometermos ou estragar tudo, ele se deita novamente em meu peito e eu volto a abraçá-lo. Ficamos observando as estrelas e trocando carícias até que passa uma estrela-cadente.
— Vai, faz um pedido.
— Você acredita mesmo nisso? — ele questiona.
— Acredito sim. Agora faz o pedido e não me diga, só pode dizer quando se realizar.
— Certo, então faça também.
— Eu já fiz.
Ele fecha os olhos e só os abre um tempinho depois.
— Feito! — ele diz e encara o céu estrelado de novo. — Eu ainda não acredito que as estrelas brilham tanto assim longe de toda luminosidade, é tão lindo...
Olhando para ele e talvez sendo óbvio demais, eu digo:
— É lindo sim. Perfeito.
E então ele olha para mim e pega no flagra o encarando. Miles morde o lábio para conter o sorriso quando se afasta um pouquinho e se deita, me chamando silenciosamente com o indicador. Deito-me ao seu lado e nossas pernas se emaranham. Encaro seus olhos, alternando com sua linda boca.
— Para um caipira, você é muito romântico, Jeon.
— Eu sou romântico, ser caipira é meu charme.
E aí ele ri alto. Que risada gostosa!
— Modesto! — ele diz com deboche.
— Sou lindo, irresistível e gostoso, mas, modesto serve.
Ele ri mais.
— Narcisista convencido e infectado pela síndrome de esconde-esconde. — Ele usa o que eu disse contra mim.
— Ei! Você não pode dizer isso, eu inventei. Vou cobrar direitos autorais. — Ele ri ainda mais e acaricia meus cabelos.
— E como espera que eu pague, Jeon?
— Vou facilitar para você, Mimi. Vou aceitar o pagamento em beijos.
Ele me dá um selinho rápido.
— Isso paga?
Nego. E então ele começa a me beijar e chupa meu lábio com força. Foi tão rápido que mal consigo raciocinar até ele se afastar novamente.
— E agora, paga?
— Tenta de novo e aí eu digo se paga.
Ele se aproxima e me beija, mas, antes mesmo que ele pense, tomo as rédeas do beijo, enfiando minha língua em sua boca e explorando a sua. Nosso beijo já toma outra proporção e nenhum de nós dois se atreve a parar. Suas mãos inquietas acariciam e puxam meus cabelos, e a minha direita acaricia seu maxilar e pescoço.
Quando o ar realmente faz falta, nos afastamos, a respiração descompassada, as pupilas dilatadas e os lábios completamente inchados.
— Quantos anos você tem? — ele pergunta do nada.
— Mais que você, muito provavelmente. — Sorrio e ele me empurra devagar, me repreendendo. Quando paro de sorrir, respondo: — Tenho vinte e sete, e você?
— Tenho vinte e três. Você não é tão mais velho assim.
— Mas ainda sou o mais velho, logo, eu cuido de você, pequeno príncipe.
E lá vamos nós passarmos vergonha. Porque eu não penso antes de dizer, hein?
— Gosto quando você diz as coisas espontaneamente e se envergonha, é fofo.
— Gosta de me ver desconcertado, não é? — Sorrio e me aproximo, encaixando nossos corpos.
— Gosto, porque aí eu conheço o verdadeiro Logan. Um homem todo grande, muito forte que enlouquece homens e mulheres só de respirar, mas é romântico, atrapalhado, fofo e, simultaneamente, intenso.
Minhas mãos sobem por suas costas, subindo sua blusa até ter espaço para entrarem por baixo do tecido e tocar sua pele quente. Roubo um selinho e mais um e mais um, até que sorrimos um para o outro.
— Eu sou mesmo todo grande, né? Começando pelo pau — eu digo e ele começa rir alto novamente, me dando soquinhos de brincadeira. Acompanho seu riso e quando ambos se cessam eu continuo: — E você gosta do verdadeiro Logan?
— Gosto... Gosto demais. — Sua mão esquerda sobe deslizando por dentro da minha camiseta e para em minha barriga, onde ele fica acariciando. — Eu não consigo parar de pensar em você desde que te vi pela primeira vez. — Ele admite sussurrado.
Sua boca começa a distribuir beijos e chupões leves em meu pescoço. Fecho meus olhos aproveitando a sensação e desço as mãos de suas costas para sua bunda. Acaricio sobre a bermuda e, quando ele morde meu lóbulo, eu aperto sua bunda com força, resultando em um gemido manhoso bem próximo ao meu ouvido. Adentro a bermuda dele e a cueca também e aí acaricio sua bunda. Livre de tecidos, aperto as bandas fartas sentindo a maciez sobre a palma.
— Ainda dói dos tapas? — pergunto apertando levemente seu bumbum.
— Não... Huuuum... — ele geme outra vez se deliciando com as carícias. — Jeon?
— Sim...
— Eu trouxe lubrificante na bolsa e eu não estou dolorido mais, então... Se você quiser, eu quero.
Beijo seus lábios e removo minhas mãos de dentro da sua bermuda para apertar seu corpo junto ao meu.
— É claro que eu quero, Mimi. É difícil não te desejar, ainda mais quando você geme gostoso toda vez que te acaricio.
— Tire as minhas roupas, Logan. Acaricie meu corpo nu com as suas mãos grandes e me fode gostoso como fez ali dentro. — Ele aponta para a cabine.
— Tem certeza? Como disse, eu só queria ter um tempo com você... — Ele me interrompe com um beijo.
— Eu sei fofinho, e eu quero você. Quero que me esgote fisicamente, me faça esquecer tudo e todos e pensar só em você e em como você vai me comer gostoso.
— Gosto da sua boca suja.
— Deixa ela ainda mais suja com a sua porra.
— Você é ainda mais gostoso quando fica todo safado assim. Vai me deixar te comer de quatro?
— Só se me comer direito.
Eu sorrio e acaricio seu rosto.
— É um desafio, amor?
Ele assente.
— Quero a foda mais intensa e suja da minha vida e quero agora, com você.
— Exigente, uh? — Beijo-o.
— Exigente e com tesão... Jeon, não me faça implorar.
— Oh! Isso pode ser ótimo para meu ego, que assim como meu pau também é grande. Vamos Mimi, implore. — Afasto-me e me deito ao seu lado com as mãos atrás da cabeça esperando.
— Você não está falando sério, está? — ele pergunta indignado.
— Seríssimo.
Ele sorri sapeca e sobe em cima de mim, sentando-se propositalmente em cima da minha ereção marcando a calça. Levanta minha camiseta até metade do tronco, segura um punhado do tecido e me puxa com força, me fazendo sentar com ele em meu colo.
— Me fode, por favor? — ele pede baixinho, olhando nos meus olhos.
— Não sei, não... — respondo com deboche. — Será que você aguenta?
Sua mão solta o tecido de minha blusa e sobe para segurar meu cabelo acima da nuca com força.
— Você sabe que eu aguento. Vamos, Jeon, ou você me fode, ou me observa enquanto me divirto sozinho.
— Sugiro que pegue o lubrificante, Miles, eu vou dar o que você quer. — Sorrio de canto.
Se ele pensa que vou facilitar para ele... Coitado. Ele sai de cima de mim e vai até a janela da cabine para puxar a bolsa que trouxe, abre o zíper do bolso lateral, tira de lá um tubo de lubrificante e me entrega. Deixo o lubrificante de lado e puxo sua mão com delicadeza para que se junte a mim novamente.
Estamos os dois de joelhos sobre o colchão, olhos nos olhos e expectativas.
— Última chance para desistir.
— Você sabe que não vou, caipira.
— Eu sou o seu caipira favorito.
Beijo o pescoço dele sutilmente enquanto subo sua blusa. Miles ergue os braços para facilitar a remoção da peça e começa erguer a minha também, mas para e me deixa terminar de tirá-la.
O ar gélido arrepia nossos corpos, o ajudo a se deitar e abro o botão de sua bermuda para em seguida deslizá-la por suas pernas. Faço o caminho de volta até seu pau coberto e massageio sua ereção, ouvindo-o gemer baixinho. Abaixo minha calça junto da cueca e jogo perto das roupas dele no canto.
— Não vai tirar minha cueca?
— Não. Eu tenho planos — respondo contendo um sorriso maldoso. Hahaha.
Engatinho por cima de seu corpo até estar sobre ele e junto nossas bocas. Tem algo maravilhoso sobre beijar Miles quando eu sei que ele tem fixação oral. Calha certinho o meu desejo intenso e a fixação dele, um completa o outro.
Afasto-me dele bruscamente, observando suas íris cheias de desejo e confusas com meu ato repentino.
— Você vai chupar o meu pau como um bom menino, uh?
— Mandão. — Miles sorri com provocação.
— E você é um devasso obediente, não é?
— Sorte a sua. — E então ele me beija mais uma vez.
Afasto-me novamente e me sento com as costas apoiadas na lataria, com as pernas abertas e meu pau orgulhosamente duro apontando para cima. Miles fica de quatro em minha frente e não teve frescura em me segurar e guiar até sua boca. Sorrio satisfeito e reprimo um gemido quando ele esfrega sua língua em minha glande. Preciso me controlar, porque ele não se controla e se eu deixar ele me chupa até gozar e nem se dá conta disso.
— Você gosta disso, Mimi? Gosta de um pau grande enchendo sua boca?
Ele se afasta minimamente para assentir e ao invés de me chupar novamente ele lambe toda minha extensão até a ponta úmida de pré-gozo e saliva.
— Gosto! Eu amo ter minha boca dolorida de chupar seu pau. — Miles diz enquanto nos ajeito para deitá-lo no colchão.
— Então tenho que concordar, porque eu amei chupar você. Amei ter minha mandíbula dolorida, meus lábios dormentes e seu gostinho na minha língua.
— Logan-ah... hum… — Miles geme quando termino de dizer e aperto o pau dele ainda coberto pela cueca.
— Abre as pernas, vou preparar você — eu digo em um tom baixo, quase sussurrando.
Miles obedece, apoiando os pés no colchão. Afasto sua cueca, molho meu indicador na boca e levo até seu íntimo. Observo Miles ofegar e sorrir satisfeito. Esfrego o buraco molhado com saliva e forço um pouco sem de fato penetrar, apenas instigar. Só então pego o lubrificante e despejo uma quantidade boa o suficiente em meus dedos.
— Pode segurar isso para mim, amor? — Refiro-me a sua cueca puxada de lado.
Ele segura e eu espalho o lubrificante sobre sua intimidade, lambuzando bem e aproveitando para enfiar um dedo nele e lubrificar por dentro também.
— Fala para mim, Mimi. Quando você se diverte sozinho, quantos dedinhos você consegue colocar aqui? — Continuo enfiando apenas meu dedo médio esperando sua resposta.
— Mais do que você está me dando, com certeza. Eu quero mais, Jeon. — Ele choraminga excitado.
— Me dê um número, Mimi. Quero saber quanto você aguenta antes do meu pau.
— T-três... Eu consigo com três dedos, mas meus dedos são curtos e não chegam onde preciso.
— Vamos tentar com três dedos meus para ver se chega onde você precisa, então. — E, dito isso, forço um segundo, que calmamente vai entrando junto ao dedo médio.
— Meu Deus! Logan-ah...
Enquanto movo os dedos lentamente, alargando Miles para me receber de um jeito mais intenso e bruto, uso os dedos livres para acariciar seu pênis preso na cueca totalmente esticada, marcando o comprometimento e manchada de pré-gozo.
Vê-lo perdido em tesão é uma visão e tanto.
— Mais um ou chega?
— Mais um, vamos logo... Hum... — Seu corpo já está inquieto, um suor mínimo em seu pescoço e a gente ainda nem começou.
Pego mais lubrificante, passo em meus dedos e um pouco mais em Miles. Esfrego um pouco o buraco já um tantinho maltratado porque descobri que adoro vê-lo inquieto e com os níveis de tesão bem alto.
Pouco a pouco começo a forçar meus três dedos maiores nele e não tenho pressa por mais que ele implore, apenas aprecio a vista e imagino a sensação do aperto nos meus dedos sendo em meu pau. Não enfio muito, apenas o suficiente para alargar um pouco mais. Deixo os dedos parados e me curvo sobre ele para beijá-lo e confortá-lo de toda possível dor que ele esteja sentindo.
— Se você tocar o meu pau agora, eu não vou aguentar, Logan. — Ele choraminga rente aos meus lábios, necessitado. — Vamos, me foda logo.
— Eu quero que goze apenas com o meu pau, amor. Acha que consegue?
— Vamos testar? — Ele sorri antes de morder meu lábio e puxar com um chupão.
Removo meus dedos de dentro dele e fico de joelhos.
— De quatro.
Miles fica de joelhos, igual a mim e antes de se abaixar ele começa a tirar a cueca.
— A cueca fica! Eu disse que tenho planos. Agora de quatro, virado para lá. — Aponto para a cabine porque quero que ele veja nosso reflexo no vidro.
Ele fica de quatro e quando me posiciono atrás dele, ele balança a bunda, me atiçando.
— Ah... Jeon — ele geme quando acerto um tapa estalado em sua nádega direita.
Pego mais lubrificante, porque dessa vez eu não quero mesmo machucar ele, lambuzo bem meu pau, afasto a cueca dele e lubrifico ainda mais seu íntimo. Esfrego minha glande no buraco já bem liso dele e devagar penetro nada mais que isso, apenas a glande.
— Vem amor, tome o que aguentar.
Miles se empurra para trás devagar, gemendo e choramingando durante todo o tempo.
Aproveito que está segurando sua cueca e o ajudo, puxando-o para trás sutilmente.
— Meu Deus... Logan, já foi tudo?
— Mais da metade, Mimi. Quer parar aí?
— Não! Eu quero tudo. — E então ele se empurra ainda mais para trás, até que sua bunda encosta-se na minha virilha.
— Isso aí! Agora fica paradinho, uh!
Solto a cueca por um tempo e começo a massagear suas costas, fazendo círculos imaginários, enquanto bem devagarinho me movo para frente e para trás, ajudando ele a se acostumar com tudo o que tenho.
Quando Miles começa a se mover com reboladas mais rápidas, se jogando no meu pau, volto a afastar a cueca um pouco mais para observar seu buraquinho sedento me engolir por inteiro.
— Gosta do que vê, Jeon? — ele pergunta por que me pega olhando através do reflexo no vidro.
— Eu adoro o que vejo.
E então ele continua se fodendo devagar no meu pau, jogando sua bunda deliciosa sobre minha virilha e gemendo dengoso a cada vez que eu aperto seu quadril para ditar a velocidade. Removo meu pau por inteiro e observo ele se contrair e expulsar um pouco de lubrificante de si, esse que escorre sobre o períneo e some junto do tecido da cueca.
Gostaria de ver minha porra fazer o mesmo percurso. Ah... Sim, gostaria muito. Penetro-o tudo de uma vez, sem aviso e retiro bem rápido.
— Aaaaaaah... Faz de novo. — Ele pede se empurrando em direção ao meu pau.
Eu sorrio e bato mais uma vez em sua bunda.
— Eu só estava testando se você aguenta, amor.
— Eu aguento, vem, fode.
Encaixo-me nele e apoio a mão direita em suas costas, fazendo-o se abaixar e deixar somente a bunda empinada. Afasto a cueca dele e com força o puxo para meu pau.
— Hum... Porra, isso é gostoso. — Acabo por dizer sem pensar muito.
As primeiras estocadas são fundas e lentas, apenas procurando por algo dentro dele que o deixa todo dengoso. Começo a aumentar a velocidade, estocando com a mesma frequência do meu coração eufórico.
Em algum momento o tecido da cueca de Miles começa a descosturar e só então eu paro de estocá-lo para remover a peça já destruída.
— Vem, que eu adoro te ver por cima. — Puxo-o para ficar em cima de mim.
Miles monta em mim, encaixando meu pau perfeitamente, e começa a se penetrar; seu pau bonito e avermelhado batendo com força em minha barriga, fazendo uma bagunça total de suor e porra. É delicioso observá-lo se dar prazer.
Sento-me e o seguro para parar de se mover e aí junto nossos lábios no beijo mais desajeitado, porém, necessitado no momento. Preciso ocupar minha boca antes que eu fale algo que não devia. Não agora, quando eu sei que ele vai embora em poucos dias.
Deito-me e trago seu corpo comigo, minhas mãos deslizam por seu corpo até sua bunda, seguro cada banda com uma mão e o abro para facilitar minhas estocadas de baixo para cima.
— Eu adoro essa posição. — Ele sorri quando admite.
— O que mais você gosta, Mimi? — Paro de me mover e ele começa a rebolar enquanto beija meu pescoço.
— Gosto de morder... Me deixa morder você? — Ele beija meu pescoço, bem próximo da mandíbula.
— Morde, mas tenha em mente que se me marcar vou marcar você também, amor.
— Uh! — Ele faz um bico debochado. — Então vai mesmo me deixar te morder, Jeon?
Ergo minha cabeça, expondo meu pescoço como resposta. Não demoro a sentir sua língua traçando o caminho até a lateral de meu pescoço, onde ele crava os dentes e morde forte. Em reação, eu apenas aperto seu quadril, meto mais forte, fazendo seu corpo dar um solavanco sobre mim, mas nem assim seus dentes me soltaram. É só quando minhas mãos deslizam de sua cintura para sua bunda, apertando com força, que ele solta minha pele com um chupão molhado e audível.
— Gostoso! — Miles sussurra olhando nos meus olhos e volta a se mover sobre mim, numa tortura deliciosa.
— Estou adorando o jeitinho que você se move com meu pau todinho dentro.
— Se eu parar de me mover, você vai meter com força de novo? — Ele chupa meu lábio. — Quero gozar.
Arqueio a sobrancelha e sorrio de canto.
— Então vamos fazer você gozar, amor. Como quer agora?
— De frente, quero que meta gostoso em mim, olhando nos meus olhos. Acha que pode?
Viro-nos sobre o colchão com a maior facilidade, já que ele não é nada pesado, e me ajeito entre as pernas dele, fazendo-as ficarem presas ao meu corpo. Suas mãos estão sobre meus ombros e seus olhos nos meus, beijo seus lábios avermelhados e pisco para ele antes de estocar com força.
— Huuuum... — ele geme alto com a primeira estocada e ofega com as que vem em seguida.
Eu estou indo tão fundo nele que posso ouvir nitidamente o som de nossos corpos se chocando, nosso suor misturado.
— Aaaaaaah, aí Jeon, de novo... — Quando Miles diz isso, eu sei que cheguei lá e que fazê-lo gozar era só questão de tempo.
Continuo metendo com a mesma velocidade até que, com um gemido mudo, ele começa a gozar sobre a própria barriga, e com mais uma estocada funda eu gozo dentro dele.
Quando acabamos, eu começo a me afastar dele devagar para poder ver o que eu queria ver. E quando meu pau finalmente deixa Miles, minha porra se esvai dele lentamente até cair sobre o lençol. Miles está uma bagunça linda estirada sobre o colchão, com um sorriso satisfeito e os olhos fechados. Aquele sorriso maravilhoso de quando goza... Ah, lindo.
— Isso, sim, que é uma boa foda. — Aí ele começa a gargalhar alto.
Eu apenas o observo sorrindo bobo, o coração martelando no peito e uma enorme vontade de dizer que o quero, que quero cuidar dele, protegê-lo e... amá-lo.
Procuro por minha camiseta e quando a encontro começo a limpar Miles, com paciência e carinho. Ele tenta, mas falha muito em não ficar constrangido, só que também não me impede de cuidar dele.
Como a cueca dele está um trapo, eu visto a minha nele, que ficou bem justa, já que a bunda dele é maior que a minha. Visto a calça de moletom que eu estava inicialmente e ele me ajuda a remover o lençol sujo. Ajeitamos os travesseiros e nos deitamos, dessa vez juntos embaixo do cobertor que eu trouxe.
— Você é sempre cuidadoso assim, depois do sexo, ou é só comigo? — ele pergunta quando beijo sua testa.
— Sou carinhoso com quem eu gosto, é o mínimo, Mimi. Não foram carinhosos com você antes?
Ele nega.
— Depois que a foda acaba é cada um por si.
— Não comigo, amor. — Dou um cheiro nele. — Vou sempre ser carinhoso com você, enquanto puder.
E eu queria que fosse por muito tempo. Você poderia querer também, não é? É o que penso, mas não digo, e seu silêncio diz que ele nem pensa nisso. É só uma aventura para ele.
Ficamos ali juntos em silêncio por um tempo, até que Miles diz:
— Logan, há quanto tempo você está aqui, trabalhando para o meu pai?
— Eu não sei ao certo, uns quatro anos, eu acho. Por quê?
— E sua família? Pai, mãe, irmãos? Onde estão?
— É complicado. Tem anos que não falo com meus pais e bem, meu único irmão morreu, tem anos também.
— Eu sinto muito. Assim como minha mãe, ele está num bom lugar agora.
— Louis era bom em tudo e tinha uma bondade imensa no coração, você iria gostar dele, ou não, já que de cara você me detestou.
— E o que leva a crer que eu o odiaria?
— Somos gêmeos idênticos. Quer dizer, éramos.
— Dois de você é um perigo para sociedade. — Ele sorri e me beija. — Sorte a minha de ter conhecido você, pelo menos.
— Sorte sua mesmo, porque eu sou lindo demais e irresistível. — Sorrio e ele morde meu lábio antes de me beijar.
Nos beijamos por tempo demais e trocamos carícias até ficar bem tarde e Miles adormecer no meu peito. E ali, no meio do nada, cercado por árvores e um céu estrelado, refaço meu pedido para a estrela-cadente.
"Que Miles se apaixone por mim pelo menos um terço do que me apaixonei por ele."
[...]
Amanhece e a claridade me faz acordar primeiro que Miles, esse que ainda dorme com o rosto enfiado no meu pescoço e seu braço envolta da minha cintura. Como se eu fosse seu urso bem grande.
— Ei, menino-bonito, acorda — digo baixinho em seu ouvido e distribuo beijos por seu pescoço e ombro nu.
— Está muito cedo, me deixa dormir — ele resmunga.
— Temos que ir, Mimi.
Ele murmura algo incoerente e começa me dar beijos na bochecha e mandíbula enquanto sobe em cima de mim, aí ele me dá um selinho bem demorado.
— Bom dia! — eu digo quando nossas bocas se afastam.
— O dia vai ser ótimo. — Ele sorri com a carinha amassada de sono.
— Está dolorido?
— Sim, nos lugares certos, obrigado por isso. — E então ele ri.
Dou outro selinho nele.
— Vamos, você precisa de um banho e eu também. Eu te convidaria para tomar banho no riacho ali atrás daquelas árvores, mas creio que você não vai querer um banho gelado às aproximadamente seis da manhã.
— Prefiro banho quente.
Após terminar de nos vestir, fazemos o caminho até a sede, mas antes de deixar Miles próximo da casa grande roubo mais um selinho dele e ele passa a mão sobre a marca — provavelmente roxa e avermelhada — de sua mordida em meu pescoço.
— Eu vou descontar em breve — digo sobre a marca.
— Vou esperar ansioso. Obrigado pela noite, foi tudo perfeito.
— A companhia compensou tudo. Tenha um bom dia, Mimi.
— Você também, caipira. — E com um último selinho ele desce e vai embora, eu dirijo até meu dormitório para um banho e para começar mais um dia de trabalho com energia renovada.
Uma hora depois estou pronto e a caminho do que me aguarda hoje. Alexander foi para a cidade buscar as vacinas dos gados, então nos desencontramos, e os outros funcionários já estão fazendo seus deveres e me sobra um tempo para verificar a vaca que está prenha.
Faço o caminho a pé até onde ela está, mas quando chego lá ela tinha parido. George já está cuidando dos bezerros quando me aproximo.
— Bom dia, senhor Walker. Digo… senhor George.
— Bom dia, Jeon, meu menino de ouro. Me ajude aqui.
Ajudo-o e quando terminamos ele encara meu pescoço. Oh-ou...
— Noite boa, hum?
— Perdão, senhor Walker. Eu devia ter sido mais cuidadoso, cobrir isso talvez — eu respondo sem jeito.
— Tudo bem, Jeon. Não tem porque se envergonhar, você é jovem e pelo que soube está solteiro novamente, tem mais é que aproveitar a vida mesmo.
— Obrigado por compreender e eu prometo ser mais cuidadoso sobre essas coisas.
— Sabe, Jeon, quando meu Mimi assumiu gostar de meninos, ele disse apenas para a mãe dele. Ele não sabia, mas eu ouvi tudo o que ele disse a ela. — Caminhamos lado a lado até a sombra e nos sentamos num tronco de árvore caído.
— Ele teve medo de contar ao senhor?
— Sim. Lembro que ele disse à minha falecida esposa que tinha medo de eu o renegar por ele gostar de meninos ao invés de meninas. — Ele sorri, um sorriso triste. — Eu nunca faria isso com meu filho. Eu o amo e quem ele vai amar é problema dele, não meu, eu só tenho que amá-lo.
Por que meus pais não pensaram assim?
— E quando ele te contou de fato?
— Depois do velório da mãe dele. Ele disse ser gay, e estava indo embora morar com a minha cunhada. Foi o dia mais triste da minha vida, Jeon. Eu tinha perdido minha esposa, meu filho quis ir embora e ele só se sentiu à vontade para me dizer ser gay porque achou que eu o abandonaria.
— Ele era imaturo, senhor George. Eu tenho certeza que ele não pensa mais dessa forma. E ele te ama mesmo que não diga ou demonstre com frequência.
— Eu não lhe disse, mas nunca gostei daquele Maddox, o rapaz nunca me passou confiança, ele não era verdadeiro, não falava olhando nos olhos... Em resumo, ele não era como você, rapaz.
— Como eu? — Começo a tossir de nervoso.
— É... Por que meu Mimi não arranja um namorado como você? Honesto. Íntegro. Educado. Trabalhador. Uma pena você ser hétero, não é, Jeon? — Ele ri alto. — Você seria o genro que eu sempre quis e sei que cuidaria muito bem do meu Mimi.
Eu sorrio sem graça e não respondo porque, na verdade, não sei o que responder.
— Querido, está aí? — Uma mulher bonita e de olhos verdes aparece. — Aí está você.
George se levanta e beija a mão dela antes de abraçá-la de lado.
— Creio que vocês ainda não se conhecem — George diz. — Jeon, esta é Florence, minha noiva. Florence, esse é Logan Jeon, o rapaz que te falei ser meu braço direito aqui na fazenda.
— Ah, esse é o rapaz de on-... — Senhor George começa a tossir, atrapalhando a fala da mulher.
— Não, querida. Vamos?
Eles se olham esquisito como se estivessem trocando informações pelo olhar e aí se despedem e voltam para a casa grande. Eu, hein, coisa esquisita.
Depois disso, duas semanas se passaram e todos os dias eu vi Miles à noite. Às vezes saímos para caminhar na estrada de mãos dadas e conversar. Outras vezes ele foi para meu dormitório para dormir de conchinha depois de transarmos. Metade do mês se passou e minha vida já deu tantas reviravoltas que nem eu mesmo acredito.
Nesse intervalo, sonhei com Louis duas vezes. Em uma ele me disse que eu devia ser sincero sobre o que sinto e em outra ele disse que o passado ia virar presente e que eu devia ser forte. Eu fiquei muito confuso com isso.
Agora estamos aqui, Miles e eu sentados na traseira da Laranja Jeon, de chamego vendo as estrelas.
— Me conta a história dessa caminhonete. Como você acabou com uma caminhonete laranja? — Miles pergunta e se ajeita para ficar de frente comigo.
— Quando eu tinha pouco mais de dezoito anos, eu trabalhei numa colheita de milho ótima. Éramos três homens e recebemos uma boa quantia em dinheiro. Os meus dois parceiros tinham família para voltar e levar todo o dinheiro para eles, era de grande ajuda.
Pego o pezinho dele e começo a massagear, antes de continuar.
— Como eu não tinha casa para voltar, nem família, eu decidi ir pagar mais alguns meses na pensão em que estava morando, só que no caminho até lá passei em frente a um ferro-velho, onde estavam demolindo alguns carros velhos e esse aqui estava na fila para ser destruído. Quando eu vi essa caminhonete foi como se eu tivesse encontrado minha alma gêmea. — Eu sorrio. — Eu sei, parece idiota se sentir alma gêmea de um carro, mas foi o que senti.
— Não parece idiota coisa nenhuma, é fofo — Miles diz me dando o outro pé para massagear.
— Entrei no ferro-velho e perguntei quanto o homem queria para me vender. Como ela estava bem destruída, ele não pediu muito e o que sobrou do meu dinheiro eu a reformei. Desde então, essa gatinha está comigo. Eu amo essa caminhonete com todo meu coração.
— É lindo o seu brilho no olhar falando sobre ela. — Ele se eleva até montar em meu colo. — Um completa o outro.
— Laranja Jeon é o meu coração. — E você o meu amor, completo mentalmente.
— Então, precisa ser laranja e ter quatro rodas para conquistar você, caipira?
— Isso aí! — Beijo sua bochecha. — Mas se for teimoso, tiver uma boca bonita, que diz coisas sujas quando está com tesão, com um apelido fofo de infância já é meio caminho andado.
Ele sorri mínimo e, antes que eu avançasse para o beijar, ele vira o rosto.
— O que foi?
— O que estamos fazendo, Logan?
— Hm? — questiono confuso.
— Está óbvio que isso deixou de ser apenas sexo, então o que estamos fazendo?
— Eu gostaria de ter uma resposta boa para te dar, mas estou tão perdido quanto você.
— Eu gosto de você, Logan. E gosto do que temos, gosto de ficar com você, gosto de como me trata...
— Prevejo um "mas".
— Mas não posso te dar garantias de nada, porque faltam poucos dias para minhas férias acabarem e então eu vou embora para Green Fall outra vez.
Eu não queria falar sobre isso diretamente com ele, porque isso me derruba na realidade que eu ando evitando.
— Eu entendo.
— Não faz essa carinha. — Ele acaricia minhas bochechas e eu forço um sorriso para aliviar. — Você não engana ninguém, Logan, seus olhos mostram seu verdadeiro sentimento, está tudo nos seus olhos.
— Se você diz tanto que sabe o que eu sinto olhando em meus olhos, olha agora e diz o que você vê. Diz o que você vê quando dorme comigo em um dia e diz que vai embora ao outro. O que vê quando fazemos amor lentamente trocando olhares porque palavras seriam comprometedoras. Diz, Miles, o que você realmente vê?
Ele sai do meu colo e se senta distante, abraçando os joelhos em silêncio. Eu insisto em uma resposta:
— Eu sei que você tem uma vida em Green Fall. Amigos, faculdade, etc. Sei também que não serei o homem a pedir para você escolher entre ficar com ele ou a sua vida em outra cidade. Mas espero que você vá embora sendo honesto com o que você sente e sabendo o que eu sinto.
— Me leva para casa, por favor — é tudo o que ele diz.
Assinto e me levanto para descer da traseira da caminhonete. Ele vem atrás e eu seguro sua mão, ajudando-o descer. Avanço sobre ele e o beijo, sou correspondido de imediato.
— Não fique bravo comigo por sentir o que sinto por você — eu digo baixo quando nossas bocas se afastaram.
— Me perdoa, Logan. — E então ele me dá um último selinho demorado.
É isso. Provavelmente o fim do que nem começou de fato. Acompanho-o em silêncio até o lado do passageiro, abro a porta para ele entrar e faço a volta pela frente para entrar no lado do motorista.
O caminho até a sede é silencioso e longo e, quando estaciono próximo à entrada, ficamos os dois sentados sem dizer nada ou sequer olhar um para o outro. Ambos criando coragem para dizer que acabou, mas ninguém se atreve.
Miles abre a porta, desce e vai para a casa grande andando devagar. Ele não corre de mim como na primeira vez que ficamos aqui dentro. Dessa vez, ele apenas vai e eu o observo ir. Dou ré e faço o caminho contrário ao meu dormitório, dirijo até um local bem afastado para ficar sozinho com meus pensamentos. Debruço-me sobre o volante e deixo minhas emoções tomarem conta.
Três anos de noivado terminados e nenhuma dor ou sensação de perca. Três semanas de uma relação não rotulada que chegou ao fim e dói tanto. Não sei por quanto tempo chorei ou em que momento dormi, mas acordo de mau jeito com uma dor terrível nas costas e uma tremenda dor de cabeça.
Verifico as horas no meu celular e são quase cinco. Dirijo de volta à sede e vou para meu dormitório, tiro apenas os sapatos e me jogo na cama pequena. Hoje eu não tenho ânimo para nada, eu só quero ficar aqui, espero que Alexander não precise de mim.
Durmo o resto da manhã até a hora do almoço, quando acordo com meu celular tocando. Não reconheço o número, mas atendo mesmo assim, e a voz do outro lado da linha me faz arrepiar por inteiro.
Dez longos anos... Não são dias, semanas ou meses, são anos. Tempo demais.
— Mãe?

[Continua...]

LARANJA JEON Onde histórias criam vida. Descubra agora