A Vigança que me impede - Jungkook

Capítulo 1 - Começo da vida adulta

Maio - 6 meses atrás

Hoje, depois de um mês do seu aniversário de 18 anos, você finalmente vai deixar o orfanato. Neste último mês, o orfanato ajudou você a encontrar um emprego, um quarto onde você possa ficar, e ainda será perto da sua faculdade. Suas malas estão quase prontas. Você está feliz por deixar o orfanato, mas ao mesmo tempo sente muita tristeza por deixar sua irmã mais nova, Sophie, aqui.

— Já está tudo pronto? — Sophie chega no seu quarto.

— Quase — você responde, terminando de dobrar algumas camisetas.

— Você vai me visitar todos os fins de semana, não vai? — Ela pergunta, com uma expressão de desânimo no rosto.

— Sim, eu prometo, descansa — você para o que está fazendo, segura a mão dela e se senta na cama para confortá-la. — Vá, não fique triste. Se tivermos sorte, pode ser que você possa passar umas férias comigo um dia, no verão, no Natal.

— E no meu aniversário também?

— Sim, no seu aniversário também. Eu venho aqui e peço para você passar um dia comigo para festejarmos, ok? — Você vai até a bancada do quarto, abre uma gaveta e pega o colar da sua mãe, entregando-o para Sophie.

— Aqui está. — Você coloca o colar na palma da mão dela.

— S/n...

— Quero que você fique com ele. Guarda com muito carinho e não deixe que ninguém o tire de você!

— S/n, eu não posso aceitar, foi a mamãe que te deu!

— Por favor, fique com ele. Você vai precisar dele mais do que eu no momento.

— Eu queria ir com você, não queria ficar aqui...

— Eu também queria que você viesse, mas o dinheiro que tenho não é suficiente para te sustentar.

— Mas eu posso ajudar! Posso vender roupas velhas e arranjar um emprego, algo para nos ajudar!

— Sophie, você só tem 14 anos, não pode trabalhar! — Você olha para fora, fecha a porta e volta para perto de Sophie. — Olha, eu vou fazer de tudo para recuperar o que nos pertence. — Uma pequena lágrima escorre dos seus olhos.

— S/n, o que você vai fazer? Não é o que estou pensando, é? — Ela pergunta, já preocupada, imaginando o que você tem em mente.

— Calma, confia em mim. Não fique preocupada.

— Como não, S/n?! Você é a única família que eu tenho. Por favor, tenha cuidado, não se meta em confusões, é muito arriscado.

— Eu sei, mas confia em mim, por favor. Vai dar tudo certo! Eu só quero fazer justiça, vou recolher todas as provas possíveis para que aquelas pessoas paguem pelo que fizeram!

— S/n, não me importa, não quero saber desse dinheiro todo que perdemos. Eu prefiro continuar sem milhares, milhões, bilhões de herança do que ficar sem você! — Sophie diz em lágrimas.

— Não é isso que me importa, e você sabe muito bem! É pelos nossos pais, pelo inferno que aquelas pessoas nos fizeram passar. Quero que eles paguem pelo que fizeram aos nossos pais e que finalmente possamos ter uma vida melhor! Vai dar tudo certo, o bem sempre vence e a verdade sempre vem à tona. Vai correr tudo bem. Por favor, não quero te deixar aqui nessa angústia e preocupação comigo, está bem?

— Ok, mas por favor, tenha cuidado, sim?

— Prometo. Não se preocupe, eu vou fazer tudo certinho. Aquelas pessoas nem vão desconfiar do que estou fazendo. — Você abraça sua irmã e sente um alívio ao saber que conseguiu acalmar seu coração angustiado.