O aviso de dobby-2

48 11 0
                                    

Capítulo 3


★ Jantar desastroso.



–Mas o que?! –mesmo sabendo que o Dobby apareceria hoje, eu quase não consegui parar o grito de susto que ficou preso na minha garganta,
Eu percebi na mesma hora que era ele que andara me observando na sebe do jardim hoje pela  manhã.
Enquanto nos entre olhavam, eu ouvia a voz de Duda no hall.
– Posso guardar os seus casacos, Sr. e Sra. Mason?
Dobby escorregou da cama e fez uma reverência tão exagerada que seu nariz, comprido e fino*, encostou no tapete.
– Ah... Oi – cumprimentei.
– Harry Potter! – exclamou a criatura com uma voz esganiçada que eu tive certeza de que seria ouvida no andar de baixo. – Há tanto tempo que Dobby quer conhecê-lo, meu senhor... É uma grande honra...
– Ob-obrigado – respondi, andando e me encostado à parede para me sentar  na cadeira da escrivaninha, perto de Edwiges  que dormia em sua gaiola espaçosa e do malão que eu havia deixado arrumado para minha fuga. Eu poderia dizer que já o conheço, mas isso seria algo problemática de se revelar agora então vou tentar fingir que não o conheço.
– Quem é você?
– Dobby, meu senhor. Apenas Dobby. Dobby, o elfo* doméstico*– disse a criatura.
– Ah... é mesmo? Ah... não quero ser grosseiro nem nada, mas... a hora não é muito própria para ter um elfo doméstico no meu quarto.
Ouvi a risada aguda e falsa de tia Petúnia na sala. O elfo baixou a cabeça.
– Não que eu não esteja contente de conhecê-lo – acrescentei depressa –, mas, ah, tem alguma razão especial para você estar aqui?
– Ah, claro, meu senhor – disse Dobby muito sério. – Dobby veio dizer ao senhor, meu senhor... é difícil, meu senhor... Dobby fica se perguntando por onde começar...
– Sente-se – falei gentilmente, apontando para a cama.
De rrepente o elfo caiu no choro – um choro muito alto.
Droga! Eu havia me esquecido disso.
– S-sen-te-se! – chorou. – Nunca... nunca na vida...
Eu pensei ter ouvido as vozes no andar de baixo hesitarem.
– Me desculpe – sussurrei. – Não quis ofendê-lo nem nada...
– Ofender Dobby! – engasgou-se o elfo. – Dobby nunca foi convidado a se sentar por um Maegi... como um igual...
Tentando ao mesmo tempo fazer o elfo se calar e dar a impressão de consolá-lo,eu levei Dobby de volta à cama, onde o elfo se sentou entre soluços, parecendo uma boneca enorme e muito feia*. Por fim ele conseguiu se controlar e se calou, os grandes olhos fixos em mim com uma expressão de aquosa admiração.
– Vai ver você nunca encontrou muitos Maegis decentes – afirmei tentado anima-lo.
Dobby sacudiu a cabeça. Depois, sem aviso, saltou da cama e começou a bater a cabeça,furiosamente na janela, gritando “Dobby mau! Dobby mau!”.
Levantei depressa para puxar Dobby de volta para a cama. Edwiges acordara com um pio particularmente alto e batia as asas assustada contra as grades da gaiola.
– Dobby teve que se castigar, meu senhor – disse o elfo*, que ficara ligeiramente vesgo. – Dobby quase falou mal da própria família, meu senhor...
– Dobby é um elfo doméstico,obrigado a servir a uma casa e a uma família para sempre...
– E eles sabem que você está aqui? – perguntei tentado ganhar tempo.
Dobby estremeceu.
– Ah, não senhor, não... Dobby terá que se castigar com a maior severidade por ter vindo vê-lo, meu senhor. Dobby terá que prender as orelhas na porta do forno por causa disto. Se eles vierem a saber, meu senhor...
– Mas eles não vão reparar se você prender as orelhas na porta do forno?
– Dobby duvida, meu senhor. Dobby está sempre tendo que se castigar por alguma coisa, meu senhor. Eles nem ligam para Dobby, meu senhor. Às vezes me lembram de cumprir uns castigos a mais...
– Por que você não vai embora? Foge? – perguntei olhado para os lados.
– Um elfo doméstico tem que ser libertado, meu senhor. E a família nunca vai libertar Dobby... Dobby vai servir à família até morrer, meu senhor...
– E eu achei que era ruim continuar aqui mais quatro semanas. Isto faz os Dursley parecerem quase humanos. E ninguém pode ajudá-lo? Eu não posso?
Quase imediatamente eu desejei não ter falado de novo. Dobby desmanchou-se outra vez em guinchos de gratidão.
– Por favor –  sussurrei nervoso –, por favor, fique quieto. Se os Dursley ouvirem alguma coisa, se souberem que você está aqui...
– Harry Potter pergunta se pode ajudar Dobby... Dobby ouviu falar de sua grandeza, senhor, mas de sua bondade Dobby nunca soube...
– Seja o que for que você ouviu sobre a minha grandeza é tudo bobagem. – falei tentado cala lo.
– Harry Potter é humilde e modesto – disse Dobby, reverente, as órbitas dos olhos brilhando. – Harry Potter não fala de sua vitória sobre Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado...
– Voldemort?
Dobby cobriu as orelhas com as mãos e gemeu.
– Não fale o nome dele, senhor! Não fale o nome dele!
– Desculpe – disse depressa. – Sei que muita gente não gosta de falar dele.
Dobby curvou-se em minha direção, seus olhos redondos parecendo faróis me observavam.
– Dobby ouviu falar – comentou com voz rouca – que Harry Potter encontrou o Lorde das Trevas pela segunda vez, faz pouco tempo... que Harry Potter
escapou novamente.
Eu confirmei com a cabeça e os olhos de Dobby, de repente, brilharam com lágrimas.
– Ah, meu senhor! – exclamou, secando o rosto com a ponta da fronha suja que usava. – Harry Potter é valente e audacioso! Já enfrentou tantos perigos!
Mas Dobby veio proteger Harry Potter, alertá-lo, mesmo que ele tenha que prender as orelhas na porta do forno depois... Harry Potter não deve voltar a
Hogwarts.
Fez-se um silêncio interrompido apenas pelo tinido dos talheres lá embaixo e o reboar distante da voz do tio Válter.
– Q-quê? – gaguejei, pelo visto terei que fugir que não sei de nada, para convence-lo a ir embora sem criar alvoroço. – Mas eu tenho que voltar, o trimestre começa em primeiro de setembro. É só o que me anima a viver. Você não sabe o que passo
aqui. O meu lugar não é aqui. O meu lugar é no seu mundo, em Hogwarts.
– Não, não, não – guinchou Dobby, sacudindo a cabeça com tanta força que as
orelhas esvoaçavam. – Harry Potter deve ficar onde está seguro. Ele é grande demais, bom demais, para perder. Se Harry Potter voltar a Hogwarts, vai
encontrar um perigo mortal.
– Por quê? – perguntei fingindo surpresa.
– Há uma trama, Harry Potter. Uma trama para fazer coisas terríveis acontecerem na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts este ano – sussurrou
Dobby, tomado de repentina tremedeira. – Dobby sabe disso há meses, meu senhor. Harry Potter não deve se expor ao perigo. Ele é demasiado importante,
meu senhor!
– Que coisas terríveis? – perguntei fingindo surpresa. – Quem está planejando essas coisas?
Dobby fez um barulho engraçado como se engasgasse e em seguida bateu com a cabeça na parede num frenesi.
– Está bem! – exclamei, agarrando o braço do elfo para fazê-lo parar. – Você não pode me dizer. Eu compreendo. Mas por que é que você está alertando
a mim? – perguntei. – Espere aí, isso
não tem nada a ver com com Você-Sabe-Quem, tem? Você só precisa fazer com a cabeça sim ou não – acrescentei depressa quando a cabeça de Dobby voltou a se inclinar de modo preocupante para o lado da parede.
– Não... não Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, meu senhor.
Mas os olhos de Dobby se arregalaram e ele parecia estar tentando dar uma indicação a mim. Não qual eu nem precisei de esforço para fingir que não entendi.
Dobby sacudiu a cabeça, os olhos mais arregalados que nunca.
– Então não consigo pensar quem mais teria uma chance de fazer acontecer coisas terríveis em Hogwarts – falei. – Quero dizer, tem o Dumbledore,
você sabe quem é Dumbledore, não sabe?
Dobby inclinou a cabeça.
– Alvo Dumbledore é o maior diretor que Hogwarts já teve. Dobby sabe disso, meu senhor. Dobby ouviu dizer que os poderes de Dumbledore se rivalizam com
os d’Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, no auge de sua força. – quase revirei os olhos com a fala dele. – Mas, meu senhor... – a voz de Dobby se transformou em um sussurro urgente – há poderes que Dumbledore não... poderes que nenhum bruxo decente...
E antes que eu pudesse impedi-lo, Dobby saltou da cama, agarrou o abajur da escrivaninha e começou a se golpear na cabeça, com ganidos de furar os tímpanos.
Fez-se um silêncio repentino no andar de baixo. Dois segundos depois, com o coração batendo loucamente, ouvi tio Válter entrar no corredor falando:
– Duda deve ter deixado a televisão ligada outra vez, o pestinha!
– Depressa! Dentro do armário! – sibilei empurrando Dobby, fechando depressa.a porta e me atirei  na cama bem na hora em que a maçaneta girou.
– Que... diabo... você... está... fazendo? – disse tio Válter por entre os dentes cerrados, o rosto horrivelmente próximo ao meu. – Você acabou de estragar o fecho da minha piada sobre o golfista japonês... Mais um ruído e você vai desejar nunca ter nascido, moleque!
Ele saiu do quarto pisando forte.
Com muita raiva, deixei Dobby sair do armário.
– Está vendo como é aqui? – perguntei, pensando em uma nova forma de me livrar do Dobby. – Está vendo por que preciso voltar para Hogwarts? É o único lugar onde tenho amigos.
– Amigos que nem escrevem a Harry Potter? – perguntou Dobby manhoso.
– E como é que você sabe que eles não escreveram?– perguntei amarrando a cara já sabendo da resposta. – Como é que você sabe que meus amigos não têm escrito?
Dobby arrastou os pés.
– Harry Potter não deve se zangar com Dobby. Dobby fez isso para ajudar...
– Você andou interceptando minhas cartas?
– Dobby está com elas aqui, meu senhor – respondeu o elfo. Saindo de fininho do meu alcance , ele puxou um maço grosso de envelopes de dentro da roupa.
Dobby piscou ansioso para mim.
– Harry Potter não deve se zangar... Dobby tinha esperanças... se Harry Potter achasse que os amigos tinham esquecido dele... Harry Potter talvez não quisesse voltar à escola, meu senhor...
Eu realmente não me importo com essas cartas, mas tenho que tira lo daqui.
– Harry Potter as receberá, meu senhor, se der a Dobby sua palavra de que não vai voltar a Hogwarts. Ah, meu senhor, este é um perigo que o senhor não deve
enfrentar! Diga que não vai voltar, meu senhor!
– Tudo bem. – respondi soltando um suspiro cansado. – Entregue-me as cartas dos meus amigos!
– Dobby não acredita em Harry Potter, Dobby tem que ter certeza de que Harry Potter nunca voltará a Hogwarts. Dobby não tem outra escolha – disse o elfo determinado.
Antes que eu pudesse me mexer, Dobby se precipitou para a porta do quarto, abriu-a e correu escada abaixo.
Com muita raiva, e sem esperar que algo dese tipo fosse acontecer, eu saltei atrás dele, tentando não fazer barulho. Pulei os últimos seis degraus, caindo como um gato no tapete da entrada, procurando Dobby por todo lado. Da sala de jantar eu ouviu tio Válter dizer:
“... conte a Petúnia aquela história engraçada dos encanadores americanos, Sr.Mason. Ela anda doida para ouvir...” corri pelo corredor em direção à cozinha e sentiu o coração parar.
– Mas que merda! Por que isso está acontecendo de novo, se eu estou fazendo as coisas diferentes da última vez. – pensei.
A obra-prima de tia Petúnia, aquele pudim coberto de creme e violetas cristalizadas estava flutuando junto ao teto. Em cima de um guarda-louça no canto, encontrava-se agachado Dobby.
– Não – falei quase sem voz. – Por favor...
– Harry Potter não vai voltar à escola...
– Dobby... por favor... Eu não vou voltar, eu juro...
– Sinto muito, meu senhor...
– Não...
Dobby lançou-me um olhar trágico.
– Dobby vai fazer isso, meu senhor, pelo bem de Harry Potter.
O pudim caiu no chão com um baque de fazer parar o coração. O creme sujou as janelas e as paredes quando o prato se espatifou. Com um estalido que parecia uma chicotada, Dobby desapareceu.
Ouviram-se gritos vindos da sala de jantar e tio Válter irrompeu pela cozinha onde me encontrou , paralisado de choque, coberto com o pudim de tia Petúnia
da cabeça aos pés.
– há!!, mas eu mato esse elfo. – pensei em meio a plantos e ódio.
A princípio, pareceu que o tio Válter ia conseguir explicar a coisa toda. (“É o nosso sobrinho... muito perturbado... ver estranhos o perturba, então nós o
mantemos no primeiro andar...”) Ele tangeu os Mason, muito chocados, de volta à sala de jantar, prometeu  que ia me chicotear e me deixar quase morto
quando os Mason fossem embora, e me entregou um esfregão. Tia Petúnia desencavou um sorvete do congelador, ainda tremendo, comecei a limpar a cozinha com o esfregão.
– Pelo visto terei que sair daqui de outra forma. – pensei enquanto terminava de torce os panos.
Tio Válter talvez ainda consiga fechar o negócio... ou não. Meus pensamentos foram cortados pela coruja entrou pela janela da sala de jantar, deixando cair uma carta na cabeça da Sra. Mason e tornou a sair. A Sra. Mason berrou como uma alma penada e saiu porta afora gritando que havia doidos lá dentro.
O Sr. Mason só demorou o suficiente para dizer Dursley que sua mulher tinha um medo mortal de pássaros de qualquer tipo e tamanho, e para
perguntar se aquilo era a ideia que faziam de uma brincadeira.
fiquei na cozinha, segurando o esfregão à procura de apoio, quando tio Válter avançou para mim, com um brilho demoníaco nos olhinhos miúdos, eu tinha certeza que ele ia bater em mim.
– Espera!! – gritei. – Eu estou farto de vocês, já estão mais do que na hora dessas férias acabarem.
– Seu pirralho maldito! – gritou. – Acha mesmo que vai se safar disso antes de levar uma boa surra?!
– Você não vai tocar em mim! – veciferei com ódio. – Eu estou cansado de vocês, vou embora daqui! · gritei jogando o esfregão no chão.

Corri até o quarto o de estava a minha mala já arrumada ao lado da gaiola de Edwiges, e sai arrastando ela escada a baixo.
– Onde você pensa que vai moleque? – gritou tia Petúnia.
– Se você sair por está porta é melhor nunca mais voltar! – Gritou tio Valter com o rosto tão inchado que parecia que ia explodir.
– Se dependesse de mim eu nunca mais voltaria aqui! – Gritei em resposta.

Sai da casa, já estava no meio da noite, foi até um ponto ali onde eu sabia que o Noitbuss passaria e esperei, horas depois eu estava na frete do caldeirão furado em Londres.

Entrei e paguei a minha estadia da semana com uma galeões que eu tinha escondido na mala.
Fui até o quarto onde iria ficar,e pequei a carta na mão e comecei a ler, mesmo já sabendo do que se tratava.


Prezado  Senhor Potter,
Fomos informados que um feitiço de levitação foi usado esta noite em seu local de residência às 9:12.
Como o senhor sabe, bruxos de menor idade não têm permissão para fazer feitiços fora da escola e, a continuar esta prática, o senhor poderá ser expulso
da referida escola (Decreto para restrição racional da prática de bruxaria por menores, 1875, parágrafo C).
Gostaríamos também de lembrar-lhe que qualquer atividade mágica que possa chamar a atenção da comunidade não mágica (humanos) é uma infração
grave, conforme seção 13 do Estatuto de Sigilo em Magia da Confederação Internacional de Bruxos.

Boas férias!

Atenciosamente,
Mafalda Hopkirk.


ESCRITÓRIO DE CONTROLE DO USO INDEVIDO DE MAGIA
Ministério da Magia





Oiê! Tudo bem com vocês?

⚠️IMPORTANTE ⚠️
Vou deixar um aviso no próximo capítulo, por favor leiam, é sério vai ser importante.

Obrigada pela atenção 😊

Harry Potter: E Se a Morte Fosse Apenas o Começo?Onde histórias criam vida. Descubra agora