travessa do tranco.

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Capítulo 5.



★ Beco diagonal: travessa do tranco.






A travessa do tranco é um lugar escuro, sujo e fedorento, cheio de lojas sombrias com pessoas estranhas. De longe, dava para ver dentro de algumas vitrines pedras coloridas, bolas de cristal, mãos velhas, livros estranhos e até animais exóticos.

Planejo comprar uns livros sobre poções avançadas e runas antigas, essas eram as matérias que eu mais odiava na minha vida passada, mas nessa vida eu planejo fazer as coisas diferentes, começando por estudos sobre magia das Trevas e da luz com um pouco de história, e já vou aproveitar e procurar livros sobre as Horcrux.

Entrei em uma loja com cores mescladas entre laranja e marrom (muito peculiar em comparação as outras), lá dentro havia vários tipos e espécies de animais mágicos, Como um Pelúcio atrás de um vidro enorme, talvez o menos original, ele parecia está tentado fazer algo no qual não prestei atenção, mais a frete vi uma fiuum em uma gaiola, era a ave mais bela que já vi, andando mais um pouco vi várias criaturas como um moccami,Rapinomônio,Seminviso,gira-gira, e um Seminviso, encontrei até mesmo uma gaiola cheia de diabretes gritando iguais loucas com suas vozes finas e irritantes, mas o que verdadeiramente me chamou a minha atenção, foi uma pequena e solitária serpente negra no fundo, de um terrário, ela era linda, tinha a pele completamente negra e brilhante, eu não resisti e me aproximei.
Olá? – sibilei. A pequena serpente, com não mais de 10 centímetros, levantou a cabeça e me fitou com lindos olhos escarlates.
— Você acabou de falar humano?– perguntou.
— Sim, eu falei!
– Não sabia que humanos falavam a nossa língua, por mais que os únicos que conheci não fossem os mais simpáticos do mundo. Ou inteligentes. – Acrescentou.
— Você tem um nome? Eu me chamo Harry.– Falei.
– Hum… não sei bem como funcionam esses seus costumes humanos de denominar as coisas?! – falou, levantando o restante do corpo, ou pelo menos metade dele, o que é realmente muito fofo.
– Ah! Muito bem… você gasta daqui?? Quer dizer, não parece um lugar muito confortável… e é, deve ser solitário ficar aqui o dia todo– afirmei.
– Realmente não tem ninguém, por quê? Vai me levar com você?– perguntou de uma forma que se assemelhava à animação.
– Se você quiser, sim, – falei.
– E para onde vamos?
— Eu vou para Hogwarts, mas por enquanto estou hospedado em uma pousada.
– Parece interessante… então, vai me tirar daqui?
– Sim. Com licença– falei, indo até uma bancada onde tinha um senhor muito "peculiar", com roupas laranjas e marrons. – Quanto custa aquela cobra?– apontei para cobra-preta. 
– Hã?! Aquela! Você tem certeza de que quer uma cobra moleque? – perguntou erguendo uma sobrancelha cheia de pelos.
– Sim, senhor, eu quero AQUELA– apontei.
– Taipan-Ocidenta*l, vinda da Austrália e criada em cativeiro, nunca esteve na presença de Maegis além de mim e do homem que a vendeu para mim... O veneno dela é mortal, tem certeza de que vai querer? Eu não vou me responsabilizar se algo acontecer. – falou, esfregando o queixo.
– Sim, senhor, não tem problema. Eu vou querer ela mesmo, – afirmei com um sorriso descarado.
– Hum, vai ficar 15 galeões, – falou.
– Muito bem... Aqui está – falei, tirando os galeões do saco sem fundo.
Fui até o terrário e o homem veio logo atrás.
– Muito bem, garota, você vem comigo – sibilei, e quando me virei para o bem com a pequena cobra na mão, tive o vislumbre do rosto dele mais pálido que os fantasmas de Hogwarts, dei um sorrisinho de lado e saí da loja, me despedindo de forma debochada.

...

– Então... Eu sei que você não compreende a ideia dos Maegis ou humanos de classificar as pessoas com nomes… mas eu prefiro nomeá-la se não se importa. Assim como será fácil para você me identificar dos outros como Harry, será fácil para mim chamar você por algum nome.– expliquei. 
 E que nome você me daria, tem que ser um bem forte e incrível! É claro– falou tentando esconder a animação, mas falhando miseravelmente.
– Vamos ver... Hum... No mundo mágico, nomes em determinadas famílias podem ter significados muito importantes, hum... Que tal Rowena? O que você acha?
– Parece interessante! O que significa?– perguntou, me fitando com seus glóbulos escarlates.
– Rowena foi uma mulher muito inteligente, e ela foi uma das fundadoras de Hogwarts.– expliquei.
– Parece um nome perfeito para mim, mas por que você o escolheu?
– Não sei, só me veio à cabeça, mas quem sabe no futuro não descobrimos.– afirmei com um sorriso.– Então, agora vamos para o beco diagonal.
As pessoas lá podem não gostar de ter uma cobra por perto, então você pode entrar nesse bolso e ficar quietinha aí até que eu possa voltar para o caldeirão furado?
– Caldeirão furado? Por que não vemos para casa agora?
– Caldeirão furado é onde eu estou ficando hospedado, – eu a lembrei– não vamos voltar agora, porque eu tenho coisas para comprar.– expliquei complacente –enfim, por favor, se esconda, tentarei ser rápido.– Sussurrei, a colocando no bolso.

Harry Potter: E Se a Morte Fosse Apenas o Começo?Onde histórias criam vida. Descubra agora