Ofidioglota.

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Capítulo 20.




★ Ofidioglota.






“Vamos arranjar um par voluntário, Longbottom e Finch-Fletchley, que tal vocês…”
— Uma má ideia, Prof. Lockhart — disse Snape, deslizando até ele.
— Longbottom causa devastação até com o feitiço mais simples. Vamos ter que mandar o que sobrar de Finch-Fletchley para a ala hospitalar em uma caixa de fósforos. — O rosto redondo e rosado de Neville
ficou ainda mais rosado. — Que tal Malfoy e Potter? — sugeriu Snape com um sorriso enviesado.
— Ótima ideia! — disse Lockhart, fazendo um gesto para mim e Draco irmos para o meio do salão, enquanto os demais alunos se afastavam para nos dar espaço.
— Agora, Harry — disse Lockhart. — Quando Draco apontar a varinha para você, você faz isto.
Ele ergueu a própria varinha, tentou um complicado floreio e deixou-a cair. Snape abriu um sorriso quando Lockhart a apanhou depressa, dizendo:
— Epa, minha varinha está um tanto excitada demais…
Snape aproximou-se de Draco, curvou-se e sussurrou alguma coisa em seu ouvido. O garoto forçou um sorriso.  
— Apavorado Potter? — murmurou Draco.
— Sim, muito! — respondi com um sorriso debochado no canto da boca.
Lockhart deu uma palmada bem-humorada no meu ombro.
— Faça exatamente como fiz, Harry!
— O quê, deixar cair a varinha?
Mas Lockhart não estava mais escutando.
— Três… dois… um… agora! — gritou ele.
Draco ergueu a varinha depressa e berrou:
— Serpensortia!
A ponta de sua varinha explodiu. observei perplexo, uma comprida cobra-preta se materializar, cair pesadamente no chão entre nois dois e se erguer, pronta para atacar, até que era parecida com a Rowena. Os alunos gritaram, recuando rapidamente, abrindo espaço.
— Não se mexa, Potter — disse Snape tranquilamente, sentindo visível prazer em me ver parado imóvel, cara a cara com a cobra irritada. — Vou dar um fim nela…
— Permita-me! — gritou Lockhart. E brandiu a varinha para a cobra, ao que se ouviu um grande baque; a cobra, em lugar de desaparecer, voou três metros no ar e tornou a cair no chão com um estrondo.
Enraivecida, sibilando furiosamente, ela deslizou direto para Justino Finch-Fletchley e se levantou de novo, as presas expostas, armada para o bote.
Por alguns segundos, olhei a cobra e depois sibilei em tô alto para a cobra: “Não o morda”. E a cobra desabou no chão, dócil como uma mangueira grossa e preta de jardim, seus olhos agora em mim. Sabia que a cobra não atacaria ninguém agora, pelo menos não, se os idiotas ao meu redor não a irritassem.
Olhei para Justino, que estava apavorado.
— De que é que você acha que está brincando? — gritou, virou as costas e saiu do salão enfurecido.
Snape se adiantou, acenou a varinha e a cobra desapareceu com uma pequena baforada de fumaça preta. Snape olhou para mim de modo inesperado: era um olhar astuto e calculista.Tive também uma vaga consciência dos cochichos sinistros que percorriam o salão. Então senti
alguém me puxando pelas vestes.
— Vamos — disse a voz de Ronald ao meu ouvido. — Mexa-se, vamos…
Ronald me arrastou para fora do salão, Hermione corria para nos acompanhar. Quando atravessaram o portal,
as pessoas de cada lado recuaram como se tivessem medo de apanhar uma doença. Enquanto eles me arrastavam até a sala comunal da Grifinória, naquele momento vazia. Então, Ronald me empurrou para uma poltrona e disse:
— Você é um ofidioglota. Por que não nos contou?
— Eu não sabia que tinha que contar, porque alguém tem que contar isso — perguntei, como se realmente não soubesse.
— Você é capaz de falar com as cobras Harry!!— exclamou. 
— Eu sei. Eu sempre falo com uma quando a vejo.
— Você sempre fala com elas? — falou Ronald baixinho.
— E daí? Aposto que um monte de gente aqui pode fazer isso.
— Ah, não. De jeito nenhum. Isto não é um dom muito comum. Harry, isto não é legal.
— O que não é legal? — perguntei — Escuta aqui, se eu não tivesse dito àquela cobra para não atacar Justino…
— Ah, então foi isso que você disse?
— Óbvio, o que mais eu poderia ter dito?
— Ouvi você falar esquisito — disse Ronald — Língua de cobra. Você podia ter dito qualquer coisa, não admira que o Justino tenha entrado em pânico, parecia que você estava convencendo a cobra a fazer
alguma coisa deu arrepios, sabe…
— Querem me dizer o que há de errado em impedir uma enorme cobra de arrancar a cabeça do Justino?
Que diferença faz como foi que fiz isso, desde que o Justino não precise se associar ao clube dos Caçadores Sem Cabeça?
— Faz diferença, sim — disse Hermione, falando, afinal, num tom abafado —, porque a capacidade de falar com cobras foi o dom que tornou Salazar Slytherin famoso. É por isso que o símbolo da Sonserina é uma serpente.
Revirei os olhos,“Como se eu não soubesse disso”
— Exatamente — confirmou Ronald — E agora a escola inteira vai pensar que você é o tetra-tetra-tetra-tetraneto ou coisa parecida.
Passei a noite acordado, conversando com Rowena sobre o que aconteceu durante o dia e, após horas de pensamentos e planejamentos, cheguei a uma conclusão: amanhã logo cedo falarei com ele…
A manhã seguinte, a neve que começara a cair de noite, se transformara numa nevasca tão densa que a última aula de Herbologia do período letivo foi cancelada: A Prof.ᵃ Sprout queria pôr meias e echarpes
nas mandrágoras, uma operação melindrosa que ela não confiaria a mais ninguém, agora que era tão importante as mandrágoras crescerem depressa para ressuscitar Madame Nor-r-ra e Colin Creevey, aproveitei esse tempo livre para procurá-lo logo após ele sair da aula de transfiguração.
Algumas horas. Depois, eu estava tão absorto em meu livro sobre juramentos que os alunos da Corvinal e da sonserina quase pisaram em mim ao saírem da sala. Fechei o livro e me levantei rapidamente, e os observei sair um a um. Quando já estavam todos afastados, eu fui até o Dray e seus capangas.
— Draco! Podemos conversar por um minuto? — perguntei atrás deles.Gable e Goile se viraram rapidamente como se fossem me atacar.
— O que você quer Potter? — perguntou arqueando uma sobrancelha.
— Está com problemas de audição, Dray? Perguntei se pudemos conversar! — falei, sorrindo de lado. 
— Fala logo o que você quer — falou com cara emburrada.
— A sos Dray é algo privado, e prefiro que seus… ã “capangas” não se intrometam. Mesmo relutante, ele dispensou os dois, e eu me virei e saí andado, olhei de realance e o loiro vinha logo atrás. 
— Você vai falar o que quer ou vai rodar a escola inteira primeiro? — gritou estressado. 
— O que vou te falar é muito confidencial e pessoal, não posso correr o risco de que alguém escute.
Enfim, chegamos ao sétimo andar da Ala de Astronomia, eu fui até uma tapeçaria de Barnabás o Maluco tentando ensinar balé aos Trolls. E subir as escadas na torre de Defesa Contra as Artes das Trevas e entrei num corredor com uma tapeçaria de um lado, Draco vinha logo atrás desconfiado e relutante, A entrada da Sala Precisa fica na parede oposta onde comecei a andar de um lado ao outro três vezes e enfim uma porta apareceu, ouvi mesmo que baixo uma exclamação de surpresas do Draco.
— Onde estamos? — perguntou, olhando ao redor da sala com o tema da sonserina. Que tinha a aparência de um escritório simples junto a uma biblioteca com poltronas confortáveis e umas xícaras de chá e doces. 
— Está é a sala precisa ou sala cai e vem — falei. — Ela só aparece quando realmente precisamos dele e adquire a forma com base nas nossas necessidades.
— E o que estamos fazendo aqui? — falou desconfiado.
— Estamos aqui para que eu lhe confie um grande segredo e, se tudo der certo, irei pedir humildemente a sua ajuda. — falei sorrindo.
— Um segredo?? E que segredo seria esse?
— E por que irei falar assim sem mais nem menos, que garantia tenho de que você não vai contar a ninguém? — falei.
— Eu não vou! Foi você quem me chamou aqui, se não confia em mim, por que me chamou? — gritou.
— Não é que eu não confie, mas tenho que ter alguma garantia, você não tem me mostrado ser digno de confiança, e eu não contei esse segredo a ninguém, porque não tem ninguém em quem eu confio. 
— Se não contou a ninguém, por que cai contar para mim? Logo para mim, de todas as pessoas? — falou desconfiado.
— Porque acho que você é a única pessoa em quem posso confiar e que me entenderia — falei sinceramente. E ele corou um pouco.
— E como você vai saber que eu não vou contar a ninguém? — perguntou. 
— Como nossas varinhas. Estão conectadas ao ministério, não podemos fazer um voto perpétuo, mas eu descobri uma forma de fazer um voto mais leve que pode ser feito sem varinha, usando apenas a magia. Você terá que jurar pela sua magia que não vai contar a ninguém nada do que você vai ouvir a partir de agora, você aceita esse juramento? — perguntei receoso.
— Tudo bem, então, não tenho por que contar mesmo — falou, dando de ombros.
— Muito bem — falei sorrindo, — então repita “Iuro me magiae, quod nunquam in omni re, dic quod hic visurus vel auditurus, iuro nomine dominae magicae, fiat”. — falei e ele segurou a minga mão e disse:
— Iuro me magiae, quod nunquam in omni re, dic quod hic visurus vel auditurus, iuro nomine dominae magicae, fiat. 
— Se você quebrar esse juramento, irá ficar mudo para sempre. — falei com um sorriso de lado, vendo ele ficar ainda mais pálido do que já é.
— Bom… Se era só isso, né, fala logo! — falou ainda pálido, mas com um pouco de empolgação e curiosidade.
— Muito bem, eu sou um sonserio, e sou o herdeiro de Salazar sonserina, mas não fui eu que abriu a câmara secreta. — Falei tudo calmamente.
— Você o quê! — gritou com. Os olhos arregalados.
— Você ouviu, eu sou o herdeiro de Salazar, e nesse momento tem alguém por aí sujando o meu nome, eu não vou deixar isso assim — falei com raiva.
— Mas com? Quer dizer, você, o -menino-que-sobteviveu é um sonserino, espera mesmo que eu acredite nisso? — perguntou incrédulo.
— O chapéu ia me colocar na sonserina que é a minga casa, mas convenci ele a me colocar na grifinoria graças a “alguém”, e passei esse tempo tentado ser um grifinoria, mas de sangue sou uma legítima serpente, você viu ontem na aula de duelos, como um legítimo herdeiro de Salazar sei falar com cobras, e também sei me comunicar com o basílico que é o monstro da sonserina e o mesmo que está atacando os alunos de sangue humano, _ falei dando algumas dicas para tentar convencê-lo.
— Um basílico?! Você quer dizer que o mostro é um basílico? — falou cético.
— Dhã… Óbvio! É o monstro da sonserina o que você esperava que fosse? Um leão?
— Não! Eu só… Isso é demais para assimilar, mas como eu iria te ajudar com isso? Quem é esse falso herdeiro? Como conseguiram abrir a câmara sem ser herdeiro de Salazar? Ou existe outro herdeiro por aí?
— Calma Dray, uma pergunta de cada vez, — falei calmamente sorrindo com a empolgação do loiro. — depois vou te explicar sobre como você pode me ajudar, por enquanto eu não sei quem é o falso herdeiro, por isso vou precisar da sua ajuda para encontra lo, — afirmei bebendo um pouco do chá — e não eu e outra pessoa que está muito longe agora somos os únicos herdeiros, esse que abriu a câmara é apenas uma garça, mas eu realmente não sei como ele encontrou e abriu a câmara e isso nos também temos que descobrir — falei, após beber um último goleiro do chá. — talvez o interroguemos depois que o capturarmos.
Dei uma pausa para que o loiro pudesse assimilar o que acabei de dizer, ele bebeu o chá e provou uns biscoitos, e minutos depois ele perguntou:
— O que vamos fazer? — me olhou com uma determinação, que fez eu me sentir nostálgico e aquecido por dentro.
— Que bom que perguntou! — falei sorrindo de lado.


Obrigado pela atenção 😊🐱
Beijos 😙😙

Harry Potter: E Se a Morte Fosse Apenas o Começo?Onde histórias criam vida. Descubra agora