O Roubo do Duende

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O Roubo do Duende

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O Roubo do Duende

Casas coloridas em frente a um vasto mar preenchiam a visão do trio quanto mais desciam o morro, deixando para trás a vila, surrada e um tanto quanto deserta, que os acolheu na noite anterior.

Mesmo com o frio que rondava seu estômago, Eldrey era o único que possuía brilho em seu olhar; estava encantado, admirando o porto de Puyei, cercado por diversos humanos, juntos de criaturas feéricas, que iniciavam mais uma manhã na parte movimentada da cidade. Enquanto ogros curvavam-se para passar pelas portas de suas casas, encaminhando-se para proteger seu reino, os humanos retiravam cargas das costas de seus cavalos tkisus, movendo-as até navios de colorações variadas, ao mesmo tempo que impediam os animais de enroscar suas crinas-cipó nas frutas que carregavam, interrompendo suas tentativas de devorá-las. As nixies aproveitavam-se das distrações para furtar algumas verduras próximas à costa, ao mesmo tempo que pixies voavam sobre o ambiente, jogando pétalas de flores.

O príncipe feérico nunca havia visto os seres que estudou em seus livros sobre Ecsuji diante de seus olhos, tampouco eles juntos de humanos. Aquilo não era comum na periferia de Hebey; o mais perto que Eldrey havia chegado de outros seres era de ogros, vencendo-os em jogos de azar no cassino de Puri.

A palhaça, por outro lado, não parecia animada. Tossia e colocava sua língua para fora, retirando pétalas de suas roupas.

— Eu odeio pixies — reclamou. — AH!

Deu um salto para trás junto do exclamar, desviando de pequenos ratinhos com bico de beija-flor que corriam para pegar impulso e voar ao lado de suas amigas.

Puri juntou suas sobrancelhas, franzindo o cenho.

— Também odeio fikus.

Ander riu, observando as criaturas baterem suas asas com penas esverdeadas. Em seguida, se pôs em frente aos seus amigos, segurando a alça de sua bolsa tiracolo.

— Chegamos! Estão com suas passagens? — indagou, erguendo a manga de sua camisa e levando seu pulso na direção de seus olhos, fitando seu relógio. — São quase sete horas, vocês precisam ir.

A palhaça retirou a mochila de suas costas, abrindo o bolsinho da frente e erguendo sua passagem. Sem resposta do feérico, deu-lhe uma cotovelada, fazendo-o parar de admirar os arredores e retirar seu bilhete de um bolso.

Ander sorriu.

— É... Então acho que eu deveria ir — murmurou. — O navio de vocês é aquele ali. — Apontou para trás, em direção a um navio azul com caixas coloridas.

Saltou quando Puri pôs a mão em um de seus ombros.

— Relaxa, baixinho. Você vai conseguir consertar aquele jato. — Soltou um sorriso amarelo, que foi retribuído pelo pequeno.

O Cassino Tosuhosue Onde histórias criam vida. Descubra agora