A Boutique da Mia

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A Boutique da Mia

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A Boutique da Mia

As moedas, misturadas em meio a cédulas dentro da bolsa de Eldrey, sacudiam enquanto ele e Puri caminhavam pelas ruas da pequena vila de Puyei, com a barriga cheia após uma refeição que, de acordo com Puri, havia sido maravilhosa.

Mas Eldrey não pensava do mesmo modo.

— Havia moscas na minha comida, Puri! — bufou, mostrando sua indignação junto de gestos um tanto quanto exagerados. — Como assim estava maravilhoso?!

A palhaça abria e fechava sua mão, debochando da birra do príncipe.

Blá, blá, blá... Eu sou uma princesa e não aguento devorar algumas moscas — disse em uma tentativa de imitar o rapaz. Com um revirar de olhos, empurrou-o para longe. — Pelo amor, fadinha! Cê só sabe reclamar.

Eldrey bufou mais uma vez, franzindo o cenho e cruzando seus braços.

— Você não reclama porque não é seu dinheiro que está sendo utilizado.

Puri deu de ombros, brincando com o piso de pedras mal postas, desviando das linhas que ele continha, como uma criança hiperativa. Levou até seus lábios, cobertos por aquele batom avermelhado característico de seu visual, um canudinho de plástico, tomando um suco de pêssego de caixinha. Assim que o líquido pareceu acabar e o ar a palhaça começou a puxar, ela pôs a caixa no nariz do feérico, levando seu nariz redondo para próximo do dele.

— Não me importo com o dinheiro que ganhou no meu cassino — riu, puxando de leve o pano em torno do rosto de Eldrey e voltando de imediato para seu lado, jogando o suco na primeira lixeira que seus olhos alcançaram.

O príncipe olhou para os lados, ainda envergonhado com o que estava tendo de vestir. Ajustou o pano, com suas bochechas tomando uma vermelhidão notável. Seu olhar flutuou por cada placa, cada cartaz, sendo levado pelo seu desespero em achar uma loja de roupas o mais rápido possível. Por sorte, a vila era tão pequena que, nesta região, havia pouco movimento, não havendo ninguém para ver a princesa no meio de trajes nada convenientes.

E, por uma sorte ainda maior, uma placa com os escritos Boutique da Mia tomou sua visão. Arregalou seus olhos, esticando seu braço para frente e agarrando o de Puri, puxando-a para trás.

— ACHAMOS! — exclamou, junto de um sorriso aliviado. Andou em direção à placa, abrindo seus braços em frente à vitrine.

Puri franziu o cenho, posicionando-se ao lado do garoto, pondo suas mãos na cintura.

A loja, ou melhor, a Boutique da Mia não passava de uma loja que variava em tons de rosa pastel, com sua logo em letra cursiva, decorada com brilho e com uma fada posicionada ao lado da fonte chamativa. Na vitrine, vestidos extravagantes estavam expostos.

O Cassino Tosuhosue Onde histórias criam vida. Descubra agora