Capítulo 2: Felicidade

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Alguns dias haviam se passado, ela não foi para escola em nenhum momento. Seus Pais não sabia oque fazer com essa situação então apenas se mantiveram neutros tentando a animar.

Obviamente o assunto sobre mutantes não era um segredo em basicamente todo lugar, então não era uma surpresa eles saberem o'que ela era. Mas o problema em si era o'que fazer, Annie era apenas uma adolescente tinha um grande futuro promissor, mas não podia sair de casa por causa de sua mutação.

Até então as poucas coisas descobertas foram as mudanças constantes de seus olhos que dependendo do humor de Annie eles mudavam. As suas unhas aumentavam quando ela ficava assustada e era basicamente incontrolável, causando alguns acidentes.

Em sua boca havia dois caninos meio longos, não incomodavam tanto por assim dizer e era fácil os esconder, sendo isso apenas não sorrir ou falar com a boca muito aberta.

Annie também conseguia ver auras coloridas envolta das pessoas, e com um pouco de inteligência ela conseguiu descobrir que aquilo refletia a emoção que a pessoa estava sentindo naquele momento. Além disso, ela conseguia sugar a emoção de outra pessoa com apenas um toque.

Isso ocorreu apenas uma vez, quando sua irmã mais nova estava chorando muito, e quando ela tocou em sua cabeça tentando acalmá-la, Annie sentiu lágrimas escorrendo de seus olhos e a vontade de gritar vinha junto.

Foi bastante assustador quando aconteceu, pois demorou quase uma eternidade para conseguir parar de chorar.

Além de sua audição que ficou aprimorada, fazendo ela passar a maior parte do tempo com fones de ouvido à prova de ruídos.

Pela maior parte do tempo, ela passava em seu quarto lendo ou relendo algum livro de sua estante. Às vezes seu irmão decidiu ser generoso e ia até a uma livraria comprar um novo para ela.

Pelo menos dois meses haviam se passado, após isso, seus amigos tentaram ir visitar mas foram barrados pelos seus familiares a pedido dela. Ela não queria que eles a vissem assim.

Apesar de mutantes serem conhecidos, tem pessoas que não concordam com sua existência e que provavelmente votariam com todo o fervor para que morram.

Toc toc.

- Que foi agora?

- A mamãe pediu para você desce, tem um cara muito estranho conversando com ela. - disse Lukkas logo indo embora

Annie ergueu uma sobrancelha confusa, com isso ela largou o livro e desceu. Na sala havia um homem em uma cadeira de rodas conversando com sua mãe.

Assim que perceberam sua presença se viraram para ela.

- Você eu presumo deve ser a Annie, correto? - perguntou

- Sim, sou eu. - cautelosamente ela se aproximou e sentou ao lado de sua mãe - quem é você?

- Eu sou Charles Xavier. - disse ele estendendo a mão para ela que não aperta, não por má educação mas para não saber o'que ele estava sentindo. - enfim, eu estava conversando com sua mãe sobre você e suas habilidades especiais, você sabe oque são?

- Significa que eu sou mutante apenas.

- Eu administro um lugar para jovens como você e conversei com sua adorável mãe para você ingressar la. - diz ele, Annie rapidamente olhou para sua mãe

- Você sabe que precisa controlar isso, querida, é o melhor para você.

Annie amava sua mãe e sabia que ela só queria o melhor para ela, mas o pensamento de ir para uma escola sendo ela para mutantes ou não, não parecia muito animadora.

Emotions (Kurt Wagner/Noturno)Onde histórias criam vida. Descubra agora