Capítulo 37

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No dia seguinte, acordo sozinha na cama

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No dia seguinte, acordo sozinha na cama.

Não me espanto com isso, mas, quando desço até a cozinha e Simona avisa que seu patrão já saiu para o trabalho, fico indignada e dou um longo suspiro.

Por que não acordei mais cedo hoje?

Passo o dia com José Rafael, na medida do possível.

O menino está irritado.

Seu braço dói e ele não está simpático comigo.

Assisto com Simona à Loucura Esmeralda.

No capítulo de hoje, Luis Alfredo Quiñones, o amor de Esmeralda Mendoza, acha que ela o está traindo com Rigoberto, o empregado do estábulo dos Halcones de San Juan.

Quando termina, Simona e eu nos olhamos desesperadas.

Como podemos ficar desse jeito só por causa de uma novela?

Gustavo não vem almoçar em casa.

Quando volta do escritório, já no fim da tarde, me cumprimenta com um frio movimento de cabeça e vai atrás do sobrinho.

Janta com ele e na hora de dormir se comporta como ontem.

Me dá as costas e não diz uma palavra.

Nem me abraça.

Aguento esse tratamento durante quatro dias.

Ele não me dirige a palavra.

Não olha para mim.

Na quinta-feira me surpreende ao me procurar no quartinho e dizer num tom seco:

— Precisamos conversar.

Ih, essa frase não me cheira nada bem.

É assustadora, mas concordo com um gesto.

Diz para eu esperá-lo no escritório.

Primeiro vai ver José Rafael.

Faço o que ele pede.

Espero por mais de duas horas.

Está me provocando.

Quando Gustavo aparece, já estou supernervosa.

Ele senta.

Me olha como há dias não olhava e se ajeita todo na sua poltrona.

— Fala.

Desconcertada, olho para ele e digo:

— Eu é que tenho que falar?!

— É, você. Te conheço e sei que você tem um monte de coisa pra dizer.

Minha expressão muda na hora.

Seu sarcasmo às vezes me tira do sério e acabo explodindo:

— Como você pode ser tão frio? Por favor! Hoje é quinta e estamos desde sábado sem falar um com o outro. Meu Deus, eu estava quase enlouquecendo! Por acaso você pretende não falar comigo nunca mais? Ficar me torturando? Me pregar numa cruz e me ver sangrando na sua frente? Frio... frio... é isso que você é: um alemão frio. Todos são iguais. Vocês não têm senso de humor. Quando faço uma piada, vocês nem riem, e quando sou simpática vocês acham que estou dando mole. Fala sério, em que mundo a gente vive? Você me deixou irritada, muito irritada! Como pode ser tão... tão... babaca? — grito.

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