Capítulo 41

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Os dias passam e mergulho no trabalho

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Os dias passam e mergulho no trabalho.

É uma delícia trabalhar com Luan.

Mais que como secretária, ele me trata como uma colega.

Nos fins de tarde, preciso sair de casa.

Passeio e às vezes fico agoniada de ver tanta gente.

Sinto falta daquelas caminhadas na neve, no bairro solitário em meio às árvores de Munique.

Certo dia, na hora do almoço, meu chefe diz:

— Quer almoçar comigo? Gostaria de te mostrar uma coisa que tenho certeza que você vai adorar.

Vamos no seu carro e estacionamos no centro de Madri.

Agarrada a seu braço, caminho pela rua e vamos conversando, até que entramos numa lanchonete meio suja.

Achando graça, olho para ele e digo:

— Tá doido?

— Por quê? — pergunta, rindo.

— É sério que você está me convidando pra comer hambúrguer?

Luan faz que sim, me olha com um sorriso estranho e diz:

— Claro. Você sempre gostou, não?

Dou de ombros e digo, por fim:

— Tem razão. Mas hoje, como é você quem vai pagar, quero meu sanduíche com o dobro de queijo e também uma porção dupla de batata.

Ele concorda e entramos na fila.

Estamos de papo e, quando chega nossa vez, fico sem palavras ao ver a pessoa que vai anotar nosso pedido.

Minha ex-chefe!

Aquela idiota de cabelo lindo que enchia meu saco na Universal.

Agora trabalha naquela lanchonete.

Minha cara de espanto é tão evidente que ela, chateada, diz:

— Se vocês não sabem o que vão pedir, por favor, deixem o próximo cliente passar.

Após me recompor do susto, Luan e eu fazemos nossos pedidos.

Quando andamos até a mesa com nossas bandejas nas mãos, em meio a risadas, ele comenta:

— Anda, joga esse hambúrguer fora e vamos comer outra coisa. Essa sujeita é tão mau caráter que pode muito bem ter cuspido ou colocado veneno aí.

Horrorizada com essa possibilidade, jogo o sanduíche no lixo e vamos embora.

Às vezes a vida é justa e agora está dando uma boa lição nessa mulher.

Meus dias se resumem a trabalhar, passear e, de noite, pensar em Gustavo.

Nunca mais tive notícias dele.

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