Capítulo 13

1.9K 87 17
                                    

Pago com cartão o táxi que me deixa na porta da incrível mansão de Gustavo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pago com cartão o táxi que me deixa na porta da incrível mansão de Gustavo.

Como era de se esperar, começa a nevar de novo e minhas botas afundam na neve, mas não importa: estou congelada, mas feliz.

Quando o táxi se afasta, me deixando sozinha diante da grade imponente, um ruído próximo me alerta.

Olho, sobressaltada, para as latas de lixo à minha esquerda.

Uns olhos brilhantes e esbugalhados me observam. Grito.

— Merda, que susto!

Meu grito faz o pobre cachorro fugir apavorado.

Acho que se assustou mais que eu.

Procuro a campainha, mas aí vejo que se acende uma luz na casinha de Simona e Norbert.

Numa janela, as cortinas se mexem e logo se abre uma porta ao lado da grade.

— Senhorita Ana Flávia? Santo Deus, vai congelar!

Me viro e vejo. Norbert, vestindo um casacão escuro que vai até os pés, corre para mim.

— Mas o que faz aqui com este frio? Não tinha ido pra Espanha?

— Mudei de ideia no último momento — respondo tremendo, mas sorrindo.

O homem me devolve o sorriso e me apressa, enquanto caminhamos para a portinha lateral.

— Entre, por favor. Ouvi que um carro parava, então fui olhar. Vamos, entre. Eu a levarei agora mesmo.

Atravessamos o enorme jardim o mais rapidamente que podemos.

Meus dentes batem, e o homem me oferece o casacão.

Não aceito. Não aceito de jeito nenhum.

Quando chegamos à casa, nos dirigimos para a porta da cozinha. Norbert pega uma chave, abre e me convida a entrar.

— Vou preparar alguma coisa quentinha. A senhorita precisa.

— Não, não, obrigada — digo, pegando-lhe as mãos frias. — Volte pra sua casa. É tarde, deve descansar.

— Mas, senhorita, eu...

— Não se preocupe, Norbert. Eu mesma faço. Agora, por favor, volte pra sua casa.

Ele concorda, contrariado, e me diz que o senhor, a essa hora, quando José Rafael está dormindo, costuma ficar no escritório.

Agradeço. Por fim, ele se vai.

Fico sozinha na cozinha enorme e escura.

Respiro agitada.

A casa está silenciosa, e isso me arrepia.

Voltei.

Tremo de frio, mas pensar em Gustavo tão pertinho começa a me aquecer.

Estou nervosa, ansiosa pela cara que vai fazer quando me vir.

Incapaz de esperar um segundo mais, me encaminho para o escritório. Ouço música.

Como uma menina, colo o ouvido na porta e sorrio: a maravilhosa voz de Norah Jones canta a canção romântica Don’t know why.

Não sabia que Gustavo gostava dessa cantora, mas adorei descobrir.

Abro a porta em silêncio e sorrio.

Meu querido está sentado perto da lareira com um copo na mão, olhando o fogo.

Peça-me o que quiser, agora e sempre | miotela. ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora