Capítulo 3

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A sexta-feira passa - e o mundo não acaba! Os maias não acertaram

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A sexta-feira passa - e o mundo não acaba! Os maias não acertaram.

No sábado, acordo muito cedo. Estou exausta por causa do meu trabalho de garçonete, mas é a vida. Olho pela janela. Não está chovendo! Beleza!

Saber que Gustavo está a poucos quilômetros de mim e que há a possibilidade de nos vermos me deixa ansiosa demais. Não comento nada em casa. Não quero que isso mexa com eles e -quando chegam o Chico e o Rodolfo com o reboque e meu pai e Jotinha ajeitam aet moto nele - sorrio, feliz.

- Vamos, moreninha! - grita meu pai. - Já está tudo preparado.

Minha irmã, minha sobrinha e eu saímos de casa. Estou levando a bolsa com meu macacão de corrida. Ao chegar ao carro, me alegro ao ver Vetuche chegando.

- Você vai? - pergunto.

Ele, engraçadinho, faz que sim.

- Me diga quando eu faltei a uma de tuas corridas?

Nos dividimos em dois carros. Meu pai, minha sobrinha, o Rodolfo e o Chico vão num, e minha irmã, Jotinha, Vetuche e eu, no outro.

Em Puerto de Santa María, nos dirigimos ao lugar do evento. Está transbordando de gente, como todos os anos. Depois de entrar na fila para confirmar a inscrição e receber meu número, meu pai volta feliz.

- Você é o número 87, moreninha.

Sorrio e olho em volta em busca de Bruna. Não a vejo. Gente demais. Checo meu celular. Nenhuma mensagem.

Me encaminho com minha irmã para os vestiários improvisados que a organização montou para os participantes. Tiro meu jeans e boto meu macacão de couro, vermelho e branco. Minha irmã me coloca as proteções dos joelhos.

- Qualquer hora dessas, Ana Flávia, vai ter que dizer a papai que vai parar com isto - afirma. - Você não pode continuar dando saltos numa moto eternamente.

- E por que não, se eu gosto?

Duda sorri e me dá um beijo.

- Tem razão, na verdade. No fundo admiro seu lado de guerreira machona.

- Acabou de me chamar de machona?

- Não, fofinha. Quero dizer que essa força que você tem, eu gostaria de ter também
- Você tem, Eduarda... - sorrio com carinho. - Ainda me lembro de quando você participava das corridas.

Minha irmã vira os olhos:

- Mas eu corri duas vezes. Não levo jeito pra isso, por mais que papai adore.

Realmente, ela tem razão. Mesmo que nós tenhamos sido criadas pelo mesmo pai e tenhamos compartilhado os mesmos hobbies, ela e eu somos diferentes em muitas coisas. E o motocross é uma delas. Vivi esse esporte, sempre. Ela sofreu, sempre.

Já de macacão, vou para onde me esperam meu pai e o que se pode chamar minha equipe. Minha sobrinha está feliz e dá pulos de entusiasmo ao me ver. Para ela sou sua supertitia!

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