Estou com medo.
Medo das minhas escolhas e do que elas significam.
Não é estranho pensar que todo caminho percorrido foi escolhido por você?
Cada não's e cada sim's respondidos.
Cada rua sem saída.
Cada sono cedido depois do almoço de meio-dia.
Cada vez em que escolheu em não se escolher.
Cada escolha que acarreta em outras escolhas, que mudam o jeito de você acordar, pensar, em realizar outras escolhas — mesmo quando a abstinência da própria foi.
Ter que fazer escolhas é a força confiante de uma fraqueza inconsciente.
É de grande dimensão.
—
Como posso ter a certeza que faço as escolhas certas se minhas escolhas me fizeram o que sou hoje?
Nada é de fato certo ou errado, mas as escolhas que podem transformar a minha vida são um fardo que carregarei sem entender o peso.
Especialmente daquelas que precisam abdicar de outra.
Isso não é um pouco demais?
Escolher ativamente o que fazer em tempo real pode causar uma mudança instantânea — neste exato momento. E no futuro sentir não tão distante as consequências deste.
É um efeito borboleta, que nunca serei apto a ver todas as ramificações.
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Enquanto eu lhe procuro e não te encontro.
PoésieO que você procura quando abre seus olhos? Eu, ainda não sei. Mas sei que não encontrei. Aqui você encontrará minhas experiências durante os meus 18 anos de vida, que por não conseguir bravejar, coloquei em palavras tudo aquilo que sinto.