deja vu

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Encontrar por acaso pessoas do passado é pruriginoso.


Toda vez que reconheço, é um processo que ocupa parte do meu dia em minha mente.
Este ficou no passado, existe apenas nele, uma sombra, não é de sentido ainda existir fora da minha consciência, e continuar convenientemente assim.


Em um breve momento, um arquivo empoeirado do meu porão é aberto, mas que não deveria ter sido. Se fora esquecido, foi por uma razão.

 
Meu nariz começa a coçar, consigo sentir o acumulado de mofo e poeira que essas memórias transmitem. Essas memórias agora tão distantes, parecem de uma outra vida, que de nenhuma forma possui conexão comigo.

 
Este sentimento de recusa logo se transforma em curiosidade, uma areia movediça. Onde mais cavo, mais fundo eu chego. Então escrevo, tento capturar o distanciamento que tenho de minha própria memória. Me decidindo se ela tentando me proteger de uma coisa maior de que não me recordo, faz meus sensos desorientados acreditar que a tal benevolência em narrativa é de pura insignificância.

 Me decidindo se ela tentando me proteger de uma coisa maior de que não me recordo, faz meus sensos desorientados acreditar que a tal benevolência em narrativa é de pura insignificância

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Enquanto eu lhe procuro e não te encontro.Onde histórias criam vida. Descubra agora