sua ruína

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Um silêncio se fez presente na recepção.

Era um jogo de olhares. Giovanna olhava para Rodrigo, Rodrigo olhava para Alexandre, Alexandre olhava para Giovanna. Um caos sobre o consultório, um caos que ela fez questão de criar de propósito para irrita-lo.

- Podemos ir, Ro? Fica tranquilo que falei com a Ale e ela não se importou.. Somos praticamente uma só. - ela piscou para o homem num claro intuito de irritar o outro.

Alexandre trincou o maxilar e apertou as mãos em punho, subiu uma das mãos para a barba e esfregou trocando um olhar de fúria com o melhor amigo.

Rodrigo não ousaria, ousaria?

- Gio.. É que eu quase não faço consulta ginecológica, eu deixo essa parte com o.. - ele não terminou, ela não deixou.

- Eu só quero se for você. Se não puder me atender eu vou para outro consultório e procuro outro médico sem problema algum. - ela disse decidida, o nariz empinado.

Rodrigo abriu a boca pra respondê-la, mas não teve nem tempo. Alexandre decidiu tomar uma atitude, puxou ela pelo braço com força e olhou em seus olhos.

- Que merda você pensa que está fazendo? Ficou louca ou o que? - ele disse rude, os olhos pegando fogo.

- Quem está louco é você.. Me solta. Tá me machucando. - ela acertou um soco no peito dele que não fez nem cócegas.

- Vem comigo. Vamos conversar na minha sala. - ele a puxou pelo braço abrindo a porta e entrando.

Rodrigo abriu e fechou a boca sem conseguir processar o que tinha acontecido, se virou para a secretária.

O olhar dela era de uma pessoa completamente assustada e que não estava entendendo nada.

- Amanda.. Vamos encerrar por hoje. Ligue para todas as pacientes do Alexandre e remarque todas as consultas para outra dia. Ele está se resolvendo com a Giovanna, acho que vão demorar.

- Ela é alguma coisa dele? - a mulher quis saber com a cara de poucos amigos.

- Amanda, foque no que mandei você fazer por favor. A vida do Alexandre não é da nossa conta. Assim que você terminar pode ir pra casa e pegar a tarde de folga.

- Sim senhor.

Rodrigo deixou sua sala minutos depois indo para o estacionamento com o celular pendurado na orelha.

- Que história é essa da sua amiga querer se consultar comigo? O Alexandre quase me matou com o olhar.. Eu to saindo fora, os dois estão lá na sala dele.

Ele destravou o carro e entrou escutando Alessandra dar risada animada. Só podiam ser duas malucas.

- Me solta, seu grosso. - ela fez charme com a voz melosa.

O médico encostou a mão na porta e fechou os olhos com força. Tentava criar coragem para olhá-la e não acabar com a raça dela ali mesmo, no consultório.

- Sai da porta, eu vou sair. Eu não quero ficar aqui.

- Cala a sua boca. - ele finalmente olhou na direção dela. faíscas voavam de seus olhos. nem sabia o motivo de estar tão abalado assim com a possibilidade de outro homem vê-la nua.

- Que? Ninguém me manda calar a boca.

Ele avançou nela agarrando seu pescoço, jogando o seu corpo contra a mesa de seu consultório com tudo.

- Quero que use essa boca pra me dizer qual foi a porra da razão que te fez vir até aqui pra marcar consulta com outro? - ele sentiu o nariz roçar no dela.

Suas respirações se misturaram com o ar gelado da sala, ela engoliu seco sem saber o que dizer pela primeira vez.

- Você não usou camisinha. Precisava me consultar pra saber se estava tudo bem. Eu não transo sem, mas você me fez esquecer disso. - ela confessou olhando pra ele.

Alexandre soltou o pescoço dela e soltou também a sua respiração que nem sabia que estava segurando.

- Foi por isso? Você é tola o bastante de achar que eu transaria com você sem camisinha se não tivesse toda certeza que estamos limpos? Porra, Giovanna. Eu sou médico. Eu faço exames regularmente. Eu te examinei aqui, eu vi como você é saudável também. - ele falou com o seu tom profissional que mexia muito com ela.

Ela abaixou a cabeça e usou as mãos para enfiar por debaixo do jaleco que ele usava, subindo pela camisa azul escura de botões.

- Você não veio aqui por causa disso.. Fala a verdade.

Ela sorriu e mordeu o canto da boca.

- Você saiu da minha casa como um foragido. Eu não ia te pedir em casamento, sabia? Que deselegante.

Foi a vez dele soltar a risada baixa.

- Eu precisava ir. Foi gostoso demais, só que eu não deveria ter cedido. Você é minha paciente, Giovanna. Só eu sei a merda que isso poderia causar.. Eu sou contra.

- Mas agora já era. Já ficamos. - ela o puxou pelo jaleco colocando seus corpos, fazendo ele se enfiar no meio das suas pernas. - Eu posso deixar de ser sua paciente..

- Pra ser paciente do Rodrigo? Não. - ele rebateu, suas mãos subindo e descendo pelas pernas dela de fora.

- Ciúmes, doutor? - ela o provocou.

- Não gosto de perder pacientes. - declarou hipnotizado demais pela boca vermelha que só ela tinha.

Giovanna fez um biquinho, as mãos ameaçando desabotoar os botões da camisa dele.

- Então nunca mais vai acontecer de novo? - se inclinou para sussurrar no ouvido dele sua pergunta.

Ele sentiu seu corpo arrepiando. O jeito como ela usou a língua para lamber seu pescoço foi criminoso.

- Foi delicioso demais pra não ter repetição. - ela disse rouca, subindo pelo pescoço até a orelha, mordendo-a.

Ele a puxou pelo cabelo platinado e beijou sua boca.

Gemeram entre o beijo. Ela apoiou as mãos para trás na mesa, abriu mais as pernas recebendo o médico no meio delas, deixando assim seu pescoço livre para ele.

O médico desceu as mãos pelos seios dela, enquanto sua língua lambia toda pele nua do pescoço dela.

Aquele cão de mulher era cheirosa pra caralho, um cheiro de flores e sexo.

Desceu a alça do vestido deixando-a nua da cintura pra cima. Os seios lindos a sua vista, os acariciou e beijou, os olhos presos nos dela sem desviar.

Ela levou a mão até o cinto dele, desafivelando. Ele fez menção de tirar o jaleco, mas ela o impediu.

- Deixa. Quero que me foda usando isso. - disse com o tom de voz promíscuo.

Ela seria sua ruína.

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