Seu olhar foi direcionado para a mesa em que o pessoal estava, mas não a viu lá. Se distraiu procurando pela loira em todos os cantos, fazendo a morena sorrir.- Está procurando alguém? - ela levou a bebida até a boca.
- Hã.. Sim. É que eu vim com uns amigos. Desculpa.
Ele coçou a barba meio sem jeito, mas não estava com a menor vontade de flertar com ela. Sua intenção nem foi de dar papo, mas não poderia ser grosso com ela a troco de nada.
- Você não quer nem saber o meu nome? Ou o meu telefone? Hoje você está com companhia, mas quem sabe na próxima. Eu venho sempre aqui. - ela disse de uma forma bem decidida.
Alexandre deu um sorriso de canto sem graça, mas na realidade não adiantaria de nada pegar o número dela.
Não ligaria de qualquer forma.
- Qual o seu nome? - ele franziu as sobrancelhas e se levantou do banco com o copo de whisky na mão.
- Tainá. - ela abriu um sorriso.
- Então, Tainá. Eu to enrolado. Procura um cara que não esteja com a mente tomada por outra mulher.
Ele lhe direcionou um sorriso em desculpas antes de se afastar da morena. Levou o copo aos lábios e parou com a cena que viu perto dos banheiros femininos.
Giovanna estava rindo e conversando com um cara alto e forte. Deveria ter uns vinte e poucos anos e pelo olhar dele, eles já tiveram alguma coisa.
Decidiu ir até lá.
Era uma má ideia depois dela dizer que o lance deles não era sério? Talvez. Mas que se foda.
Ela percebeu ele se aproximando e seu coração acelerou.
Uma parte ficou aliviada por ter visto de longe ele dando um fora na morena, mas a outra parte queria puni-lo por ter se quer cogitado ficar com outra mulher na noite que estão juntos.
Não era ciúmes, mas era um tremendo abuso.
Não haviam conversado sobre exclusividade. Na verdade não haviam conversado sobre nada, as coisas foram indo de pouco a pouco se encaixando para a relação de agora.
- Tá fazendo o que aqui? - ele chegou perto dela e a olhou dentro dos olhos.
Ignorou o jeito que o cara olhava em sua direção, não estava nem aí. Giovanna o encarou de nariz em pé, os olhos soltando faíscas de raiva da cara de pau dele.
- Como? - se fez.
- Perguntei o que você está fazendo aqui. Fui na mesa e não te encontrei. - ele enfiou a mão que não segurava o copo no bolso da frente da calça.
- Que engraçado, quando eu saí você que não estava na mesa. Tá precisando de alguma coisa? - ela apoiou suas mãos na cintura.
Giovanna sorriu sem graça para o rapaz que assistia todo o diálogo deles sem falar absolutamente nada.
- Fui buscar isso. - levantou o copo na direção dela. - Vamos voltar pra mesa.
Ele fez menção de pegar em seu braço, mas ela se afastou imediatamente.
- Pode ir. Eu vou terminar de conversar com o Caio e já vou lá também. - ela o desafiou com o olhar.
Tendo seu nome citado, o rapaz resolveu se pronunciar.
- Não quero te atrapalhar, Gio. Eu já tô indo nessa, tenho aquela prova que te falei amanhã cedo. Eu tenho teu número, te ligo qualquer hora dessas. - ele a pegou pela nuca e deixou dois beijos em seu rosto.
Alexandre lhe lançava um olhar sério, mas o rapaz não se intimidou. Saiu pela porta do bar sem olhar pra trás.
Giovanna deu dois passos em direção a mesa, mas as mãos do médico lhe seguraram no lugar. Ele foi com a boca até a orelha dela para sussurrar por conta do som que tocava ao vivo ali dentro.
- Tu ia mesmo ficar com esse zé ruela na minha frente?
Ela ignorou o arrepio que sentiu e a palpitação entre as pernas. O olhou dentro dos olhos e sorriu sínica.
- Por que não ficaria? Você estava lá no bar com aquela moça, pensei que tinha arrumado companhia melhor do que a minha e fui atrás de outro melhor também.
Alexandre respirou fundo e trincou o maxilar com ódio da audácia dela. A puxou com mais força pela braço, os olhos dentro dos dela, os corpos colados.
- Se eu quisesse ficar com a morena, eu poderia. Você deixou bem claro lá na mesa que só temos um lance né? Definiu como se não fosse nada. Só que pra mim não é assim que funciona. Não é desse jeito que eu sinto.
Giovanna foi golpeada por uma sensação que não fazia ideia de qual era, estava nervosa, com frio na barriga.
- Eu pensei que você quisesse ficar com ela.
- Pensou errado. Eu nem gosto de morenas. Você acha mesmo que eu beijaria outra na sua frente?
Ela amoleceu, mesmo não querendo amolecer. Sentiu ele tocando seu pescoço com o nariz e deixando beijos em seu pescoço sensível.
- Acho. Você é um canalha. - ele riu em seu pescoço, ela já estava fraca.
Maldito seja.
- E você é mentirosa. Falou que foi atrás de outro melhor, mas eu sei que só queria me atingir. Eu e você sabemos que não existe nada melhor do que nós dois juntos.
Ela o puxou pela camisa e beijou sua boca com gosto de whisky. Ele a pegou pela cintura grudando os corpos um no outro e chupou a língua atrevida com vontade.
De longe, Rodrigo e Alessandra sorriam para a cena.
Era impressionante. Apesar de não assumirem de uma vez por todas que estão apaixonados, eles não tinham a menor capacidade de mascarar suas emoções.
Ele terminou o beijo mordendo o lábio inferior dela, os olhos fixos na boca agora mais vermelha ainda.
- Vamos voltar pra mesa. Sem gracinhas. - ela foi na frente, rebolando e provocando.
E ele foi atrás. Não existia a possibilidade de não ir.
A verdade é que faria qualquer coisa por aquela loira. Se ela quisesse manter o caso deles como um lance, ele não ia cair fora de jeito nenhum.
Mesmo querendo muito mais.

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intercourse | gn
Fanfictionaquele em que ela fica obcecada pelo seu novo ginecologista.