e se for

1.1K 115 98
                                    


O boteco de lei perto do consultório estava calmo, já que era uma terça-feira à noite. Alexandre estava tomando uma cerveja com Rodrigo depois do expediente.

- Eu to te falando cara. No começo eu tava quase enlouquecendo, mas agora eu já aprendi como lidar. Giovanna é mimada, não tem jeito. To aqui pra fazer tudo do jeitinho que ela quiser.

- Mas qual foi o perrengue da semana passada que você ainda não me contou? - Rodrigo quis saber, dando goles da sua cerveja.

Alexandre arregaçou mais as mangas da camisa e apoiou um cotovelo na mesa, pegou o litrão para encher mais os copos.

- Então, eu cheguei em casa e ela estava chorando com um bico na cara que era a coisa mais linda do mundo. E eu que não sou bobo nem nada, já fui chegando de mansinho e perguntei o que tinha acontecido. Ela estava com fome e não sabia o que queria comer, gostou? - ele riu, afinal a cena foi hilária.

Rodrigo espremeu os olhos e deu um sorriso de lado.

- Alexandre você tá morando com ela já faz quanto tempo mesmo? - puxou na memória o dia que ajudou com as coisas da mudança, mas era ruim de datas.

- Vai fazer um mês sexta-feira. Falando nisso eu tenho que pensar em alguma coisa romântica pra ela, a Gio ta sensível demais por esses dias, mas ela me disse que sua menstruação tá pra descer. - ele bebeu e fez um sinal de que queria mais uma para o garçom.

- Se é que vai descer. - Rodrigo murmurou baixo.

- Você disse o que? - voltou sua atenção para o amigo.

Rodrigo alisou a barba e apoiou os dois cotovelos na mesa chegando mais próximo.

- Cara, você é ginecologista. Tá tão cego de amor que não reparou que a sua mulher tá grávida? - lançou a sua bomba da noite em cima dele.

Alexandre parou com o copo na mão, olhou para o amigo como se ele tivesse dito a coisa mais louca do mundo e depois sorriu de lado.

- Claro que não. Ela não tá grávida. Eu saberia se ela estivesse, né. Giovanna é assim, você não conhece ela como eu conheço. - ele disse rindo, mas sua mente não parava de pensar na possibilidade.

Rodrigo que já o conhecia de anos, percebeu.

- Nero, você mora com ela faz pouco tempo. Não tem como você saber se ela já estava grávida quando você se mudou e por isso tem agido dessa maneira. Ela pode ser a pessoa mais mimada e manhosa do mundo meu amigo, mas isso tudo que você me contou desde que chegou é o típico hormônio da gravidez e você sabe.

Por um segundo ele parou e pensou em tudo. Ele se lembrou que no sábado passado ela passou mal na clínica e vomitou, mas jurou que tinha sido um pão com gergelim que comeu na padaria antes de ir pra lá.

O jeito que ela mudava de humor constantemente, a sua fome descabida que não alterava em nada no seu corpo e o seu vigor sexual que nem poderia ser fator para isso, já que ela sempre foi fogosa, porém estava mais.

Tinha vezes que ela o ligava no meio de uma consulta para dizer que estava nua na cama ou que estava com tanto tesão que se tocava enquanto tomava banho.

Isso o atormentava durante todo o seu dia, e quando ele chegava em casa as coisas pegavam fogo.

Ela o destruía e sugava todas as suas energias na cama, quando o sexo terminava ele sempre estava molhado de suor como um louco, parecia que tinha acabado de sair do banho sem se secar.

Se lembrou também dos exames dela que estavam tão perfeitos, ela ovulando de forma correta, o DIU estava no lugar certinho e tudo.

- Ela tem DIU cara. - ele disse baixo, ainda meio aéreo com seus pensamentos.

- Porra, eu só não duvido que o seu diploma é fajuto porque estudei e me formei junto com você. Você sabe que nenhum método contraceptivo tem cem por cento de eficácia, Nero.

- Cara, ela fez os exames. Tava tudo certo.

- Esses exames foram feitos a mais de um mês cara, o DIU saiu do lugar com toda certeza. Eu aposto todo o meu conhecimento em obstetrícia que você vai ser o mais novo papai do meu consultório. - Rodrigo deu risada.

Alexandre tirou uma nota alta do bolso e deixou na mesa antes de pegar suas chaves e beber o último gole do copo para sair dali o mais rápido possível.

- Aonde você vai?

- Na farmácia. Preciso saber se você tá enlouquecendo ou sou eu que vou enlouquecer de tanta ansiedade.

Rodrigo gargalhou.

- Leva ela pra fazer uma consulta comigo. Posso fazer uma ultra pra gente vê o mini nerinho no útero dela.

Alexandre nem respondeu tamanha a ansiedade e todo o seu nervosismo, destravou o carro do outro lado da rua e acelerou até a farmácia mais próxima.

Comprou vários testes de várias marcas diferentes.

No elevador o seu pé não parava de bater no chão, só faltava roer as unhas. Abriu a porta e entrou sem saber se ela já tinha chego do encontro com Alessandra, mas gritou pelo nome dela.

- To aqui. - ela respondeu do closet.

Alexandre deixou a sacolinha com os testes em cima da cama e foi até o closet, ela estava só de calcinha com um vestido na mão dobrado.

- Pensei que ainda estava com a Alessandra. - ele se aproximou dela deixando o beijo de sempre em sua testa depois a pegou pela cintura deixando selinhos castos em sua boca.

- Acabei de chegar. - ela deixou o vestido na gaveta e o abraçou pelo pescoço. - Vamos tomar um banho juntos hum? - mordeu de leve o pescoço dele subindo beijos e cheiros pela barba dele.

- Vamos sim, mas antes...

Ele tentou falar, mas ela o beijou na boca. Suas línguas logo se encontraram numa conversa bastante intensa e gostosa, aquele tipo de beijo delicioso e com encaixe.

Alexandre por um segundo se perdeu, mas logo se afastou interrompendo o beijo. Se distraiu ao descer os olhos para os seios pequenos e durinhos, arrepiados de tesão do jeito que ele gostava.

Com o assunto da gravidez rondando em sua cabeça, ele olhou melhor e reparou que realmente estavam maiores.

Desceu mais o olhar a barriga lisa e o quadril um pouco mais largo do que de costume. Giovanna o puxou pela camisa beijando seu pescoço, querendo mais.

- Amor, calma.. Vamos conversar antes. - ele a puxou pela nuca para olhar em seus olhos.

- Depois, Nero. Eu quero transar.

Ela abriu a camisa dele deixando beijos pelo seu peitoral e ele sentia sua pau cada vez mais duro na calça. Em um ato de desespero, falou tudo de uma vez.

- Amor eu acho que você tá grávida.

Giovanna parou o que estava fazendo e o encarou com a cara mais fechada de todas. Se afastou dele com raiva, e desceu os olhos para o próprio corpo.

- Tá me chamando de gorda?

intercourse | gnOnde histórias criam vida. Descubra agora