Capítulo 15

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Anna Carolyna

Eu tinha tanta coisa para falar, mas ela teve sorte que eu também não estava interessada em brigas.

Dormindo até parece gente, Priscila não ronca e não se move durante o sono, o que confesso é um alívio, do jeito que ela deitou, se mantém a quase uma hora.

Olho o relógio e já são quase sete da noite, Renato já me mandou dezenas mensagens me pedindo para descer, todas com duplo sentido, pobre coitado, ele realmente acha que estou transando e sendo feliz com a minha "Namorada" nesse quarto.

Resolvo descer, Priscila não dar nem sinal de vida, pode ser que ela tenha morrido, mas eu não teria essa sorte.

__Cadê Priscila?__ Renato me pergunta ao me ver no corredor.

__ Dormindo.__ Respondo e ele sorrir malicioso.

__ Que isso Carolyna, cansou sua namorada?__ Ele pergunta.

Deus me livre.

__ Não foi eu, foi seu filho que fez jogar, a tarde inteira.__ Falo.

__ Tenho que agradecer ela por isso, Junior parece radiante.

__ Em falar de radiante, porque você não me avisou que a rainha da morangolândia vinha?__ Pergunto sobre a Beatriz.

__ Sem picuinhas Carolyna, era óbvio que eu iria chamar a minha colega de bancada.__Renato diz.

__ Pois eu não deveria ter vindo.

__ Dá uma chance a ela.

__ Com certeza darei.__ Debocho.

Não confio nessa menina.

__ Você parece bem amargurada com ela hoje, foi porque ela passou um tempo com a sua namorada?

Ela está com a Priscila é os menores do problema.

__ Renato não vem com essa.__ Falo.

__ Por que não? Você não tem ciúmes dela?

Não.

__ Óbvio.__ Minto.__ Mas você sabe que o buraco com a Beatriz é mais em baixo.

__ Ela legal, da uma chance a menina de se redimir.__ Renato pede.

__ Já está pulando para o lado dela?

Uma chance para Beatriz? Eu escutei ela falando de mim, não foi ninguém que me disse. Não posso fingi que não escutei.

__ Não, só quero que vocês se deem bem.

__ Não, prefiro passar isso, e agora não estou com saco para essa conversa.__ Falo tentando fugir desse assunto.

__ Tudo bem, vem vamos jantar.__ Renato pega na minha mão.

Renato é uma das únicas pessoas em que eu confio no mundo, ele sempre está comigo, em tudo posso contar com ele.

Depois do jantar, sento em um dos sofas do alpendre e observo tudo ao meu redor, o som toca forró e alguns dançam, outros conversam, ao total vejo umas vinte pessoas, repórteres, pessoas da produção e da redação, todos eles eu conheço, de família o Renato só trouxe os filhos e esposa mesmo, segundo ele, a comemoração em família vai ser apenas no mês das férias dele.

Priscila ainda não deu sinal de vida, a Márcia esposa do Renato pediu para chamá-la, eu disse que ia, mas não vou não.

E foi só pensar na peste que ela apareceu, Priscila vinha vindo e conversando com o Renato, o que me assustou para falar verdade, Priscila e Renato na mesma frase é de dar arrepios, principalmente porque ele gosta de perguntar e Priscila não saber responder nada sem parecer está mentindo.

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