Capítulo 34

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Anna Carolyna

Eu esperava essas surpresas no dia do meu aniversário, esperava passar o dia só, mas ganhei até um gato. Essa parte do gato ainda estou me acostumado, mas ela é uma gracinha tão pequeninha.

__ Tem certeza que não tem problema eu dormir aqui filha?__ Minha mãe pergunta enquanto guarda as suas coisas no meu quarto.

__ Óbvio que não mãe.__ Falo.

Confesso que queria um tempinho com a Priscila, mas não posso deixar minha mãe dormir na sala só porque eu quero transar.

__ Priscila realmente não se importa?

Espero que não.

__Não.

__ Vocês passam tanto tempo longe uma da outra, não vão poder aproveitar porque a gente está aqui.__ Ela diz.

__ Óbvio que não mãe, estou super feliz por ter todos vocês aqui comigo.__ Falo.

Realmente estou feliz por ter eles aqui, eu acreditei que ficaria só, mas agora tenho a minha família e a Priscila, só falta Clara bater na minha porta.

[...]

Decidimos sair para dar uma volta.

Meu avô adora colocar alguém para dirigir para ele, o passatempo preferido dele é julgar o jeito que os outros dirijem, e dessa vez Priscila foi a felizarda, meu avô vai ficar o tempo inteiro falando "cuidado!" "Presta atenção!", quando é a minha mãe que dirigi sempre acaba em briga, porque os dois são idênticos em personalidade.

Minha tia vai com a esposa e os gêmeos no outro carro, vamos levar as crianças para conhecer o jardim botânico.

Nós já estamos a quinze minutos no carro e meu avô ainda não falou nada sobre a Priscila no volante.

__ Você dirige a quanto tempo Priscila?__ Ele pergunta.

__ Desde dos 18.__ Ela responde.

E agora vem os esporos, Priscila dirige muito bem, mas nada passa despercebido aos olhos do meu avô, ele foi instrutor de auto escola antes de sair da Bahia e ir para minha cidade Natal.

__ Você dirige muito bem.__ Ele diz.

Sabia...Quê?! Dirige bem?

Nunca vi meu vô elogiar ninguém dirigindo.

__ Obrigada.__ Priscila diz contente.

Não só eu, mas minha mãe e minha vó também ficaram surpresas.

O resto do caminho foi inteiro dos dois conversando sobre isso e falando de como literalmente todo mundo naquele trânsito dirigia mal na visão deles, pelo visto meu avô e Priscila tem uma coisa em comum, querem ser os donos da razão no trânsito.

Quando chegamos, minha tia chega logo atrás e estaciona o carro do lado do nosso.

As crianças parecem super animadas, já moro no Rio a 10 anos e vim uma ou duas vezes aqui, nem lembro mais como é.

__ Ué gente, vamos pagar para ver Mato?__ Meu avô diz.

__ Querido pelo amo de Deus, as crianças queriam conhecer.__ Minha avó fala.

Em falar nas crianças, elas estão correndo na frente e suas mães tentam alcançá-las.

__ Tem mato lá na nossa cidade.__ Meu avô fala.

__ Papai deixa de ser ranzinza e curte o passeio.__ Minha mãe fala.

__ Já veio aqui?__ Pergunto para Priscila que anda do meu lado e parece bem maravilhada com a beleza do lugar.

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